(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
TEXTO ÁUREO
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
VERDADE PRÁTICA
Por meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ec 12.11
Há um só Pastor
Terça — Is 40.11
O pastor apascenta as ovelhas
Quarta — Ez 34.12
O pastor em busca das ovelhas
Quinta — Am 3.12
O pastor protege as ovelhas
Sexta — Zc 11.17
O pastor negligente com o rebanho
Sábado — Hb 13.20
Cristo, o Pastor das ovelhas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 10.11,14; Tito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4.
João 10
11 — Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
14 — Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Tito 1
7 — Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
8 — mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,
9 — retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.
10 — Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,
11 — aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.
1 Pedro 5
2 — apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
3 — nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
4 — E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
HINOS SUGERIDOS
156, 337 e 515 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Refletir sobre a missão de um pastor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Confirmar o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor;
II. Elencar as características de um verdadeiro pastor;
III. Conscientizar a respeito da missão do ministério pastoral.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Atualmente, muitos são os modelos de liderança pastoral sugeridos sob os aspectos empresarial e meramente psicológico. Entretanto, o modelo de liderança para um pastor cristão deve estar centralizado sob o de Jesus de Nazaré. A vida do nosso Mestre é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Um modelo pastoral centrado na concepção empresarial pode até trazer resultados visíveis, mas para Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a liderança de Jesus de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em relação a Deus é grande vitória. Qual você escolhe?
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, para o terceiro tópico da lição, e após o subtópico que conceitua a missão do pastor, use o esquema abaixo. Fale a respeito do aspecto múltiplo da missão pastoral. Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele se espera maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus e ao rebanho. Por isso, conclua a lição desta semana afirmando a complexidade da função pastoral e como Deus leva a sério o pastor que cumpre o seu ministério. Em seguida, reúna os seus alunos para orarem pelo pastor local e pelos pastores de todo o mundo.
A MULTIPLICIDADE DA MISSÃO PASTORAL
Doutrinária | Ensinamento, pregação expositiva da Palavra de Deus, apologética. |
Pastoral | Evangelização, aconselhamento, acompanhamento de novos convertidos, visitas, reconciliação. |
Administrativa | Administrar os recursos da igreja local (patrimonial, financeiros, etc.). |
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ser pastor sempre foi uma tarefa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica e o constante desafio de se dedicar à oração, à pregação e ao ensino da Palavra de Deus. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível encarar tão grande responsabilidade. Por outro lado, uma liderança madura e servidora é imprescindível ao desenvolvimento da igreja local. Assim, a lição de hoje abordará esse importante ministério.
PONTO CENTRAL
O cuidado com o rebanho do Senhor caracteriza o ministério pastoral.
I. JESUS, O SUMO PASTOR
1. Jesus é o pastor supremo.
2. O pastor conhece as suas ovelhas.
3. O pastor dá a vida pelas ovelhas.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Jesus, o Pastor Supremo, conhece as suas ovelhas e deu a sua vida por elas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Viver como Pedro: A Supervisão Pastoral (5.1-11)
Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos entre povos infiéis, e frequentemente hostis, Pedro inicia sua carta com um imperativo à vida santificada baseada no exemplo de Deus Pai (1.3 - 2.10). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injustamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exemplo de Cristo (2.11 — 4.13). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbíteros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinamentos com uma série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-11)”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2: Romanos a Apocalipse. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.921).
Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos entre povos infiéis, e frequentemente hostis, Pedro inicia sua carta com um imperativo à vida santificada baseada no exemplo de Deus Pai (1.3 - 2.10). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injustamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exemplo de Cristo (2.11 — 4.13). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbíteros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinamentos com uma série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-11)”
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2: Romanos a Apocalipse. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.921).
II. AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR
1. Um caráter íntegro.
2. Exemplo para os fiéis e os infiéis.
3. Exemplo para a família.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Do pastor espera-se um caráter íntegro; um exemplo para os fiéis, aos infiéis e a toda a sua família.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[…] Prioridades na Vida do Pastor
Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.
As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.
Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tempo — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salmista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (Sl 5.3). Esta disciplina será fundamental em tudo o que você fizer e intentar realizar.
Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tempo que determinei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado-a mim e a Shirley-nessa prioridade. […] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?’”
(CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et al.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.17).
Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.
As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.
Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tempo — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salmista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (Sl 5.3). Esta disciplina será fundamental em tudo o que você fizer e intentar realizar.
Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tempo que determinei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado-a mim e a Shirley-nessa prioridade. […] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?’”
(CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et al.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.17).
CONHEÇA MAIS
“A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11), ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja”. Para ler mais, consulte a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1815.
III. O MINISTÉRIO PASTORAL
1. A missão do pastor.
2. Uma missão polivalente.
3. O cuidado contra os falsos pastores.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos.
CONCLUSÃO
O dom ministerial de pastor é concedido àqueles a quem Deus chama para servir ao seu precioso rebanho, a Igreja de Jesus. Esta acha-se espalhada nas igrejas locais que reúnem crentes oriundos de todos os lugares do mundo. Eles estão sob os cuidados de líderes para serem alimentados com a Palavra de Deus. O objetivo do ministério pastoral é fazer com que o rebanho do Senhor cresça na graça e no conhecimento do Evangelho de nosso Salvador (2Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa da graça divina para não fracassar em seu ministério. Oremos pelos pastores, compreendamos as suas lutas e os apoiemos com amor e carinho.
PARA REFLETIR
A respeito de “O Ministério do Pastor” responda:
A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, está diretamente ligada a quê?
Ao valor que o Novo Testamento atribui ao Senhor Jesus.
De acordo com a lição, relacione as características do verdadeiro pastor.
Um caráter íntegro, exemplo para os fiéis e os infiéis e exemplo para a família.
Segundo o texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, cite o que o pastor não pode ser.
O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3 afirma que o bispo não pode ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado.
Qual o significado do termo “pastor” no Novo Testamento?
“Apascentador de ovelhas”.
Qual é a principal missão de um ministro?
Cuidar das pessoas que receberam a Cristo como salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O MINISTÉRIO DE PASTOR
Na obra “Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão”, o autor faz o seguinte comentário: “Reconhecemos essas tendências alarmantes, crendo que as decisões tomadas nesta década reprogramarão a igreja evangélica até boa parte do século 21. Assim, a futura direção da igreja é uma preocupação preeminente e legítima. Sem dúvida, a igreja enfrenta um momento decisivo. O verdadeiro contraste entre os modelos ministeriais concorrentes não é o tradicional versus o contemporâneo, mas o bíblico e o não-bíblico” (p.22).
A que tendências alarmantes o autor se refere? Ele se refere especificamente a oito respostas que emergiram de uma pesquisa realizada por John Seel, em 1995, nos Estados Unidos. Elas foram dadas por 25 líderes evangélicos de renome que foram entrevistados pelo pesquisador.
Dentre oito principais respostas surgidas na pesquisa (sete delas são identidade incerta; desilusão institucional; falta de liderança; pessimismo em relação ao futuro; crescimento positivo, impacto negativo; isolamento cultural; solução política e metodológica como resposta), a que chama mais atenção é a “troca de orientação bíblica pela pesquisa de mercado no ministério”. Não por acaso, se vê muitos seminários teológicos trocando disciplinas fundamentais para uma sólida formação de um obreiro, como o hebraico, o grego, a hermenêutica, a exegese etc., por aquelas que enfatizam a gestão, a forma de crescimento de uma igreja local nos parâmetros do marketing e das estratégias meramente empresariais. Logo, em alguns lugares, deve ser hora de a igreja fazer uma profunda reflexão sobre “Que modelo de ministério pastoral se quer exercer nos próximos anos?”.
Com intuito de deixarmos em aberto esta reflexão, porque o espaço não permite irmos além, solicitamos ao prezado professor meditar nesta semana em todos os textos bíblicos possíveis — use as concordâncias bíblicas, dicionários bíblicos e bons comentários para lhe auxiliarem — em que Jesus aparece como o “Bom Pastor” de ovelhas. Em seguida, procure responder, à luz dos quatro Evangelhos, as seguintes perguntas: Qual o modelo ministerial de pastorado que o Senhor Jesus espera encontrar nos Seus discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de Jesus de Nazaré? É possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a sociedade? Boa aula!
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na área de família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião; e também 1º vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN).
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