Lição 8 - Paulo, o discipulador de vidas (4 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO
“E, Paulo tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” (At 15.40,41).

VERDADE PRÁTICA
O discipulado cristão forma discípulos de Cristo para que o imitem de forma que Deus seja glorificado na sociedade.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Mt 28.19,20
O discipulado é uma ordem do Senhor

Terça — At 2.14-41
A pregação como ponto de partida

Quarta — At 2.42-47
O discipulado como formação na Igreja Primitiva

Quinta — Fp 4.8,9
O discipulado nos faz pensar nas coisas mais elevadas

Sexta — Cl 3.21
O discipulado nos faz buscar as coisas que são de cima

Sábado — 1Co 10.31
Discipulados a fim de viver para glória de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.42-47; 20.1-4.

Atos 2
42 — E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 — Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 — Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 — Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 — E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 — louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Atos 20
1 — Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia.
2 — E, havendo andado por aquelas terras e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
3 — Passando ali três meses e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.
4 — E acompanhou-o, até à Asia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e Gaio, de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.

HINOS SUGERIDOS
15, 391 e 465 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Revelar a missão integral da Igreja no Discipulado: pregar e ensinar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Relacionar o apóstolo Paulo com o discipulado bíblico;
II. Salientar a integralidade da missão no Discipulado: pregar e ensinar;
III. Ponderar o discipulado com pessoas de outras culturas.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Esta lição revela a importância de a igreja conjugar com equilíbrio a pregação evangelística com o ensino cristão. Este forma enquanto aquela chama. O pastor Antônio Gilberto, saudoso mestre das Assembleias de Deus no Brasil, sempre ponderou a respeito de ensinar sistematicamente a Bíblia para a igreja local e o melhor espaço para isso é a Escola Dominical. Nesse espaço, ensinamos os que foram chamados pela pregação do Evangelho.

O ministério do apóstolo Paulo revela essa integralidade da missão: pregação da Palavra e ensino formativo. O apóstolo pregava o Evangelho e, também, discipulava, ensinava o povo de Deus a guardar os mandamentos do Senhor.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos os aspectos gerais do discipulado, com destaque para o papel de Paulo no processo do discipulado nas igrejas que plantou. Perceberemos que esse foi o meio pelo qual nosso Senhor nos concedeu para que os recém-nascidos na fé fossem formados segundo o caráter de Cristo.

PONTO CENTRAL
A missão da igreja é pregar e ensinar.

I. PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO

1. O discipulado bíblico.
2. Paulo, o discipulador.
3. A metodologia de Paulo para o discipulado.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O apóstolo Paulo foi discipulador com um método de, primeiramente, pregar e, em seguida, ensinar de maneira mais sistematizada.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


A aula sempre é um ponto de encontro entre o professor e o aluno. Ou melhor, deve ser entre mestre e discípulo. Segundo a Bíblia, vemos claramente que a relação entre Jesus e os discípulos, bem como dos apóstolos com os discípulos, era de mestre e discípulo. O mestre aplica o que ensina na própria vida, ou seja, ele ensina pelo exemplo. Já o discípulo deseja imitar o que aprendeu, aplicando o ensino na vida concreta. Não esqueça de que o objetivo da Escola Dominical é gerar imitadores de Cristo. Conscientize a classe a respeito disso.


II. O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR

1. A pregação: o ponto de partida.
2. O Ensino: “fazer discípulos”.
3. Pregação e ensino.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O discipulado compreende a missão de pregar o Evangelho e ensiná-lo como caráter formativo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de pessoas que vivem em mútua comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma entidade amorosa, equilibrada e madura. Paulo diz claramente em Efésios 4.11-16 que a equipagem dos santos para o serviço compassivo em nome de Cristo deve acontecer numa comunidade. O crescimento espiritual e o contexto em que ele ocorre de modo mais eficaz não surgem por mera coincidência. O amadurecer do crente não poderá acontecer fora da comunidade da fé. O discipulado não possui nenhum outro contexto que não seja a igreja de Jesus Cristo, porque não se pode seguir fielmente a Jesus à parte de uma participação cada vez mais madura com outros crentes na vida e no ministério de Cristo” (KLAUS, Byron D. A Missão da Igreja. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.603).


III. O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS

1. A pregação para os seus irmãos.
2. A expansão para os gentios.
3. O discipulado numa cultura diferente.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O discipulado de Paulo se deu entre seus irmãos, judeus, bem como entre os gentios.

Bíblia de Estudo Pentecostal

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“O discipulado é mais que uma aula ou um conjunto de lições que transmitem conteúdo doutrinário. Discipulado é um trabalho árduo, longo e, às vezes, até sacrificial. É um trabalho de acolhimento, integração, acompanhamento, aconselhamento e orientação espiritual.

Nesse importante ministério, temos Jesus como nosso principal modelo. Além do conteúdo ético e doutrinário acerca do Reino de Deus transmitido por Jesus, que certamente nos serve de norte nesta questão, Ele destacou que o discipulado precisa enfocar os relacionamentos.

Nos evangelhos, aprendemos que Jesus mantinha uma excelente organização em seus níveis de relacionamento: em primeiro lugar a multidão (Lc 5.1; 6.17; 7.12); em segundo lugar, os discípulos (Lc 6.1,17); e, terceiro lugar, os apóstolos (Lc 6.13); e, por último, os três mais próximos dentre os apóstolos (Mc 14.32; 33; Lc 9.28).

Os apóstolos de Jesus também foram discípulos, pois eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o Mestre. É preciso lembrar que todos os apóstolos eram discípulos, mas nem todos os discípulos eram apóstolos”

(SILVA, Rayfran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.27).


CONHEÇA MAIS
Sobre o discipulado
“Na maioria das igrejas evangélicas, o discipulado é uma prática de acompanhamento e treinamento bíblico que se resume aos novos na fé. Porém, o discipulado, como processo de educação cristã, não deve ser resumido a este grupo de novos cristãos.” Para ler mais, consulte a obra O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja, editada pela CPAD, p.31.

CONCLUSÃO
O discipulado leva em conta a pregação e o ensinamento. Ele nos apresenta um desafio grande para interagir com pessoas oriundas de culturas completamente opostas às nossas. Aqui, temos a promessa do Espírito Santo para apresentar o Evangelho com sabedoria e poder. Ele nos usa como instrumento e convence o ser humano de seu real estado.

PARA REFLETIR
A respeito de “Paulo, o Discipulador de Vidas”, responda:

Em que se baseava o princípio do discipulado na Igreja Primitiva?
O princípio do discipulado na igreja primitiva baseava-se na ordem da Grande Comissão que Jesus deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento e despedida (Mt 28.19,20).

O que vemos ao longo das cartas de Paulo?
Ao longo das cartas de Paulo, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua aplicabilidade na vida do discípulo.

Qual é o meio que o Espírito Santo leva pessoas à salvação?
Pregar o Evangelho.

Quando o discipulado começa?
O discipulado começa quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador de suas vidas.

O que o ministério do apóstolo Paulo nos mostra acerca do discipulado?
O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas diferentes, religiões diversas e costumes na maioria das vezes incompatíveis com o Evangelho.

Revista Ensinador Cristão

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO



PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS

Pregar e ensinar são uma missão integral da Igreja de Cristo. É necessário pregar o Evangelho, mas também é preciso formar pessoas segundo o Evangelho de nosso Senhor. Para isso existe o discipulado cristão. O ministério de Paulo nos ensina que, ao plantar igrejas, o apóstolo procurava sempre as confirmar, ou seja, averiguar conforme elas estavam progredindo na fé em Cristo.

Resumo da lição

O objetivo geral da lição é revelar a missão integral da igreja no discipulado: pregar e ensinar. Para isso, o primeiro tópico relaciona o ministério do apóstolo Paulo com o discipulado cristão. Nele, o discipulado aparece como ordem do Senhor Jesus na Grande Comissão (Mt 28.19,20). Assim, o apóstolo observou essa ordenança com fidelidade à medida que pregava o Evangelho e discipulava os nascidos de novo. Seu método era simples: pregação, plantação de igrejas e formação dos novos crentes.

O segundo tópico salienta a integralidade da missão da Igreja: pregar e ensinar. Em Paulo, vemos que a pregação é o ponto de partida. Já o discipulado é o processo formativo a partir das minúcias do Evangelho. Assim, a Palavra de Deus deixa claro que a igreja local deve ser um local de pregação com autoridade do Evangelho e, ao mesmo tempo, uma agência que ensina a Bíblia de maneira sistemática e didática a todo crente. Pregar e ensinar: eis a nobre e integral missão da Igreja de Cristo.

O terceiro tópico pondera a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. O ministério de Paulo enfrentou o desafio de ensinar pessoas de diferentes culturas. Por exemplo, a Carta aos Romanos mostra que o público-alvo era constituído de judeus e gentios cristãos. Por isso, no capítulo 14 da carta, o apóstolo trabalha a ideia da tolerância em que esses grupos devem praticar entre eles. O desafio era cuidar da unidade no que era essencial. O processo do discipulado nos traz desafios em que o choque de culturas aparecerá inevitavelmente. Isso aconteceu em Romanos, aos coríntios, aos tessalonicenses. O discipulado cristão traz desafios culturais.

Aplicação

É necessário capacitar pessoas para exercer com zelo e piedade o discipulado cristão. Enfrentemos o desafio de chamar os pecadores e, posteriormente, formá-los segundo o Evangelho que apresentamos. Estejamos prontos para o desafio de comunicar o Evangelho aos outros.