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(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
TEXTO ÁUREO
“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre o que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20.28).
VERDADE PRÁTICA
No Reino de Deus, a liderança mais antiga zela pelas lideranças mais novas. Os jovens vocacionados precisam de cuidado e zelo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 10.7; Jo 21.15-17
O imperativo de Cristo como ponto de partida
Terça — Gl 1.6; Rm 1.16
A vocação pastoral difere da vocação para a salvação
Quarta — Ef 4.11,12
O Senhor chama e ordena os vocacionados
Quinta — At 20.24; Is 6.8-10
A vocação implica uma impulsão interior
Sexta — 1Sm 3.9
O vocacionado deve estar atento à voz do Senhor
Sábado — Ef 1.17,18
Sabedoria, revelação e iluminação na vida do vocacionado
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 20.17-34.
17 — De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.
18 — E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19 — servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;
20 — como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas,
21 — testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
22 — E, agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer,
23 — senão o que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
24 — Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
25 — E, agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o Reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
26 — Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos;
27 — porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
28 — Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja, que ele resgatou com seu próprio sangue.
29 — porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho.
30 — E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
31 — Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.
32 — Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele, que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
33 — De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste.
34 — Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
HINOS SUGERIDOS
52, 126 e 193 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Afirmar o papel cuidador da liderança mais antiga acerca da mais jovem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar Éfeso como o ponto de partida do aprendizado dos vocacionados;
II. Assinalar o legado doutrinário de Paulo para os novos líderes;
III. Enfatizar o apelo de Paulo aos líderes.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Uma das lições mais extraordinárias no ministério de Paulo é o seu investimento pessoal em formar novos obreiros. O apóstolo sabia que ele passaria brevemente, mas a Igreja permaneceria. Ele tinha uma consciência histórica a respeito da obra divina. Essa obra não terminaria nele, pelo contrário, avançaria até a volta de Jesus.
É muito significativo conscientizar-se de que o Reino de Deus é muito maior do que qualquer interesse humano. A obra de evangelização e discipulado não pode parar por falta de novos obreiros. O Senhor chama as antigas lideranças para cuidar das mais novas, pois “grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar sobre o grande legado do apóstolo Paulo para os obreiros da atualidade. Sua maneira de ensinar os novos vocacionados, seu legado doutrinário para novos obreiros e seus apelos aos líderes para cuidar do rebanho de Deus. Temos muito o que aprender com a vida e o ministério do apóstolo dos gentios. Que o Espírito Santo fale aos nossos corações!
PONTO CENTRAL
A liderança mais antiga deve cuidar das mais novas.
I. ÉFESO, O PONTO DE APRENDIZADO DOS VOCACIONADOS
1. O ponto de partida.
2. Paulo e o despertamento de novas vocações.
3. Paulo, um mestre inspirado.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Éfeso foi um ponto de partida para o despertamento de novos vocacionados.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Tenha um olhar atento para que tipo de atenção o aluno tem. Temos pelo menos três tipos: a espontânea, a passiva e a voluntária. A espontânea tem a ver com a reação natural em relação aos nossos sentidos como, por exemplo, um susto; a passiva, tem a ver com a reação diante de um objeto em direção ao indivíduo; a voluntária é a que o indivíduo executa por consciência e vontade própria. A classe da Escola Dominical pode ajudar ao aluno a desenvolver essa atenção voluntária tão importante para qualquer área da vida. Para obedecer a Cristo é preciso estar voluntariamente atento aos seus ensinos. Pense em estratégias que resultem no maior envolvimento voluntário do aluno com o conteúdo da lição.
II. O LEGADO DOUTRINÁRIO DE PAULO PARA OS NOVOS LÍDERES
1. A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos.
a) Quem eram os judaizantes?
b) Quem eram os gnósticos?
2. O compromisso de Paulo com o Senhor (At 20.19).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos revela compromisso com o Senhor, maior legado do apóstolo às novas gerações.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Judaizantes
Um termo extrabíblico designado àqueles que agiram como judeus e/ou buscavam assim influenciar outros, baseado na acusação de Paulo de que a atitude de Pedro forçaria os gentios ‘judaizarem-se’ (Gl 2.14). Os comentários referem-se a homens como judaizantes que buscavam impor a circuncisão judaica e outros legalismos sobre os gentios como, por exemplo, os ‘falsos irmãos’ que queriam levar toda a igreja para a escravidão da lei (Gl 2.4), e aqueles que ensinavam: ‘Se vos não circuncidardes… não podeis salvar-vos’ (At 15.1). Paulo atacou os judaizantes na Galácia que obrigavam os homens a se circuncidar (Gl 6.12).
Gnosticismo
[…] Atualmente se aceita que o movimento surgiu em um ambiente judaico-cristão. Isto não nega a presença de prováveis elementos pré-cristãos no gnosticismo. […] É evidente que o movimento teve início em um ambiente hebraico-cristão. […] [Os gnósticos Acreditavam em] uma divindade transcendente indescritível, que é puramente espírito”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.871,1103).
Um termo extrabíblico designado àqueles que agiram como judeus e/ou buscavam assim influenciar outros, baseado na acusação de Paulo de que a atitude de Pedro forçaria os gentios ‘judaizarem-se’ (Gl 2.14). Os comentários referem-se a homens como judaizantes que buscavam impor a circuncisão judaica e outros legalismos sobre os gentios como, por exemplo, os ‘falsos irmãos’ que queriam levar toda a igreja para a escravidão da lei (Gl 2.4), e aqueles que ensinavam: ‘Se vos não circuncidardes… não podeis salvar-vos’ (At 15.1). Paulo atacou os judaizantes na Galácia que obrigavam os homens a se circuncidar (Gl 6.12).
Gnosticismo
[…] Atualmente se aceita que o movimento surgiu em um ambiente judaico-cristão. Isto não nega a presença de prováveis elementos pré-cristãos no gnosticismo. […] É evidente que o movimento teve início em um ambiente hebraico-cristão. […] [Os gnósticos Acreditavam em] uma divindade transcendente indescritível, que é puramente espírito”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.871,1103).
III. PAULO APELA AOS LÍDERES
1. Sobre o desprendimento do obreiro para realizar a obra de Deus (At 20.24).
2. Sobre o cuidado pessoal do obreiro (At 20.28).
3. Sobre a ameaça de “lobos cruéis” no rebanho de Deus (At 20.29,30).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O apóstolo Paulo apela para que os obreiros tenham desprendimento material, cuidado espiritual e prudência para fazer a obra de Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Frequentemente, sentimos que a vida é um fracasso, a menos que estejamos alcançando o reconhecimento, a diversão, o dinheiro e o sucesso. Mas Paulo considerava que sua vida não teria valor se ele não usasse para a obra de Deus. O que ele acrescentou à vida era muito mais importante do que aquilo que havia ganho dela. O que é mais importante para você: o que ganha da vida ou o que você acrescenta a ela?
Disposição é uma qualidade necessária a qualquer pessoa que deseje fazer a obra de Deus. Paulo era uma pessoa disposta, e a meta mais importante de sua vida era falar aos outros a respeito de Cristo. Não é de admirar que Paulo tenha sido o maior missionário cristão. Deus procura outros homens e outras mulheres que priorizem a grande tarefa que Ele lhe deu para fazer”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1533).
Disposição é uma qualidade necessária a qualquer pessoa que deseje fazer a obra de Deus. Paulo era uma pessoa disposta, e a meta mais importante de sua vida era falar aos outros a respeito de Cristo. Não é de admirar que Paulo tenha sido o maior missionário cristão. Deus procura outros homens e outras mulheres que priorizem a grande tarefa que Ele lhe deu para fazer”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1533).
CONCLUSÃO
A vida do apóstolo Paulo deixa um grande legado para os obreiros da atualidade. Sua maneira de despertar novas vocações, sua herança doutrinária para a nova geração de trabalhadores e seu apelo aos obreiros para cuidar do rebanho de Deus são marcos importantes para nortear os ministérios dos vocacionados de Deus. É tempo de desenvolver novas vocações.
PARA REFLETIR
A respeito de “Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados” responda:
Em que lugar Paulo permaneceu mais tempo em seu ministério?
Em Éfeso, o apóstolo permaneceu mais tempo.
Quais são as epístolas destinadas ao pastoreio de igrejas?
Não por acaso, temos três epístolas paulinas denominadas de “cartas pastorais” (1 e 2 Timóteo, Tito).
O que os judaizantes procuravam exigir dos cristãos gentios?
Eles exigiam que os gentios convertidos observassem a Lei, tais como: a prática da circuncisão, a guarda do sábado judaico, a observância dos ritos que envolviam datas e comidas.
Qual era a implicação do ensino dos gnósticos?
A implicação desse ensino resultava na banalização da graça de Deus.
O que Atos 20.24 mostra?
Mostra que Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
PAULO E SUA DEDICAÇÃO AOS VOCACIONADOS
Além de pregar, plantar igrejas, formar discípulos, o apóstolo dos gentios se dedicava ao máximo aos novos obreiros. É tocante como ele trata obreiros novos, como Timóteo e Tito, em suas cartas pastorais. O Espírito Santo inspirou o apóstolo a registrar em cartas tal preocupação para que essa também fosse a preocupação das lideranças contemporâneas. Formar novas lideranças e cuidá-las são responsabilidades das lideranças mais antigas. A vida e o ministério de Paulo nos mostram que esse zelo é um aspecto importante de uma liderança sábia.
Resumo da lição
Neste propósito, o primeiro tópico aponta a cidade de Éfeso como ponto de partida dos vocacionados. A história da Igreja mostra que dali grandes obreiros se desenvolveram na seara do mestre. A despedida carinhosa de Paulo com os anciões de Éfeso mostra o quanto esse cuidado paulino era reconhecido entre os efésios. Não por acaso, a igreja de Éfeso ficou conhecida como a igreja que se destacava no zelo doutrinário. Ou seja, seus obreiros eram muito bem formados.
Com o objetivo de assinalar o legado doutrinário de Paulo para os novos líderes, o segundo tópico destaca advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos em relação à saúde espiritual da igreja. O apóstolo expôs ao longo de seu ministério o quanto era incompatível com a mensagem pura do Evangelho os ensinos dos judaizantes e dos gnósticos. O legado de Paulo nos mostra que salvação é mediante a graça de Deus (advertência contra os judaizantes), mas que essa graça não pode ser banalizada nem profanada (advertência contra os gnósticos).
O terceiro tópico apela aos líderes a respeito do desprendimento material do obreiro para fazer a obra de Deus, sobre o cuidado pessoal do obreiro e quanto às ameaças dos “lobos cruéis”. A vida e o ministério do apóstolo dos gentios ensinam esse modo virtuoso de agir na obra de Deus. É preciso aprender a estar satisfeito com o que Deus nos dá; precisamos nos apresentar a Deus aprovados; é nosso dever agir com prudência em relação aos falsos obreiros.
Aplicação
Há muitos entre nós que se sentem vocacionados por Deus para uma obra. O ministério de Paulo nos ensina que a igreja local, por meio de seus líderes mais maduros, deve cuidar dessas novas vocações com zelo e cuidado. Não se pode deixar essa chama se apagar.
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