(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
Doutrina significa
literalmente ensino normativo, terminante, como regra de fé e prática. E coisa
séria. E fator altamente influente para o bem e o mal. A sã doutrina é uma
bênção para o crente e para a Igreja, mas a falsa — corrompe, contamina, ilude
e destrói.
O plano de Deus é que depois
de salvos, “todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4 -
ARA). A tragédia espiritual de inúmeros crentes, é que não atentam para
isso. Podemos pagar muito caro por uma só ignorância espiritual. (Compare Juízes
2.10,11; 16.20; 2 Reis 4.39,40.)
Enquanto estudamos as
doutrinas bíblicas, que são os fundamentos da nossa fé, peçamos ao Espírito
Santo que torne essas verdades bem reais em nossos corações. Ele é o divino
autor da Palavra que contém os ensinos santos e básicos que cremos e
disseminamos.
I. A
importância da doutrina
1.1. A
importância ou valor da doutrina para a Igreja do Senhor e o crente em
particular vê-se em Mateus 28.19; Atos 20.30; Gálatas 1.6-9; 1 Timóteo 4.16; 2
Timóteo 2.2; 4.3; Tito 1.9; 2.7; Hebreus 13.9; 2 Pedro 2.1.
1.2. Outro
fato que ressalta a importância da verdade divina, é que na armadura do soldado
cristão a primeira peça é o cinto da verdade (Ef 6.14). Paulo nos instrui a “cingir os lombos com a verdade”. A
verdade é fundamental porque se contrapõe diretamente à principal arma de
Satanás, que é a mentira (João 8:44). A verdade, tanto a verdade de Deus
revelada nas Escrituras quanto a integridade pessoal, nos protegem do engano e
das armadilhas que o Inimigo tenta plantar em nossas mentes e corações. Sem a
verdade, estamos vulneráveis à confusão e ao erro.
II.
Formas de doutrina
Há pelo menos três formas de
doutrina. Uma é sublime e santa. Duas são perniciosas e deletérias.
2.1. A Doutrina de Deus (Pv
4.2; Mt 7.28; Lc 4.32; Jó 7.16; At 2.42; 13.12; Tt 2.1).
2.2. A doutrina de homens (Jr
23.16; Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22; Tt 1.14).
2.3. A doutrina de
demônios (1 Tm 4.1). Há, pois,
demônios cuja atividade não é espalhar violência e outros males ostensivos, mas
ocupar-se com o ensino maléfico, falso, errôneo, enganoso.
“Em Efésios
6:10-12, o apóstolo Paulo revela a natureza da batalha espiritual que os
crentes enfrentam, destacando que os inimigos contra os quais lutamos não são
seres humanos, mas forças espirituais malignas. Ele utiliza uma linguagem
poderosa e detalhada para descrever essas forças, classificando-as em
diferentes hierarquias: principados, potestades, príncipes das trevas deste
século, e hostes espirituais da maldade. Cada termo carrega um significado
específico, indicando o grau de organização e poder dessas entidades malignas
que se levantam contra a Igreja e o povo de Deus.
-Principados referem-se a governantes espirituais de alto
escalão no reino das trevas, que têm autoridade sobre regiões e nações. São
líderes invisíveis que comandam as forças malignas, buscando influenciar
grandes estruturas sociais e políticas para promover o caos espiritual e moral.
-Potestades são outros níveis de poder no reino das
trevas, focados em enfraquecer a fé dos crentes e atrapalhar suas vidas
espirituais, através de opressões, tentações e perseguições.
-Os
príncipes das trevas deste
século são demônios que atuam neste mundo presente, operando nos sistemas
corrompidos e influenciando o pensamento e comportamento das pessoas,
particularmente contra a Igreja de Cristo. Eles trabalham para trazer escuridão
espiritual à humanidade, lutando para manter as pessoas longe da luz do
evangelho.
-As
hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais, representam uma vasta legião de espíritos
malignos cuja missão é destruir a vida espiritual dos crentes e desmantelar o
ambiente de adoração e comunhão cristã.
Esses
inimigos operam de maneira organizada e estratégica, buscando deter o avanço do
Reino de Deus e atacar a Igreja. Por isso, Paulo nos exorta a nos revestirmos
da armadura de Deus (Ef.6:13-17), usando as armas espirituais que Ele nos
fornece, como a fé, a justiça, a verdade e a Palavra de Deus, para resistir a
essas forças malignas. A batalha é espiritual, e somente com as armas
espirituais e a dependência do poder de Deus podemos vencer.”
III. O
perigo das falsas doutrinas
3.1. Uma das atividades prediletas do Diabo é subtrair Palavra de
Deus (Mt 13.19), inclusive no púlpito, onde, muitas vezes ela é substituída por
outras coisas vãs.
3.2. O Diabo é o autor ou inspirador de todo ensino falso (1 Tm
4.1) e perversão dos verdadeiros (2 Pe 3.16).
3.3. A arma exata contra o erro e a mentira, é a verdade divina
quando conhecida e aplicada. E por ela, mediante o Espírito Santo, que
discernimos entre a verdade e o erro. Entre o falso e o verdadeiro.
3.4. A admoestação bíblica para nós outros, neste particular: Ef
4.14.
IV. Diferenças
básicas entre doutrina e costume
Há pelo menos três diferenças
básicas entre doutrina bíblica e costume puramente humano. Há costumes bons e
maus. A doutrina bíblica conduz a bons costumes.
4.1. Quanto à origem: • A
doutrina é divina • O costume em si é humano
4.2. Quanto ao alcance: • A
doutrina é geral • O costume em si é local
4.3. Quanto ao tempo: • A
doutrina é imutável • O costume em si é temporário
A doutrina bíblica gera bons costumes, mas
bons costumes não geram doutrina bíblica. Igrejas há que têm um somatório
imenso de bons costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso!
Seus membros naufragam com facilidade por não terem o lastro espiritual da
Palavra.
Precisamos conhecer as
doutrinas bíblicas, como por exemplo: doutrina da salvação, santificação,
regeneração, propiciação, redenção, perdão e etc. Com esse conhecimento bíblico
podemos viver uma vida cristã saudável e cheia de paz, amor e comunhão uns com
outros (Hb 12.14). A igreja que tem doutrina bíblica é santa, amorosa e fiel
aos preceitos bíblicos. Que o Senhor possa derramar constantemente sua graça
sobre a igreja Dele.
Pr. José Carlos da Silva Serpa
Pr José Carlos da Silva Serpa
Casado com a irmã Thaís Alves Mercês. Nascido em 08/09/1988. Membro integrado na igreja desde do ano 1999. Pastor da ADEB desde de 15/01/2020. Bacharel em teologia pela FATAD. Licenciado em pedagogia pela Universidade Anhanguera. Pós-graduado em psicopedagogia e AEE. Graduando em sociologia pela UniCV. Professor na SEDF. Adepto da teologia puritana e reformada.
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente a opinião deste site.
Confira nossa Política de Comentários para se adequar aos padrões de ética e compliance da nossa comunidade.