Lição 5 - Dons de Elocução (2 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO
“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” (1Co 14.2,3).

VERDADE PRÁTICA
Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo.


LEITURA DIÁRIA
Segunda — Jo 17.17
A Palavra de Deus é a verdade

Terça — 1Tm 4.14
Não despreze o dom de Deus

Quarta — 1Co 14.3
Os objetivos do dom de profecia

Quinta — 1Co 14.32
Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons

Sexta — 1Co 14.22-25
Sinais para os fiéis e para os infiéis

Sábado — 1Co 12.31
Buscar os dons com zelo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32.

1 Coríntios 12
7 — Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
10 — e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 — Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
12 — Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

1 Coríntios 14
26 — Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 — E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 — Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 — E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 — Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 — Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 — E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

HINOS SUGERIDOS
33, 77 e 185 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Apresentar os dons de elocução.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Expor biblicamente o dom de profecia; II. Explicar o dom de variedade de línguas; III. Examinar o dom de interpretação de línguas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não ser enganados pelas falsas manifestações.

PONTO CENTRAL
Os propósitos dos dons de elocução são os de edificar, exortar e consolar.

I. DOM DE PROFECIA (1Co 12.10)

1. O que é o dom de profecia?
2. A relevância do dom de profecia.
3. Propósitos da profecia.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1Co 14.5).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: “O que é ser profeta?”. “Qual é a função do profeta?”. Depois de ouvir os alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias, todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de julgar as profecias e discernir os espíritos.

II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1Co 12.10)
1. O que é o dom de variedades de línguas?
2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas?
3. Atualidade do dom.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1Coríntios 12.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Natureza Encarnacional dos Dons

Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Semelhantemente, 1Coríntios 12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do Espírito.

Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau, uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião era comum no pensamento grego.

Paulo conclama os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço”

(HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).


CONHEÇA MAIS
“O dom de profecia é diferente da profecia anunciada pelos profetas do Antigo Testamento. A revelação canônica já se encerrou, mas Deus continua a falar por meio da Bíblia. O Senhor proveu outros recursos por meio dos quais se comunica com os seres humanos, dentre eles o dom de profecia.” Consulte a obra Declaração de Fé das Assembleias de Deus, editada pela CPAD, p.174ss.

III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1Co 12.10)

1. Definição do dom.
2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O dom de interpretação de línguas é imprescindível para que todos sejam edificados.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Paulo era grato a Deus por falar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1Co 14.26).

Paulo lhes adverte para que cessem de proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: ‘Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las, portanto’. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons”

(HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242).


CONCLUSÃO
Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais — os chamados “cessacionistas” — Deus continua abençoado os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.

PARA REFLETIR
A respeito de “Dons e Elocução” responda:

Quais são os propósitos da profecia?
Exortar, consolar e edificar.

Quais são as três fontes de onde podem proceder as profecias?
Deus, o homem ou o Diabo.

Segundo o teólogo Thomas Hoover, o que é o dom de línguas?
“É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”.

Qual é a finalidade principal do dom de variedade de línguas?
É a edificação da vida espiritual do crente.

Defina, de acordo com a lição, o dom de interpretação de línguas.
“É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
DONS DE ELOCUÇÃO

Estudaremos nesta lição os dons de elocução. Neste grupo, estão relacionados o dom de profecia, o dom de variedade de línguas e o dom da interpretação de línguas (1Co 12.10).

O dom de profecia — Em 1Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de profecia. O apóstolo incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê? Seria este dom superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a edificação do Corpo de Cristo, pois o dom de profecia tem como propósitos a edificação, a exortação e o consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir este dom? Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia “é aquele dom especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de Deus à sua igreja”. Para uma definição mais abrangente, vejamos o que Whendon nos diz: “Uma inspirada pregação; predizendo o futuro, expondo misteriosas verdades, ou pesquisando os segredos do coração e do caráter dos homens”. Ao conceder o dom da profecia, Deus não faz distinção entre homem e mulher. Ana, filha de Famuel, era uma profetisa que aguardava a vinda de Cristo (Lc 2.36). Felipe, o evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9).

Variedade de línguas (1Co 12.10) — O dom de variedade de línguas é diferente das línguas estranhas como evidência do Batismo com o Espírito Santo. Segundo a Bíblia, as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1Co 14.22). Quem possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes dizendo que eles estavam “falando ao ar” (1Co 14.9), ou seja, não havia proveito algum, já que ninguém era edificado. As línguas estranhas continuam sendo um sinal divino para a igreja atual e não devem ser desprezadas, todavia quem já possui este dom deve buscar interpretar as línguas.

Interpretação de línguas — É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, que torna o crente capaz de interpretar, na sua própria língua, aquilo que foi dito pelo crente em línguas estranhas. Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao uso deste dom (1Co 14.27,28). Se não há intérprete a vontade de Deus não é revelada e a igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de interpretação complementa o dom de profecia.

Os dons de poder são para os crentes atuais. Eles são atuais, contemporâneos, úteis e necessários.

Por: Elinaldo Renovato
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Aviso:
Todos os direitos reservados à Editora CPAD.
Não possuimos e não divulgamos qualquer exemplar da revista completa em PDF neste site.
A quem desejar adquirir a lição completa, encorajamos que adquira pelos canais de atendimento oficiais da Editora CPAD:

Site CPAD: https://bit.ly/3chys8F
Whatsapp: (21) 96471-4716
Ou pelo: 0800-021-7373 (ligação gratuita de 2ª a 6ª das 8 às 17h)


DOWNLOAD SLIDES
Elinaldo Renovato

Elinaldo Renovato

Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na área de família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião; e também 1º vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN).