Lição 7 - O ministério de profeta (2 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” (1Co 12.28).

VERDADE PRÁTICA
O ministério de profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.


LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 3.22
Jesus — o profeta prometido

Terça — At 11.27
Profetas na igreja primitiva

Quarta — Lc 11.49
Profetas enviados por Deus

Quinta — 1Co 14.3
O ministério do profeta

Sexta — 1Ts 5.20
Não despreze as profecias

Sábado — Ap 3.22
O Espírito fala às igrejas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.

1 Coríntios 12
27 — Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
28 — E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
29 — Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?

Efésios 4
11 — E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 — querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 — até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.

HINOS SUGERIDOS
141, 215 e 438 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Expor o desenvolvimento do ministério de profeta.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.

I. Descrever a função do profeta no Antigo Testamento;
II. Explicar o ofício do profeta no Novo Testamento;
III. Esclarecer o verdadeiro do falso profeta.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O ministério de profeta é um dom de Deus para a igreja atual. O profeta é chamado para falar segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita. No Antigo Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos israelitas a mensagem divina.

Em o Novo Testamento os profetas não perderam a preeminência. Eles, juntamente com os apóstolos, eram as colunas da Igreja. Atualmente, temos a Bíblia, a profecia maior, porém o Senhor continua a levantar e a usar seus porta-vozes para revelar a sua mensagem ao seu povo.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

A lição desta semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos deste dom à luz da Bíblia, mas também considerando o contexto histórico e cultural do Antigo e do Novo Testamento. O ministério de profeta é altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com o ensino dos apóstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de qualquer tempo e lugar.

PONTO CENTRAL

O profeta fala mensagens espontâneas provenientes do Espírito Santo.

I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO

1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome de Deus, em primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo, para povos estranhos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Ao introduzir este primeiro tópico, fale que, no Antigo Testamento, o ministério de Profeta era um ofício que envolvia:
1. Revelação que desvendava o oculto;
2. Anúncio de juízos;
3. Emissões de conselhos e advertências.
Esse ofício representava um ideal divino de restauração da verdadeira espiritualidade que provinha da obediência a Leia de Deus.

II. O PROFETA NO NOVO TESTAMENTO

1. A importância do termo “profeta” no Novo Testamento.
2. O ofício do profeta neotestamentário.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os profetas em o Novo Testamento desempenhavam um importante papel de liderança nas igrejas locais.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Os profetas pertenciam à Igreja apostólica, e tinham um ministério específico de declarações inspiradas. Enquanto os apóstolos e evangelistas levavam o Evangelho ao mundo não-regenerado, os profetas tinham como missão consolar, edificar e exortar as várias igrejas: ‘Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras’ (At 15.32). Sua mensagem, porém, não deveria ser tomada como infalível, mas julgada e avaliada por outros profetas da igreja local”

(HORTON, Stanley M.; MENZIES, William W. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD, p.149).


CONHEÇA MAIS
“A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia […]. Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito”. Para ler mais, consulte a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, pp.1814,1815.

III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO

1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os conhecereis.
3. Ainda sobre o falso profeta.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Uma das formas de reconhecer o falso profeta é identificar a sua arrogância e a podridão dos seus frutos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Os verdadeiros Profetas e os Falsos Profetas (7.15-23). O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o tema. João Batista fala que a impenitência dos fariseus e saduceus é como árvores ruins (cf. Mt 3.8-12). Em Mateus 12.33,35 Jesus une a acusação dos fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama de blasfêmia contra o Espírito Santo. […] Em algumas comunidades a prova para as profecias lidava com a negação protognóstica da carne de Jesus Cristo (1Jo 4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl 1.8,9). Aqui Mateus identifica que o fruto do erro é o antinomismo, chamando estas pessoas de: ‘Vós que praticais a iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina e o estilo de vida são os critérios para discernimento”

(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.61,62).


CONCLUSÃO
Acabamos de estudar o exercício do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. Vimos que tal ministério, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares na liderança da Igreja do primeiro século (Ef 2.20). Apesar de ao longo da história da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminência, sabemos o quanto ele é importante para a vida espiritual da Igreja de Cristo. O profeta do Senhor, com autoridade e sabedoria divina deve desmascarar as injustiças, o falso profetismo e primar pela edificação da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus levante os legítimos profetas!

PARA REFLETIR
A respeito de “O Ministério de Profeta”, responda:

De acordo com a lição, defina o conceito de profeta no Antigo Testamento.
O profeta do Antigo Testamento era a pessoa encarregada de falar em nome de Deus.

O que foi o profetismo?
O profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado de VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.

Quais são os cinco ministérios mencionados em Efésios 4.11?
Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores.

Em que consistia o ofício de profeta no Novo Testamento?
Seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.

Cite duas características do verdadeiro profeta.
A simplicidade e o amor.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O MINISTÉRIO DE PROFETA

O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?

Os exemplos são diversos. No Novo Testamento, Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar a existência desse ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20), por isso achava-se respeitada na comunidade cristã de Tiatira, induzindo a muitos para a prostituição.

Outros exemplos são profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento cristão antigo datado do segundo século: o “Didaqué”, “A Instrução dos Doze Apóstolos”. Apesar de se chamar “A instrução dos Doze”, o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de Cristo, mas formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre “A Vida em Comunidade”, os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.

Empurrado para o ralo da heresia pela igreja romana e pelos cessacionistas, e devido à autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo, inclusive, atraído um dos mais importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano.

O que dizer sobre Catarina de Siena, Tereza D'Ávila — mulheres que denunciaram profeticamente a corrupção de Roma —, John Huss, John Wycliffe e tanto outros gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como verdadeiros profetas e profetisas?

À semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade era algo corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo Testamento e assim ocorreu no Novo Testamento, e vem acontecendo ao longo da rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade?

Por: Elinaldo Renovato
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Aviso:
Todos os direitos reservados à Editora CPAD.
Não possuimos e não divulgamos qualquer exemplar da revista completa em PDF neste site.
A quem desejar adquirir a lição completa, encorajamos que adquira pelos canais de atendimento oficiais da Editora CPAD:

Site CPAD: https://bit.ly/3chys8F
Whatsapp: (21) 96471-4716
Ou pelo: 0800-021-7373 (ligação gratuita de 2ª a 6ª das 8 às 17h)


DOWNLOAD SLIDES
Elinaldo Renovato

Elinaldo Renovato

Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na área de família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião; e também 1º vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN).