Lição 4 - Paulo, a vocação para ser apóstolo (4 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO
“Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo” (1Co 1.1).

VERDADE PRÁTICA
Deus chama pessoas para realizar grandes feitos no reino divino.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Gl 1.15
Um chamado pela presciência de Deus

Terça — At 9.15,16
Paulo, um vaso escolhido de Deus

Quarta — At 9.17; 1Co 14.18
Paulo na dimensão do Espírito

Quinta — At 22.14
Deus o escolhe de antemão para fazer a sua vontade

Sexta — Ef 1.1
Paulo, separado para ser apóstolo

Sábado — Gl 1.17,18
A escola do deserto na Arábia

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 9.15-22; Gálatas 1.11-18.

Atos 9

15 — Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.
16 — E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
17 — E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.
18 — E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.
19 — E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
20 — E logo, nas sinagogas, pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus.
21 — Todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?
22 — Saulo, porém, se esforçava muito mais e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.

Gálatas 1

11 — Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens,
12 — porque não o recebi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
13 — Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
14 — E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
15 — Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça,
16 — revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue,
17 — nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
18 — Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.

HINOS SUGERIDOS
16, 93 e 600 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Revelar que Deus vocaciona atualmente os crentes para a sua obra.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Salientar o ponto de partida para a vocação de Paulo; II. Enfatizar que a vocação de Paulo foi efetivada pelo Cristo Ressurreto; III. Relacionar a vocação de Paulo com o aprendizado no deserto.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Antes de o apóstolo Paulo exercer a sua vocação, ele passou por um aprendizado no deserto. O deserto lhe ensinou mais sobre Jesus, onde o apóstolo pôde reavaliar-se diante de Deus, mediante suas crenças e convicções. Ele podia agora confrontá-las com a revelação da graça de Deus em Cristo. Ainda no deserto, ele pôde refletir sobre a simplicidade, dominar suas paixões instintivas e, por meio da solidão, aprender a depender de Deus.

O deserto que Paulo experimentou pode trazer profundos aprendizados para os nossos próprios “desertos”, quando os experimentamos quer na vida cotidiana, quer no ministério dado por Deus.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito da vocação de Paulo para o santo apostolado. Veremos o ponto de partida de sua vocação e sua escola de formação no deserto da Arábia. Assim, teremos uma visão geral de como Deus usa o tempo e as circunstâncias para formar um ministério útil para o Reino de Deus.

PONTO CENTRAL
Deus chama para a sua obra.

I. O PONTO DE PARTIDA PARA A VOCAÇÃO DE PAULO

1. Chamada e presciência divina.
2. Um ministério na plenitude do Espírito.
3. Deus mudou o nome de Saulo para Paulo?

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O ponto de partida para a vocação de Paulo foi a presciência divina e a pessoa do Espírito.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Parece que no passado havia uma percepção maior a respeito de jovens, e de muitos outros irmãos que entregavam a sua vida a Cristo, que desejavam por uma vocação na obra de Deus. Muitos se planejavam para ir aos seminários a fim de aperfeiçoarem-se para servir melhor na obra de Deus. Muitos obreiros relatam não perceber essa mesma disposição com o mesmo sentimento de outrora. Claro que isso não significa que não haja pessoas sendo vocacionadas, pois Deus as chama em qualquer tempo.

Nesse sentido, promova uma reflexão a respeito das vocações por meio das seguintes indagações: Você se sente vocacionado por Deus para alguma obra? Em algum momento de sua vida, você ignorou ou tem ignorado esse chamado? O que você poderia fazer para aperfeiçoar-se melhor na obra de Deus?

Você deve promover essa reflexão como introdução ao tema desta semana, ressaltando sempre que Deus chama pessoas para a sua obra.


II. UMA VOCAÇÃO EFETIVADA PELO CRISTO RESSURRETO

1. Saulo viu o esplendor glorioso do Cristo ressurreto (At 9.3-6).
2. Uma vocação inevitável para o apostolado entre os gentios.
3. A vocação mudou o rumo da vida de Saulo.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A visão gloriosa do Cristo Ressurreto mudou definitivamente o rumo da vida de Paulo.

Bíblia de Estudo Pentecostal

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“O Jesus ressurreto é quem aparece a Saulo (cf. 1Co 9.1; 15.8) e lhe diz: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ (At 9.4). Essa pergunta é dirigida ao propósito imediato de Saulo destruir a Igreja. Atacar os discípulos de Jesus não é, como Saulo pensa, mera perseguição de pessoas que adoram de maneira herética. É um ataque contra o próprio representante divino, na pessoa do seu povo. […] De começo, Jesus não se identifica. Então o perseguidor pergunta: ‘Quem és, Senhor?’ (v.5). O termo de tratamento ‘Senhor’ usado aqui pode ser simplesmente um título de respeito. Mas há forte apoio para o entendermos no sentido cristão de ‘Senhor’ (cf. At 1.6,24; 4.29; 7.59,60; 9.10,13; 10.14; 11.8; 22.19). Saulo confessa que está falando com Ele como Senhor, reconhecendo que se dirige à pessoa divina. […] O Senhor exaltado se identifica como Jesus, a quem Saulo está perseguindo. Lá, na estrada de Damasco, o crucificado, revelado a Saulo na sua glória divina, o transforma”

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Mateus — Atos. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.674).


CONHEÇA MAIS

Presciência Divina

“[Do lat. praesentia , ciência inata] Atributo metafísico e incomunicável de Deus, através do qual Ele se faz eternamente presente no tempo e no espaço, conhecendo todas as coisas antecipadamente (1Sm 2.3; 1Jo 3.20).” Para ler mais, consulte o Dicionário Teológico, editado pela CPAD, p.303.

III. VOCAÇÃO DE PAULO E O APRENDIZADO NO DESERTO

1. A ida para o deserto.
2. As lições do deserto.
3. Mais lições do deserto.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A vocação de Paulo foi aperfeiçoada no deserto peto qual o apóstolo passou durante três anos.

Bíblia de Estudo Pentecostal

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Identificando um Chamado

Possuir um ‘chamado’ é ter sido convocado por Deus para o cumprimento de uma tarefa que, com base em sua autoridade, é Ele mesmo quem estabelece o que deve ser feito, como deve ser feito e por quem deve ser feito. Com base nisso, podemos destacar três lições: 1. O mérito não é de quem é chamado, mas de quem chama; 2. A tarefa a ser realizada não pertence a quem foi chamado, mas a quem chamou; 3. Não se trata de um peso, mas de um privilégio concedido pela graça divina.

[…] Quem chama passa a ser visto como infinitamente mais importante do que quem é chamado, e isso significa dizer que as razões, as formas e objetivos devem sempre girar, única e exclusivamente, em torno da Pessoa de Deus, o que é o Chamador”

(TORRALBO, Elias. Vocação: Descobrindo o seu chamado. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.12,15).


CONCLUSÃO

A grande verdade que aprendemos nesta lição é que Deus não mudou seu método para vocacionar e chamar a quem Ele quer. Para isso, Ele usa experiências muitas vezes dolorosas no deserto da vida. É preciso aguçar a nossa sensibilidade espiritual para identificarmos o chamado de Deus para a nossa vida.

PARA REFLETIR
A respeito de “Paulo, a Vocação para Ser Apóstolo”, responda:

Segundo a lição, em que a vocação de Paulo foi estabelecida?
A vocação de Paulo foi estabelecida segundo a presciência de Deus.

O que explica a mudança de ênfase do nome de “Saulo” para “Paulo”?
O que explica a mudança de ênfase do nome de Saulo para Paulo é a origem do apóstolo.

Qual era a vontade de Deus para Paulo?
A vontade de Deus para Paulo era torná-lo um embaixador de Cristo, um pregador do Evangelho (At 9.20).

Do que o ministério de Paulo precisava?
O ministério de Paulo precisava de uma preparação austera, silenciosa, de comunhão com Deus e de reflexão.

Segundo a lição, cite algumas lições do deserto aprendidas por Paulo.
No deserto, ele aprendeu que a simplicidade era a chave que abria a porta do cristianismo, que era preciso dominar suas paixões, substituindo-as pela alegria da salvação em Cristo. Ele também aprendeu que a imensidão do deserto esmaga o poder e a fraqueza do homem; agora ele só pode depender de Deus.

Revista Ensinador Cristão

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO



PAULO, A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO

A lição desta semana tem como tema a vocação. Nela, através da vida e do ministério do apóstolo Paulo, perceberemos como Deus vocaciona pessoas para a sua obra. Por isso, estudaremos sobre o ponto de partida para a vocação de Paulo; a efetivação da vocação do apóstolo Paulo por meio do seu encontro com o Cristo Ressurreto; e o aprendizado de Paulo no deserto para exercer a sua vocação.

Resumo da lição O primeiro tópico salienta que a presciência divina e a pessoa do Espírito Santo são o ponto de partida para a vocação do apóstolo Paulo. Deus o chamou para uma grande obra para viver na plenitude do Espírito. A vocação de Paulo tinha sido gestada em Deus e confirmada no Espírito Santo como agente impulsionador do apóstolo.

O segundo tópico enfatiza a experiência gloriosa do apóstolo com o Cristo Ressurreto que fundamentou sua vocação apostólica. Paulo viu o esplendor glorioso do Cristo Ressurreto por meio de uma experiência sobrenatural que mudou completamente sua vida e ministério. Essa experiência gloriosa mudou definitivamente a vida do apóstolo.

O terceiro tópico relaciona a vocação de Paulo com o aprendizado no deserto. Este aperfeiçoou a vocação do apóstolo em que sua vida foi tremendamente trabalhada por Deus para fazer a obra divina. As lições do deserto confrontaram as convicções de Paulo e o prepararam para a sua mais nova etapa de vida. O apóstolo foi forjado pelo Espírito Santo.

Aplicação

A presente lição nos ensina que a vocação de Deus traz experiências profundas. Muitas vezes o Espírito Santo usará circunstâncias em nossas vidas para nos ensinar a respeito de coisas que servirão lá na frente para nos trazer esperança com base na experiência. É preciso aprender com as lições do “deserto” da vida ministerial. Os desafios são muitos. Os obstáculos são grandes. Todavia, o aprendizado é muito maior para nos tonarmos maduros na fé. Por isso devemos aproveitar as lições dos “desertos” que enfrentamos.

É tempo de confiar inteiramente em Deus e em sua soberania. Quando Ele nos chama, faz com que a nossa vida seja conduzida sempre em direção ao nosso chamado. Muitas vezes não nos damos conta disso. Entretanto, é Deus trabalhando em nosso favor e nos levando ao centro de sua vontade. Que sejamos sensíveis à voz do Espírito Santo. Ouçamos o Senhor!