(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
TEXTO ÁUREO
“Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.” (1Tm 3.13).
VERDADE PRÁTICA
Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Fp 1.1
Auxiliares dos líderes da igreja local
Terça — At 6.1-5
Homens exemplares
Quarta — At 6.6
Separados com imposição de mãos
Quinta — 1Tm 3.12
Bons líderes no lar
Sexta — 1Tm 3.13
Chamados para servir
Sábado — Mt 20.26-28
Jesus veio para servir
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 3.8-13.
8 — Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
9 — guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
10 — E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 — Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
12 — Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
13 — Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
HINOS SUGERIDOS
115, 175 e 394 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar a importância da função de diácono.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Analisar o estilo de vida diaconal de Jesus;
II. Explicar a instituição do ministério do diácono;
III. Discorrer sobre o perfil e a função do diácono.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Servir: uma ordenança de nosso Senhor (Mc 12.30,31). O ministério de serviço ao próximo é o símbolo de amor na instituição dos diáconos relatada no livro dos Atos dos Apóstolos, no sexto capítulo. Aqui, os apóstolos foram coerentes com o ensinamento de Jesus de Nazaré. Há muito, o nosso Senhor havia ensinado sobre a urgência de resolver questões sociais e de caráter humanitário de quem quer que fosse. O problema registrado em Atos 6 foi de caráter étnico, mas hoje outros grandes problemas afligem muitos membros da igreja local. Que o serviço dos diáconos de Cristo nos inspire a cultivar um estilo de vida diaconal baseado na história de Jesus de Nazaré.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a presente lição, sugerimos uma atividade prática para executá-la junto à classe. Procure o secretário da igreja e se informe sobre as pessoas enfermas que não podem ir aos cultos rotineiros. De acordo com a quantidade de enfermos, e após a Escola Dominical, separe grupos de três ou quatro pessoas (depende da quantidade de alunos) para fazerem uma visita. Ao chegar no lar da pessoa visitada, ore, leia a Palavra e cante para ela. Converse um pouco de modo que ela sinta-se bem acolhida. Ao final da atividade, reúna todos os grupos e explique-lhes que esta é uma prática diaconal transbordante de amor e baseada no ensino de Jesus de Nazaré (Mt 25.36,43).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No primeiro século da era cristã, a Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também problemas na esfera social, demandando urgentes providências. Por uma sábia e unânime decisão, em assembleia, a igreja de Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espírito Santo, para administrarem esse “importante negócio” (At 6.3). Nesta lição estudaremos esse importante ministério de serviço que, por causa de uma crise étnica na igreja, levou os apóstolos a proporem medidas que serviram de base para instituir a função diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas igrejas cristãs.
PONTO CENTRAL
A função de diácono remonta o serviço voluntário prestado para alguém.
I. A DIACONIA DE JESUS CRISTO
1. Significado do termo.
2. Serviço de escravo.
3. O discípulo é um serviçal.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A diaconia de Jesus Cristo está centralizada na disponibilidade em servir o próximo.
CONHEÇA MAIS
“Os diáconos servem nas diversas atividades da Igreja: eles cooperam como porteiros e recepcionistas, na ordem do culto e na distribuição dos emblemas da Ceia do Senhor. As suas atividades, porém, não são restritas a isso; eles também cooperam como professores e superintendentes ou dirigentes de escola dominical, líderes de jovens e adolescentes, atuando também em diversos outros trabalhos nas Igrejas, desde autorizados por seus superiores. São ‘varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria[…]’”. Para ler mais, consulte a obra Declaração de Fé das Assembleias de Deus, editada pela CPAD, p.138,139.
II. A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS
1. O conceito da função.
2. Origem do diaconato.
3. A escolha dos diáconos.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, descreve a instituição do ministério de diácono.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Comunhão Quebrada: A Comunidade Escolhe Sete Diáconos
Os crentes se dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-11). No capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão causado pela negligência da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de tremendo progresso da Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em sério perigo.
Nesta época, a comunidade cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos ( hellenistai , ‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus ( hebraioi , ‘crentes de fala aramaica’). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente influenciados pela cultura grega, provavelmente enquanto viviam fora da Palestina, ao passo que os judeus hebreus são cristãos que sempre viveram na terra nativa da Palestina”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1: Mateus a Atos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.657).
Os crentes se dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-11). No capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão causado pela negligência da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de tremendo progresso da Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em sério perigo.
Nesta época, a comunidade cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos ( hellenistai , ‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus ( hebraioi , ‘crentes de fala aramaica’). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente influenciados pela cultura grega, provavelmente enquanto viviam fora da Palestina, ao passo que os judeus hebreus são cristãos que sempre viveram na terra nativa da Palestina”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1: Mateus a Atos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.657).
III. O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO
1. Qualificações do diácono.
a) Caráter moral (1Tm 5.8).
b) Caráter espiritual (1Tm 5.9,10).
c) Caráter familiar.
2. A função dos diáconos em Atos 6.
3. A função dos diáconos hoje.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Para o perfil e a função do diácono deve-se levar em conta o caráter moral, o caráter espiritual e o caráter familiar do candidato.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[Sobre a Escolha dos diáconos]
[…] Lucas não declara como é feita a escolha dos sete homens, mas a congregação como um todo vê a sensatez da proposta dos apóstolos (v.5) e participa na escolha destes diáconos. A qualificação básica é a espiritualidade, mas eles devem ser distintos de duas maneiras.
Eles têm de ser ‘cheios do Espírito Santo’. Em vez de ser meros bons administradores ou gerentes de recursos, esta qualificação lhes exige que sejam capacitados pelo Espírito na ordem dos discípulos no Dia de Pentecostes. Quer dizer, eles devem ter o poder de uma fé que faz milagres.
Eles também têm de ser ‘cheios […] de sabedoria’. Complementar aos atos de poder está o discurso inspirado pelo Espírito. Os diáconos têm de ser poderosos em obras e palavras. Como pessoas competentes e maduras que são inspiradas pelo Espírito, elas têm de ter bom senso prático e serem capazes de lidar com delicados problemas de propriedade. Seu ministério inclui negócios empresariais e a distribuição de ajuda para os necessitados, mas também deve ser espiritual e carismático. Eles devem exercer quaisquer dons espirituais que Deus lhes concedeu.
Entre os sete homens escolhidos para servir como diáconos estão Estêvão e Filipe (os únicos dois sobre quem Lucas apresenta detalhes). Filipe se destaca como pregador carismático (At 8.4-8,26-40; 21.8); ele é o primeiro a fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito como ‘homem cheio de fé’ (v.5), sem dúvida significando a fé que faz milagres. Ele faz ‘prodígios e grandes sinais entre o povo’ (v.8), e seus oponentes não sabem como lidar com a pregação que ele faz (v.10). O ministério destes dois homens ilustra os ministérios dos diáconos carismáticos, os quais se estendem muito além das preocupações práticas do dia a dia da Igreja.
A ordenação dos sete diáconos fornece bom modelo para ministraras minorias da Igreja. Como na Igreja primitiva, devemos nos preocupar com o modo como as minorias — os pobres, as viúvas, os órfãos e as pessoas de diferentes origens raciais — são tratadas. Semelhante às viúvas crentes de fala grega, tais pessoas são indefesas, e suas necessidades podem ser negligenciadas. Cada congregação deve ter um programa próprio para ministrar aos que estão em desvantagem e às minorias, e entregar este ministério àqueles que são espiritualmente dotados e compromissados a cuidar deles”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1: Mateus a Atos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.657,658).
[…] Lucas não declara como é feita a escolha dos sete homens, mas a congregação como um todo vê a sensatez da proposta dos apóstolos (v.5) e participa na escolha destes diáconos. A qualificação básica é a espiritualidade, mas eles devem ser distintos de duas maneiras.
Eles têm de ser ‘cheios do Espírito Santo’. Em vez de ser meros bons administradores ou gerentes de recursos, esta qualificação lhes exige que sejam capacitados pelo Espírito na ordem dos discípulos no Dia de Pentecostes. Quer dizer, eles devem ter o poder de uma fé que faz milagres.
Eles também têm de ser ‘cheios […] de sabedoria’. Complementar aos atos de poder está o discurso inspirado pelo Espírito. Os diáconos têm de ser poderosos em obras e palavras. Como pessoas competentes e maduras que são inspiradas pelo Espírito, elas têm de ter bom senso prático e serem capazes de lidar com delicados problemas de propriedade. Seu ministério inclui negócios empresariais e a distribuição de ajuda para os necessitados, mas também deve ser espiritual e carismático. Eles devem exercer quaisquer dons espirituais que Deus lhes concedeu.
Entre os sete homens escolhidos para servir como diáconos estão Estêvão e Filipe (os únicos dois sobre quem Lucas apresenta detalhes). Filipe se destaca como pregador carismático (At 8.4-8,26-40; 21.8); ele é o primeiro a fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito como ‘homem cheio de fé’ (v.5), sem dúvida significando a fé que faz milagres. Ele faz ‘prodígios e grandes sinais entre o povo’ (v.8), e seus oponentes não sabem como lidar com a pregação que ele faz (v.10). O ministério destes dois homens ilustra os ministérios dos diáconos carismáticos, os quais se estendem muito além das preocupações práticas do dia a dia da Igreja.
A ordenação dos sete diáconos fornece bom modelo para ministraras minorias da Igreja. Como na Igreja primitiva, devemos nos preocupar com o modo como as minorias — os pobres, as viúvas, os órfãos e as pessoas de diferentes origens raciais — são tratadas. Semelhante às viúvas crentes de fala grega, tais pessoas são indefesas, e suas necessidades podem ser negligenciadas. Cada congregação deve ter um programa próprio para ministrar aos que estão em desvantagem e às minorias, e entregar este ministério àqueles que são espiritualmente dotados e compromissados a cuidar deles”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1: Mateus a Atos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.657,658).
CONCLUSÃO
O diaconato foi instituído pelos apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.
PARA REFLETIR
A respeito de “O Diaconato” responda:
Qual o significado do termo grego “diaconia”?
“Ministério” ou “serviço”.
Qual o significado da “diaconia da toalha e da bacia”?
Significa a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).
Quais as qualificações para o diaconato?
Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar.
Qual a função dos diáconos em Atos 6?
Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega.
Qual a função dos diáconos hoje?
Auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do culto, bem como de outras tarefas para as quais for designado.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O DIACONATO
Por que existe o ministério do diácono? Qual a sua função e importância na vida da igreja local? Estas perguntas podem e devem ser trabalhadas em sala de aula. Muitos alunos não têm a convivência da realidade e dos meandros da organização eclesiástica de suas igrejas locais. Por isso esta é uma excelente oportunidade para abordar um assunto que faz parte da vida cristã de todo membro em uma comunidade local.
Para responder às perguntas elaboradas acima, deve-se partir do sexto capítulo do livro dos Atos dos Apóstolos, pois ali, pela primeira vez, foi constituído um ministério específico de caráter social para resolver uma variante problemática de aspecto étnico: um problema entre as viúvas de fala hebraica e as de fala grega. Tal problema poderia atravancar o avanço da igreja que estava em Jerusalém. Os apóstolos sentiram-se cobrados a solucionar um problema não muito fácil; entretanto, os ministérios da Palavra e da Oração não poderiam ficar em segundo plano. Por outro lado, também não poderia ficar em segundo plano a sobrevivência humana.
Orientados pelo Espírito Santo, e também dotados por um profundo bom senso, juntamente com a igreja, os apóstolos não hesitaram em tomar a decisão de separar sete homens judeus de fala grega — Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau — para resolverem uma questão de caráter social e urgente. Assim, a igreja de Jerusalém voltou à normalidade da sua atividade coadunando a prática proclamatória do Evangelho com o serviço de interferir socialmente na vida dos crentes e não-crentes também, para suprir a necessidade de quem precisava de ajuda. Por isso, o caráter do ministério diaconal é profunda e biblicamente enraizado numa intensa preocupação social. O diácono de Atos não foi chamado para fazer apenas trabalhos meramente litúrgicos, (como colher dízimos e ofertas e servir a Santa Ceia), mas principalmente a cuidar dos mais necessitados, visitar as viúvas e os enfermos, amparando quem realmente precisa de cuidados na comunidade cristã local.
Por conseguinte, o serviço de diácono não é simplesmente uma função eclesiástica, mas um trabalho baseado em um estilo de vida ensinado e promovido por Jesus. Quando um crente olha para o verdadeiro diácono, ele deve sentir-se impulsionado para viver um estilo de vida diaconal, como o de Cristo em seu ministério terreno. Pois o diaconato é um estilo de vida centralizado em Jesus, jamais em si mesmo.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na área de família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião; e também 1º vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN).
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