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TEXTO ÁUREO
“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15.13).
VERDADE PRÁTICA
O fruto do Espírito é
um dos temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o mundo o que
Espírito Santo colocou dentro de cada um de nós.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 7.15-19
O apóstolo mostra o conflito interior do religioso formal
Terça — Rm 8.5
Existe uma diferença visível entre os incrédulos e os
crentes em Jesus
Quarta — Rm 8.8,9
Quem tem o Espírito de Cristo, este pertence a ele
Quinta — 2Co 4.16
Os que estão em Cristo se renovam a cada dia no ser interior
Sexta — Gl 2.20
O Senhor Jesus vive naquele que está crucificado com Ele
Sábado — Cl 3.5
A carne deve ser subjugada pelo Espírito Santo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 5.16-26.
16 — Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
concupiscência da carne.
17 — Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito,
contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que
quereis.
18 — Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo
da lei.
19 — Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:
prostituição, impureza, lascívia,
20 — idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações,
iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 — invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
22 — Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 — Contra essas coisas não há lei.
24 — E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas
paixões e concupiscências.
25 — Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
26 — Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns
aos outros, invejando-nos uns aos outros.
HINOS SUGERIDOS
178, 315 e 541 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Demonstrar que o Fruto do Espírito é um dos temas mais
vibrantes da vida cristã.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com seus respectivos subtópicos.
I. Conceituar o fruto do Espírito;
II. Distinguir e relacionar fruto do Espírito e dons
espirituais;
III. Conscientizar que o Espírito se opõe à Carne.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Fruto do Espírito e dons espirituais não deveriam ser
exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo o conselho
de Deus. Quem é cheio do Espírito deve desejar o Fruto do Espírito na mesma
intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais poderosos
para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do Espírito é o testemunho
poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida. Ora, no meio
das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite.
Assim, o fruto do Espírito é o testemunho do “eu crucificado” com Cristo. Esse
“eu” não é mais regido pelos instintos primitivos e animalescos da Carne, mas
pela direção harmoniosa, calma e serena do Espírito Santo.
ESBOÇO
INTRODUÇÃO
O fruto do Espírito é o resultado de uma vida cristã
abundante e manifestada no relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e
no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. Por isso,
devemos entender o conflito entre a carne e o Espírito e a função do fruto do
Espírito.
PONTO CENTRAL
O Fruto do Espírito tem como fonte o próprio Espírito Santo.
I. O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do
Espírito; ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não
significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na
vida do crente.
1. Definição.
2. “O fruto”, no singular.
3. Andar no Espírito (v.16).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O fruto do Espírito revela o crente que vive sob os domínios
do Espírito.
SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Abra a aula de hoje, perguntando: O que é mais importante?
Ser batizado no Espírito Santo ou viver o fruto do Espírito? Após ouvir as
respostas, de acordo com as Escrituras, diga que essa pergunta não faz sentido
algum para o crente. Em nenhum lugar da Bíblia se ensina essa “escolha”, pois
tanto um quanto o outro são igualmente importantes na vida do crente e da
igreja. Tanto o Batismo no Espírito Santo, e a realidade dos dons espirituais,
quanto o fruto do Espírito são realidade de uma única fonte: o Espírito Santo.
Ao expor o conteúdo desse primeiro tópico, deixe claro que para vencer a Carne
é preciso “andar no Espírito”; e só “anda no Espírito” quem manifesta o fruto
do Espírito. Logo, só há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.
II. DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO
Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem
numa mesma fonte e ambos glorificam a Cristo, mas se trata de coisas distintas.
O amor, por exemplo, não é um dom (1Co 14.1).
1. Diferença.
2. Os dons na igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem
numa mesma fonte: o Espírito Santo. Ambos glorificam a Cristo.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra de Deus fala claramente da recompensa que o
crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo para que produza as
características de Cristo no seu interior. Em 2Pedro 1, a Bíblia nos fala da
necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais de sua nova vida
em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a firmeza e a
perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no tocante à velha e
pecaminosa natureza adâmica. No versículo 10, a Palavra de Deus diz: ‘Porque,
fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente
concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’
(2Pe 1.10,11).
O fruto é uma coisa viva. Se você entregou o controle de sua
vida ao Espírito Santo, Ele infalivelmente produzirá em você o fruto do
Espírito em uma colheita contínua e abundante. Ele é chamado ‘o Espírito de
vida’ (Rm 8.2; Ap 11.11). Portanto, o seu fruto espiritual deverá ser
crescente, nutrido e completo, reluzente, vistoso e sadio” (GILBERTO, Antônio.
O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. 2ª Edição. Rio de
Janeiro: CPAD, 2019, p.22).
CONHEÇA MAIS
Fruto do Espírito
“Jesus utilizou a analogia da videira para ensinar a relação
necessária que deve existir entre o Espírito Santo e o crente para que a sua
semelhança com Cristo seja notória nele. É o Espírito Santo que produz o fruto
espiritual em nós quando nos rendemos sem reservas a Ele. Isso abrange nosso
espírito, alma e corpo e todas as faculdades que os constitui.
[…] O fruto do Espírito é o caráter de Cristo produzido em
nós para que em nosso viver o demonstremos ao mundo.” Leia mais em O Fruto do
Espírito, 2019, pp.15-37.
III. O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE
O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das igrejas
da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o
legalismo, de outro estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e à
desunião (Gl 5.13-15).
1. O legalismo.
2. A Carne e o Espírito.
3. Os vícios (vv.19-21).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O abuso da liberdade cristã e o legalismo revelam a oposição
entre a Carne e o Espírito, pois ambos levam à falta de amor e desunião.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A maturidade espiritual ajuda-nos a ter bons
relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las melhor e a reconhecer
a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos esforçar-nos para alcançar a
união. As pessoas, ao observarem o nosso caráter e conduta, passarão a ter
confiança em nós.
[…] O fruto é a maneira de se exercer os dons. Cada fruto
vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na sua mais plena
manifestação, nada é sem o amor. ‘Por outro lado, a plenitude genuína do
Espírito Santo forçosamente produzirá também frutos, por causa da vida renovada
e enriquecida da comunhão com Cristo’. Conhecer o amor, poder e graça de Deus,
inspiradores de reverente temor, deve fazer de nós vasos de bênçãos cheios de
ternura. Não merecemos os dons. Nem por isso Deus se nega a nos revestir de poder.
E passamos a ser obreiros do Reino, prontos para trazer a colheita. Subimos a
um novo domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.493).
CONCLUSÃO
Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para
verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. Salomão disse que o
homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus disse que o homem fala
aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento de cada ser humano
norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, que
resulta em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, que
resulta em vida e paz.
PARA REFLETIR
A respeito de “Fruto do Espírito: o Eu Crucificado”
responda:
Defina “fruto do Espírito”.
O fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de
amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento
espiritual.
O que significa “andar no Espírito”?
“Andar no Espírito” é uma expressão que indica viver
corretamente em humildade, submissão e santidade.
Quais são as modalidades do fruto do Espírito?
A primeira e a maior modalidade do fruto do Espírito é o
amor, as demais modalidades são reflexos do amor.
O que o apóstolo Paulo fala dos dons espirituais sem o amor?
Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada”
(1Co 13.1-3) e são passageiros (1Co 13.8-10), mas o amor é eterno.
Quais são os vícios denominados “obras da carne” (Gl
5.19-21)?
Podemos classificar esses vícios em três categorias: a) sexo
ilícito: prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa:
idolatria e feitiçaria; c) pecados de ordem social: inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices
e glutonaria.
VOCABULÁRIO
Porfia: Contenda acirrada, discussão, polêmica.
Emulação: Ato ou efeito de emular; rivalizar, competir,
concorrer.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
FRUTO DO ESPÍRITO: O EU CRUCIFICADO
Vamos estudar um dos temas mais vibrantes da vida cristã: o
Fruto do Espírito. Este, quando aplicado à vida do crente, é a prova de que o
“eu” foi crucificado com Cristo.
Há um ponto na lição que deve ser observado de maneira
enfática: a relação do Fruto do Espírito com os dons espirituais. Esses dois
não são exclusivistas, mas complementares. A vontade de Deus é que o crente
viva a plenitude do Espírito, isto é, tanto dinamicamente no poder como na
ética do Espírito Santo. O padrão da Bíblia para o crente é que ele seja cheio
de poder, mas, ao mesmo tempo, revele o caráter forjado no Espírito.
É exatamente isso que o apóstolo Paulo ensina à igreja de
Corinto. Não foi por acaso que ele escreveu sobre isso na Primeira Carta aos
Coríntios. O apóstolo mostrou que os coríntios manifestavam o poder do
Espírito, mas falhavam na ética do Espírito. Por isso, aquela igreja estava
sendo moralmente relapsa, ao ponto de tolerar um pecado gravíssimo (1Co 5). Não
por acaso, o apóstolo Paulo escreve dois capítulos sobre os dons espirituais
(12 e 14), principalmente acerca das línguas e profecia, e, no meio deles,
escreve um capítulo sobre o amor (1Co 13), o caminho mais excelente. O amor é a
principal de todas as virtudes, e impulsiona os demais frutos.
O Fruto do Espírito não é uma escolha entre duas: não há
alternativa entre viver no poder do Espírito ou desenvolver o Fruto do
Espírito. Andar no Espírito, de acordo com o caráter de Cristo, é tão
importante quanto o estar imerso no poder do Espírito. Ora, tanto os dons
espirituais quanto o fruto têm no Espírito Santo sua origem e fonte
transbordante. Assim, desenvolver o Fruto do Espírito na vida, ao lado dos dons
espirituais é desenvolver a maturidade cristã, a plenitude do Evangelho, a
perseverança e um viver vitorioso e pleno contra a velha natureza humana.
Vivemos um tempo de crise moral e ética. Os membros das
igrejas locais não estão alheios a esse tempo. Aqui, não falamos de moralismos,
mas de uma régua moral e de um compromisso ético que leva em conta o nosso
corpo, alma e espírito. A Bíblia nos estimula a conservá-los para a vinda do
nosso Senhor (1Ts 5.23). Isso só é possível se “andarmos no Espírito” (Gl
5.25). Assim, devemos pensar no Espírito, para desejar as coisas do Espírito e
fazer conforme o Espírito (Fp 4.8,9).
Orientações Ao reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).
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