(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
TEXTO ÁUREO
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros” (Tt 1.5).
VERDADE PRÁTICA
O presbitério deve ser constituído por pessoas idôneas para auxiliar na administração da igreja local.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Tt 1.5
O estabelecimento dos presbíteros
Terça — Tg 5.14
Homens espirituais
Quarta — 1Tm 4.14
A ação do presbitério
Quinta — 1Pe 5.1,2
Presbíteros apascentadores
Sexta — 1Pe 5.3
Como exemplo do rebanho
Sábado — Tt 1.5,7
Bispo — Outro nome para presbítero
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tito 1.5-7; 1 Pedro 5.1-4.
Tito 1
5 — Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
6 — aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
7 — Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
1 Pedro 5
1 — Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
2 — apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
3 — nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
4 — E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
HINOS SUGERIDOS
151, 344 e 516 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Apresentar a importância da função de presbítero.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Definir o termo e a função do presbítero;
II. Destacar a importância do presbítero;
III. Pontuar os deveres dos presbíteros.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A igreja local é o Corpo Invisível de Cristo num tempo e num espaço. Ela é constituída por distintos seres humanos. Por isso, é preciso haver uma liderança que a norteie, a oriente e a administre com sabedoria. Então, aprouve ao Senhor levantar obreiros para dela cuidar. A igreja local jamais pode ser administrada por um único líder. Apesar da importância do pastor titular, este deve contar com um grupo de obreiros aptos a ensinar e a administrar a igreja local: o presbitério. O nosso Pai levantou presbíteros, homens honrados, de boa índole e idôneos, para junto do pastor titular, cuidar e zelar do rebanho do Senhor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, para concluir o assunto do primeiro tópico, sobre a função do presbítero, reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Peça aos alunos para discutirem as funções do presbítero apresentadas no quadro, preenchendo os espaços vazios.
Conclua afirmando que a função de um presbítero, em primeiro lugar, é pastoral. Isto implica múltiplas ações e zelo com a igreja local instituída pelo Senhor numa região. Ao final da aula, juntamente com os alunos, interceda pelo presbitério de sua igreja local.
O PRESBÍTERO
Apascentar | |
Ensinar | |
Administrar |
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No início da Igreja do primeiro século havia líderes que orientavam os crentes quanto ao Evangelho, bem como à organização e desenvolvimento da igreja local. O Evangelho frutificou na vida das pessoas, e por isso, surgiam cada vez mais novos crentes. Foi necessário, a fim de garantir o discipulado integral da nova pessoa em Cristo, separar crentes idôneos e maduros na fé para cuidarem desse precioso rebanho. Assim, os apóstolos de Cristo passaram a estabelecer presbíteros para zelar pela administração e a vida espiritual da igreja local.
PONTO CENTRAL
O presbítero zela pela administração e a vida espiritual da igreja local.
I. A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS
1. Significado da função.
2. A liderança local.
3. As qualificações.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O termo presbítero (do gr. presbyteros ) é um sinônimo de bispo (gr. episkopos ), de professor (do gr. didaskolos ) e de pastor (do gr. poimen ). Logo, a sua função é pastoral.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As qualificações dos Presbíteros (1.6-9)
As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são condições ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o ministério. O grego traduz literalmente: ‘Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes’ — este pode ser considerado como um candidato ao presbitério […].
Paulo parece estar usando as palavras ‘ancião/presbítero’ ( presbyteros , v.5) e ‘líder/bispo’ ( episkopos , v.7) de modo intercambiável […]. Neste primeiro período da história da Igreja, os ofícios ministeriais eram variáveis e indistintos”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2: Romanos a Apocalipse. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.704,705).
As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são condições ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o ministério. O grego traduz literalmente: ‘Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes’ — este pode ser considerado como um candidato ao presbitério […].
Paulo parece estar usando as palavras ‘ancião/presbítero’ ( presbyteros , v.5) e ‘líder/bispo’ ( episkopos , v.7) de modo intercambiável […]. Neste primeiro período da história da Igreja, os ofícios ministeriais eram variáveis e indistintos”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2: Romanos a Apocalipse. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.704,705).
II. A IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO
1. Significado do termo.
2. A atuação do presbitério.
3. A valorização do presbitério.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Fundamentado na Palavra de Deus desde os primórdios cristãos, o presbitério atua no governo da igreja local junto ao pastor titular.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“PRESBÍTEROS
As Assembleias de Deus, especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo no Espírito Santo, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das Assembleias de Deus, de certo modo, é-lhe dado cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor.
[…] Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).
[…] Nas Assembleias de Deus, embora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também visto como o penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor”
(ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.715,716).
As Assembleias de Deus, especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo no Espírito Santo, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das Assembleias de Deus, de certo modo, é-lhe dado cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor.
[…] Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).
[…] Nas Assembleias de Deus, embora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também visto como o penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor”
(ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.715,716).
CONHEÇA MAIS
“Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são chamados ‘presbíteros’ (At 20.17; Tt 1.5) e ‘bispos’ ou supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.7).” “Logo, conforme Atos 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo […].” Para ler mais, consulte a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, pp.1817,1677.
III. OS DEVERES DO PRESBITÉRIO
1. Apascentar a igreja.
2. Liderar a igreja local.
3. Ungir os enfermos.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Apascentar a igreja de Cristo, liderar uma igreja local e ungir os enfermos são algumas das muitas responsabilidades do presbítero.
CONCLUSÃO
Vimos que os termos presbítero, bispo e pastor são sinônimos. Os presbíteros, ou bispos, sempre formaram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a edificação da igreja local. Eles exercem uma função pastoral. Nas Assembleias de Deus no Brasil, os presbíteros exercem este serviço, pastoreando as congregações. Eles ainda cuidam da execução das principais tarefas da Igreja: a evangelização e o ensino da Palavra. Portanto, esses obreiros precisam ser bem selecionados e valorizados pela igreja local.
PARA REFLETIR
A respeito de “O Presbítero, Bispo ou Ancião”, responda:
Segundo a lição o que é um presbítero?
É um título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local.
Qual o significado do termo “presbitério”?
“Presbitério” vem do gr. presbyterion, substantivo de presbítero, um conselho formado por anciãos da igreja cristã. O termo designa o conjunto de presbíteros que administram uma igreja local.
Relacione os deveres dos presbíteros.
Apascentar a igreja, liderar a igreja local e ungir os enfermos.
Quais as duas esferas principais de atuação da liderança da igreja local?
O governo e o ensino.
Qual é o maior compromisso de todo homem de Deus chamado para ser presbítero?
Ensinar e governar com equidade e seriedade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O PRESBÍTERO, BISPO OU ANCIÃO
Ao longo da história da Igreja, vários modelos de governo eclesiásticos apareceram. Mas, oficialmente, podem-se classificar três exemplos: o Episcopal, o Presbiteriano e o Congregacional.
No governo episcopal, o bispo é a autoridade máxima numa hierarquia constituída de presbíteros e diáconos. Adotam esse modelo as igrejas Romana, Anglicana, Ortodoxa e Metodista, por exemplo.
O governo presbiteriano é constituído de um conselho eleito pela assembleia geral da igreja local. Tal conselho é formado por presbíteros regentes (administradores) e docentes (pastor titular e pastores que cuidam do ensino e da liturgia) tipificados pelas igrejas presbiterianas de fé reformada. Ainda há o presbitério (regional) subordinado ao Sínodo (estadual) que, por sua vez, submete-se ao Supremo Concílio (nacional).
O governo congregacional caracteriza-se pelas decisões tomadas em assembleia geral constituída pela igreja local. As igrejas batistas são a denominação que mais caracteriza esse modelo.
Tecnicamente, as igrejas pentecostais adotam o modelo episcopal de governo. O das Assembleias de Deus no Brasil constituiu-se pelas funções de pastor, evangelista, presbítero, diácono e auxiliar de trabalho, com todas se submetendo à função de pastor-presidente.
Constituída por diversos campos de trabalho, onde uma igreja matriz exerce a liderança em relação às igrejas setoriais e às demais congregações, e a setores eclesiásticos regionais, a função do presbítero tem uma importância singular na liderança local da igreja. O presbítero da Assembleia de Deus é um pastor local, pois ele pastoreia as congregações sob a supervisão do pastor setorial (pastor de uma igreja setorial da sede), isto é, um bispo responsável pela supervisão de várias congregações em uma região daquele campo de trabalho. Por isso, uma grande e extraordinária tarefa pesa sobre os ombros dos presbíteros.
É importante ressaltar que, segundo o pastor Isael Araújo, no “Dicionário do Movimento Pentecostal” (CPAD), o modelo de governo assembleiano no Brasil foi abundantemente influenciado pelo da Suécia e trazido pelos missionários que lideraram inicialmente a igreja no Brasil quando da sua fase embrionária. Por outro lado, o governo da Assembleia de Deus dos EUA é diametralmente oposto ao da AD brasileira.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na área de família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião; e também 1º vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN).
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