Lição 5 - Fruto do Espírito: o Eu crucificado (1 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


TEXTO ÁUREO

“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15.13).

 

VERDADE PRÁTICA

 O fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o mundo o que Espírito Santo colocou dentro de cada um de nós.

 

LEITURA DIÁRIA

 Segunda — Rm 7.15-19

O apóstolo mostra o conflito interior do religioso formal

Terça — Rm 8.5

Existe uma diferença visível entre os incrédulos e os crentes em Jesus

Quarta — Rm 8.8,9

Quem tem o Espírito de Cristo, este pertence a ele

Quinta — 2Co 4.16

Os que estão em Cristo se renovam a cada dia no ser interior

Sexta — Gl 2.20

O Senhor Jesus vive naquele que está crucificado com Ele

Sábado — Cl 3.5

A carne deve ser subjugada pelo Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 Gálatas 5.16-26.

16 — Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.

17 — Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.

18 — Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

19 — Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20 — idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21 — invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

22 — Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

23 — Contra essas coisas não há lei.

24 — E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

25 — Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

26 — Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

 

HINOS SUGERIDOS

178, 315 e 541 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

Demonstrar que o Fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes da vida cristã.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.

I. Conceituar o fruto do Espírito;

II. Distinguir e relacionar fruto do Espírito e dons espirituais;

III. Conscientizar que o Espírito se opõe à Carne.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Fruto do Espírito e dons espirituais não deveriam ser exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo o conselho de Deus. Quem é cheio do Espírito deve desejar o Fruto do Espírito na mesma intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais poderosos para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do Espírito é o testemunho poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida. Ora, no meio das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite. Assim, o fruto do Espírito é o testemunho do “eu crucificado” com Cristo. Esse “eu” não é mais regido pelos instintos primitivos e animalescos da Carne, mas pela direção harmoniosa, calma e serena do Espírito Santo.

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

O fruto do Espírito é o resultado de uma vida cristã abundante e manifestada no relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. Por isso, devemos entender o conflito entre a carne e o Espírito e a função do fruto do Espírito.

 

PONTO CENTRAL

O Fruto do Espírito tem como fonte o próprio Espírito Santo.

 

I. O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE

O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito; ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.

1. Definição.

2. “O fruto”, no singular.

3. Andar no Espírito (v.16).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O fruto do Espírito revela o crente que vive sob os domínios do Espírito.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

Abra a aula de hoje, perguntando: O que é mais importante? Ser batizado no Espírito Santo ou viver o fruto do Espírito? Após ouvir as respostas, de acordo com as Escrituras, diga que essa pergunta não faz sentido algum para o crente. Em nenhum lugar da Bíblia se ensina essa “escolha”, pois tanto um quanto o outro são igualmente importantes na vida do crente e da igreja. Tanto o Batismo no Espírito Santo, e a realidade dos dons espirituais, quanto o fruto do Espírito são realidade de uma única fonte: o Espírito Santo. Ao expor o conteúdo desse primeiro tópico, deixe claro que para vencer a Carne é preciso “andar no Espírito”; e só “anda no Espírito” quem manifesta o fruto do Espírito. Logo, só há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.

 

II. DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO

Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa mesma fonte e ambos glorificam a Cristo, mas se trata de coisas distintas. O amor, por exemplo, não é um dom (1Co 14.1).

1. Diferença.

2. Os dons na igreja.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa mesma fonte: o Espírito Santo. Ambos glorificam a Cristo.

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A Palavra de Deus fala claramente da recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo para que produza as características de Cristo no seu interior. Em 2Pedro 1, a Bíblia nos fala da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais de sua nova vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a firmeza e a perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no tocante à velha e pecaminosa natureza adâmica. No versículo 10, a Palavra de Deus diz: ‘Porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’ (2Pe 1.10,11).

O fruto é uma coisa viva. Se você entregou o controle de sua vida ao Espírito Santo, Ele infalivelmente produzirá em você o fruto do Espírito em uma colheita contínua e abundante. Ele é chamado ‘o Espírito de vida’ (Rm 8.2; Ap 11.11). Portanto, o seu fruto espiritual deverá ser crescente, nutrido e completo, reluzente, vistoso e sadio” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.22).

 

CONHEÇA MAIS

Fruto do Espírito

“Jesus utilizou a analogia da videira para ensinar a relação necessária que deve existir entre o Espírito Santo e o crente para que a sua semelhança com Cristo seja notória nele. É o Espírito Santo que produz o fruto espiritual em nós quando nos rendemos sem reservas a Ele. Isso abrange nosso espírito, alma e corpo e todas as faculdades que os constitui.

[…] O fruto do Espírito é o caráter de Cristo produzido em nós para que em nosso viver o demonstremos ao mundo.” Leia mais em O Fruto do Espírito, 2019, pp.15-37.

 

III. O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE

O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o legalismo, de outro estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e à desunião (Gl 5.13-15).

1. O legalismo.

2. A Carne e o Espírito.

3. Os vícios (vv.19-21).  

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O abuso da liberdade cristã e o legalismo revelam a oposição entre a Carne e o Espírito, pois ambos levam à falta de amor e desunião.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A maturidade espiritual ajuda-nos a ter bons relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las melhor e a reconhecer a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos esforçar-nos para alcançar a união. As pessoas, ao observarem o nosso caráter e conduta, passarão a ter confiança em nós.

[…] O fruto é a maneira de se exercer os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na sua mais plena manifestação, nada é sem o amor. ‘Por outro lado, a plenitude genuína do Espírito Santo forçosamente produzirá também frutos, por causa da vida renovada e enriquecida da comunhão com Cristo’. Conhecer o amor, poder e graça de Deus, inspiradores de reverente temor, deve fazer de nós vasos de bênçãos cheios de ternura. Não merecemos os dons. Nem por isso Deus se nega a nos revestir de poder. E passamos a ser obreiros do Reino, prontos para trazer a colheita. Subimos a um novo domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.493).

 

CONCLUSÃO

Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus disse que o homem fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “Fruto do Espírito: o Eu Crucificado” responda:

Defina “fruto do Espírito”.

O fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento espiritual.

O que significa “andar no Espírito”?

“Andar no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade.

Quais são as modalidades do fruto do Espírito?

A primeira e a maior modalidade do fruto do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do amor.

O que o apóstolo Paulo fala dos dons espirituais sem o amor?

Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada” (1Co 13.1-3) e são passageiros (1Co 13.8-10), mas o amor é eterno.

Quais são os vícios denominados “obras da carne” (Gl 5.19-21)?

Podemos classificar esses vícios em três categorias: a) sexo ilícito: prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa: idolatria e feitiçaria; c) pecados de ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria.

 

VOCABULÁRIO

Porfia: Contenda acirrada, discussão, polêmica.

Emulação: Ato ou efeito de emular; rivalizar, competir, concorrer.


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

FRUTO DO ESPÍRITO: O EU CRUCIFICADO

Vamos estudar um dos temas mais vibrantes da vida cristã: o Fruto do Espírito. Este, quando aplicado à vida do crente, é a prova de que o “eu” foi crucificado com Cristo.

Há um ponto na lição que deve ser observado de maneira enfática: a relação do Fruto do Espírito com os dons espirituais. Esses dois não são exclusivistas, mas complementares. A vontade de Deus é que o crente viva a plenitude do Espírito, isto é, tanto dinamicamente no poder como na ética do Espírito Santo. O padrão da Bíblia para o crente é que ele seja cheio de poder, mas, ao mesmo tempo, revele o caráter forjado no Espírito.

É exatamente isso que o apóstolo Paulo ensina à igreja de Corinto. Não foi por acaso que ele escreveu sobre isso na Primeira Carta aos Coríntios. O apóstolo mostrou que os coríntios manifestavam o poder do Espírito, mas falhavam na ética do Espírito. Por isso, aquela igreja estava sendo moralmente relapsa, ao ponto de tolerar um pecado gravíssimo (1Co 5). Não por acaso, o apóstolo Paulo escreve dois capítulos sobre os dons espirituais (12 e 14), principalmente acerca das línguas e profecia, e, no meio deles, escreve um capítulo sobre o amor (1Co 13), o caminho mais excelente. O amor é a principal de todas as virtudes, e impulsiona os demais frutos.

O Fruto do Espírito não é uma escolha entre duas: não há alternativa entre viver no poder do Espírito ou desenvolver o Fruto do Espírito. Andar no Espírito, de acordo com o caráter de Cristo, é tão importante quanto o estar imerso no poder do Espírito. Ora, tanto os dons espirituais quanto o fruto têm no Espírito Santo sua origem e fonte transbordante. Assim, desenvolver o Fruto do Espírito na vida, ao lado dos dons espirituais é desenvolver a maturidade cristã, a plenitude do Evangelho, a perseverança e um viver vitorioso e pleno contra a velha natureza humana.

Vivemos um tempo de crise moral e ética. Os membros das igrejas locais não estão alheios a esse tempo. Aqui, não falamos de moralismos, mas de uma régua moral e de um compromisso ético que leva em conta o nosso corpo, alma e espírito. A Bíblia nos estimula a conservá-los para a vinda do nosso Senhor (1Ts 5.23). Isso só é possível se “andarmos no Espírito” (Gl 5.25). Assim, devemos pensar no Espírito, para desejar as coisas do Espírito e fazer conforme o Espírito (Fp 4.8,9).



Por: Esequias Soares
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Esequias Soares

Esequias Soares

Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).