Lição 7 - Cultuando a Deus com liberdade e reverência (1 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho

TEXTO ÁUREO

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)

 

VERDADE PRÁTICA

A adoração em espírito diz respeito à posição espiritual do adorador, isso quer dizer que o que vale diante de Deus é como adorar, não onde adorar.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lv 10.1,2

A reverência na adoração não é uma questão de formalidade, mas de respeito

Terça - 1 Sm 15.22

O ritual religioso sem reverência é desobediência e não tem aceitação divina

Quarta - Ec 5.1

A reverência no culto significa ter consciência da majestade divina

Quinta - Mq 6.6-8

Não devemos confundir religiosidade com espiritualidade

Sexta - 1 Co 14.20

A espiritualidade pentecostal não elimina a maturidade e nem o bom senso

Sábado - 1 Co 14.23-25

Liberdade e reverência são características do culto pentecostal

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 14.26-32

26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.

28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

30- Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

 

HINOS SUGERIDOS: 124, 243, 543 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Conscientizar que no culto pentecostal há liberdade e reverência.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Conceituar o culto pentecostal;

Apresentar o centro do culto pentecostal;

Explicar como se expressa a liturgia de nossa igreja.

 

 INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Embora não sejamos simpatizantes a liturgias formais, os pentecostais têm elementos no culto a Deus que são previsíveis. Esses elementos revelam uma forma de adorar a Deus e, por isso, são litúrgicos.

Nossa liturgia é simples. Por exemplo, espera-se que em nossos cultos haja louvor congregacional, oração pelos enfermos e demais causas, leitura congregacional das Escrituras, oportunidades aos irmãos, ofertório, pregação da Palavra de Deus, apelo, oração final e bênção apostólica. Entretanto, há elementos sobrenaturais que são esperados por todos que se reúnem em nome do Senhor Jesus: a manifestação dos dons espirituais. Esperamos que haja a adoração em línguas, expressão de profecias e outros dons, tudo para edificação dos santos. Outro fato marcante é a liberdade que irmãos e irmãs têm para adorar a Deus em nossas reuniões. Esses elementos marcam a liturgia pentecostal.

 

INTRODUÇÃO

 O Novo Testamento não apresenta um manual de liturgia e nem estabelece regras de cultos. Mas, temos pelo menos uma comunidade cristã do período apostólico que pode dar indicações sobre como devemos organizar o culto: a igreja de Corinto, descrita no capítulo 14 de 1 Coríntios. Com base nesse exemplo, vamos estudar como deve ser nosso culto e os elementos para que ele seja aceitável a Deus.

 

PONTO CENTRAL

Há liberdade e reverência no culto pentecostal.


I - O CULTO PENTECOSTAL: LIBERDADE E REVERÊNCIA

O cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas; sua mensagem, porém, é universal. No dia do triunfo de Cristo e da Igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a Deus na sua própria tradição. Isso se reflete na forma de adoração desenvolvida ao longo dos séculos.

 

1. A flexibilização cristã.

2. O culto.

3. A reverência no culto.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

A adoração a Deus é essencialmente o reconhecimento, a celebração e a exaltação da majestade divina.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Procure relacionar Liberdade e Reverência no culto, conscientizando os alunos acerca da importância de participarem do culto ao Senhor sob o Espírito de Deus e com reverência.

É verdade que em muitos lugares encontramos certa falta de reverência nos cultos. Isso de fato é um problema. Mas é possível amenizá-lo, e até solucioná-lo, com uma boa conversa, ensino e conscientização. Não há melhor lugar para isso do que em uma classe da Escola Dominical. Você é um instrumento que Deus colocou ali para fazer exatamente isso.

Ore para que Ele te dê estratégias para tratar sobre esse assunto com amor e cuidado. Aproveite o término da exposição desse tópico para uma conversa mais informal a fim de conscientizar a classe sobre a importância de um culto reverente e na liberdade do Espírito.

 

II - O CENTRO DO CULTO PENTECOSTAL

Igreja é toda congregação ou assembleia que se reúne em torno do nome de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, professando fé nEle publicamente e de forma diversificada.

1. O centro da nossa adoração.

2. Um culto vibrante no poder do Espírito.

3. Característica pentecostal.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

O Senhor Jesus é o centro da nossa adoração e da mensagem pregada pela nossa igreja.

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

“A adoração individual. Nós adoramos a Deus como crentes individualmente e em todo o tempo: ‘a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem’ (Jo 4.23).

Ensinamos que a verdadeira adoração é aquela que nasce no coração e é expressa com obediência à vontade de Deus, sendo percebida pelo testemunho individual que glorifica ao Senhor da Igreja. Negamos que a adoração e a espiritualidade de alguém possam ser medidas, percebidas ou avaliadas exclusivamente pelo exercício dos dons espirituais. Ensinamos que a adoração é uma atividade espiritual e precisa ser efetuada pelo poder e fruto do Espírito Santo na formação do caráter cristão na vida do adorador. Rejeitamos a hipocrisia e toda a aparência de piedade na vida do adorador.

Na adoração individual, buscamos a santificação pessoal, servindo a Deus de modo agradável com reverência e santo temor” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.144-45).

 

III - COMO SE EXPRESSA A LITURGIA DE NOSSAS IGREJAS?

As reuniões de adoração em nossas igrejas são diversificadas. Temos cultos públicos, chamados por muitos como “culto da família”, de oração, de ensino ou doutrina, escola bíblica dominical, círculo de oração, além de atividade com crianças, adolescentes e jovens.

 

1. Nossas reuniões de adoração.

2. Culto pentecostal.

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A liturgia de nossa igreja é simples e permite que quaisquer irmãos e irmãs adorem a Deus com liberdade.

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

“Reunimo-nos como corpo de Cristo para a adoração pública ao Deus Trino. Jesus prometeu: ‘onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles’ (Mt 18.20). A adoração pública é a atividade de glorificar a Deus em coletividade e serve também para comunhão, despertamento, exortação e edificação da Igreja.

Essa adoração pública é realizada com ordem e decência para que os descrentes reconheçam a presença de Deus no culto e para que somente Deus seja adorado no culto da Igreja. Nenhuma prerrogativa é dada a anjos e a seres humanos, pois Deus não divide sua glória com ninguém: ‘E a minha glória não a darei a outrem’ (Is 48.11). Portanto, confessamos que, na adoração pública, a oração, os cânticos, o ofertório, a pregação e o exercício dos dons espirituais na igreja servem ‘para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence à glória e poder para todo o sempre. Amém!’ (1 Pe 4.11).

Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo: nós conversamos com Ele por meio de nossas orações, cânticos e ofertas, e Deus fala conosco por meio de sua Palavra (pregação e ensino) e das manifestações espirituais” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.144).

 

CONCLUSÃO

O que precisamos saber é que o Novo Testamento não estabelece forma litúrgica de adoração, porque parece não ter sido essa a preocupação do Espírito Santo. Que os nossos cultos sejam dinâmicos e espontâneos, em nome de Jesus, com espontaneidade e reverência. Nós não somos expectadores dos cultos, como num teatro ou cinema; antes participamos deles com cânticos congregacionais, corais, conjuntos e grupos de louvores dando glória a Deus e aleluia.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “Cultuando a Deus com Liberdade e Reverência”, responda:

• O que queremos dizer com a expressão “culto pentecostal”?

O que queremos dizer com a expressão “culto pentecostal” é a nossa liturgia, isto é, a forma como adoramos a Deus.

• Qual o momento mais sublime na vida humana?

A adoração a Deus é o momento mais sublime na vida humana, significa essencialmente o reconhecimento, a celebração e a exaltação da majestade divina

• Quem é o centro de nossa adoração?

O Senhor Jesus é o centro da nossa adoração e da mensagem pregada pelas Assembleias de Deus.

• O que a exortação paulina à comunidade de Corinto nos ensina sobre o culto?

Que o culto não era entediante e nem consistia num pregador falando para um rebanho atento e silencioso, pois havia uma interação dinâmica de compartilhar e receber.

• Como é a nossa liturgia?

A nossa liturgia é simples e permite que quaisquer irmãos e irmãs adorem a Deus com liberdade.


Por: Esequias Soares
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Esequias Soares

Esequias Soares

Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).