(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
TEXTO ÁUREO
“Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo” (At 9.31).
VERDADE PRÁTICA
A atuação do Espírito é contínua e dinâmica na igreja, na
vida dos crentes e os conduz desde a conversão até ao final da jornada cristã.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Nm 11.17
O Espírito Santo exerce também a função de juiz
Terça — 1Sm 16.14
O Espírito Santo reprova a desobediência
Quarta — 1Co 6.11
O processo da salvação é realizado em nome de Jesus e pelo
Espírito Santo
Quinta — Ef 1.13,14
O penhor do Espírito é a garantia da nossa herança
Sexta — Fp 3.3
A verdadeira adoração cristã é no Espírito Santo
Sábado — Tt 3.5
Fomos transformados pelo poder do Espírito de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 16.7-13.
7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá,
porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for,
enviar-vo-lo-ei.
8 — E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da
justiça, e do juízo:
9 — do pecado, porque não creem em mim;
10 — da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis
mais;
11 — e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está
julgado.
12 — Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis
suportar agora.
13 — Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos
guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que
tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
HINOS SUGERIDOS
360, 447 e 470 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Ensinar que o Espírito Santo atua no plano de redenção.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com seus respectivos subtópicos.
I. Desenvolver o ensino sobre o Espírito Santo como promessa
nas Escrituras;
II. Destacar o Espírito Santo como “Consolador” e
“Ensinador”;
III. Asseverar que o Espírito Santo tanto reprova como
convence o mundo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na aula desta semana, estaremos diante de um assunto
glorioso: a atuação do Espírito Santo no plano divino de redenção. A cada época
da história, a Igreja é tentada a deixar a dependência do Espírito Santo para
experimentar métodos secularizados que não glorificam a Deus. Esse fenômeno
ocorreu no período antigo, no médio, no moderno e ocorre no contemporâneo.
Um dos objetivos da Escola Dominical, dentre muitos outros,
é conscientizar os alunos de que não se pode substituir a mais antiga e atual
forma de convencer o homem sem Deus de seu real estado: a dependência na ação
do Espírito Santo para agir no coração do pecador. Além de Ele atuar para
convencê-lo, o Espírito capacita o emissor da mensagem, dando-lhe poder e
manifestando sinais sobrenaturais para confirmá-la. É maravilhoso viver na
dependência do Santo Espírito!
ESBOÇO
INTRODUÇÃO
Aprendemos na lição passada quem é o Espírito Santo e agora
vamos estudar sobre a ação dele no processo da salvação da humanidade e na
edificação dos crentes. Jesus disse que não nos deixaria órfãos quando se
referiu ao Consolador que está nos crentes. Vivemos essa experiência do
Espírito no dia a dia.
PONTO CENTRAL
O Espírito Santo atua de maneira contínua e dinâmica para a
salvação.
I. O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA
A salvação da humanidade foi um projeto do Deus Trino e Uno,
planejado antes da fundação do mundo. Cada Pessoa da Trindade exerce função
específica no plano da salvação, e o Espírito é parte dessa história salvífica
juntamente com o Pai e o Filho.
1. A promessa messiânica.
2. Na antiga aliança.
3. A promessa do Consolador.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A participação do Espírito Santo como promessa é vista na
promessa messiânica, na Antiga Aliança e na pessoa Jesus Cristo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Uma das mais belas definições acerca da palavra “promessa” é
“esperança que se fundamenta em algo concreto e aparente” (Caudas Aulete
Online). A promessa do Espírito Santo foi concretizada nas Escrituras e ao
longo da história da Igreja. Ainda hoje, milhares de pessoas experimentam dia
após dia a doce presença do Santo Espírito.
Há razões de sobra para que o crente deposite a sua inteira
confiança na promessa do Espírito Santo. Por isso, ao final da exposição deste
tópico, auxiliado pelas informações acima, ou nas que o Espírito Santo lhe
impulsionar, faça uma aplicação no sentido de que seus alunos se conscientizem
de que a promessa do Espírito Santo ainda é real e está disponível a quem crer
e buscá-la. Talvez haja alguém na sua classe que ainda não experimentou o
batismo no Espírito Santo. Quem sabe não chegou a hora de Jesus batizar? Você é
o instrumento disponível para conscientizar seu aluno, e aluna, acerca dessa
preciosa promessa.
II. O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA
O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para
ensinar os discípulos e fazê-los lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para
testificar dEle.
1. O Consolador (v.7).
2. O Ensinador.
3. O Ajudador.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O Espírito Santo atua como Consolador, Ensinador e Ajudador
do crente.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Uma das verdades ensinadas pelo Espírito Santo é que não
podemos recitar uma fórmula mágica do tipo: ‘Amarro Satanás; amarro minha
mente; amarro minha carne. Agora, Espírito Santo, creio que os pensamentos e as
palavras que se seguem vêm todos de ti!’. Não nos é lícito usar encantamento
para submeter Deus à nossa vontade. João admoesta a Igreja: ‘Provai se os
espíritos são de Deus’ (1Jo 4.1). Significa que devemos permitir ao Espírito
Santo da Verdade orientar-nos na tarefa de interpretar a Palavra de Deus e a
testar, pelas Escrituras, os nossos pensamentos e os de outras pessoas.
Há perigos genuínos neste assunto. Certo autor reivindicou,
na capa do seu livro: ‘Predições cem por cento corretas das coisas do porvir’.
A tarefa do leitor, com a ajuda do Espírito Santo, é seguir o exemplo dos
bereanos, que o próprio Espírito recomenda através das palavras de Lucas. Eles
persistiam ‘examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim’ (At
17.11). Cada crente deve ler, testar e compreender a Palavra de Deus e os
ensinos a respeito dela. O crente pode fazer assim confiadamente, na certeza de
que o Espírito Santo, que habita em cada um de nós, irá levar-nos a toda
verdade” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.398,399).
III. O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO
Uma vez realizada a obra da redenção, o Espírito veio para
convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. A salvação está à
disposição de todos, mas há a necessidade de alguém persuadir a humanidade.
Esse alguém é o Espírito Santo.
1. O Espírito Santo convence o mundo do pecado (v.9).
2. O Espírito Santo convence o mundo da justiça (v.10).
3. O Espírito Santo convence o mundo do Juízo (v.11).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O Espírito Santo convence o mundo do pecado, da justiça e do
juízo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Paulo nos revela que, se confessarmos com a nossa boca que
Jesus é Senhor e realmente crermos que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
seremos salvos. Porque, quando cremos no coração, somos justificados. E, quando
confessamos que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, somos salvos (Rm
10.9,10). Paulo nos garante que ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser
pelo Espírito Santo (1Co 12.3). Paulo não está afirmando ser impossível aos
hipócritas ou falsos mestres falarem, da boca para fora, as palavras ‘Jesus é
Senhor’. Mas dizer que Jesus é verdadeiramente Senhor (que envolve o
compromisso de segui-lo e de cumprir sua vontade, ao invés de os nossos
próprios planos e desejos) exige a presença do Espírito Santo dentro de nós e o
coração e espírito novos, conforme conclama Ezequiel 18.31. Nosso próprio ser
confessa que Jesus é Senhor à medida que o Espírito Santo começa a
transformar-nos segundo a imagem de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, p.396).
CONCLUSÃO
Diante do exposto ficamos sabendo que o sentido de
Consolador aplicado ao Espírito é inerente à sua natureza e obra. O Espírito
Santo atua na igreja para guiar o povo de Deus de forma coletiva como as
ovelhas individualmente e age também no mundo no processo da salvação.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Atuação do Espírito Santo no Plano da
Redenção”, responda:
Por que Jesus precisava voltar ao Pai?
Jesus precisava voltar ao Pai para possibilitar a vinda do
Consolador.
Qual é a ideia de parákletos?
A ideia de parákletos é de alguém chamado para estar ao lado
para ajudar.
Quem imprime em nós o caráter de Cristo?
O Espírito Santo.
De que pecado e justiça o Espírito convence o mundo?
O pecado da incredulidade (Jo 16.9) e a justiça impecável de
Jesus (Jo 8.46).
A que se refere o juízo sobre o qual o Espírito convence o
mundo?
Esse “juízo” é uma referência ao julgamento de nossos
pecados na cruz do Calvário e ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já
foi vencido por Jesus da sua morte e ressurreição.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO PLANO DA REDENÇÃO
A lição desta semana mostra o papel glorioso do Espírito
Santo no plano de salvação É um papel ativo, em que o Santo Espírito atua como
Aquele que convence o mundo, ensina o crente e consola o discípulo de Cristo. O
Espírito Santo atua como o “paracleto”, o que defende, protege e mentoria a
nossa vida. Ele está ao lado do seguidor de Jesus.
A presente lição tem o propósito de conscientizar o crente
desse papel ativo do Espírito Santo. Essa atuação é uma promessa alicerçada nas
Escrituras e que teve, no dia de Pentecostes, a realização plena dessa
promessa. Nesse sentido, vale a pena fazer uma correlação da passagem de Joel
2.28,29 com Atos 2 para pontuar a promessa do Antigo Testamento e seu
cumprimento no Novo Testamento. Isso deixa claro que o Espírito Santo é uma
pessoa que atua na realidade de nossa vida, pois vemos tal realidade na promessa
anunciada no Antigo Testamento, cumprida no Novo Testamento e confirmada no
tempo presente de nossas vidas. Assim, estimule os alunos a buscarem uma
experiência com o Espírito Santo, pois não se trata de uma teoria: Ele é real,
é vivo.
Outro ponto interessante a destacar é que a vida no Espírito
não quer dizer uma “vida mágica”. Na sua revista de professor, você poderá
notar no subsídio teológico do segundo tópico um ensinamento bíblico muito
claro: “Não nos é lícito usar encantamento para submeter Deus à nossa vontade”.
A Bíblia ensina a “provar” se os “espíritos” são de Deus. O mundo espiritual é
real, mas também há pessoas que usam esse mundo para manifestar a emoção humana
ou, infelizmente, uma ação demoníaca. É preciso abrir 1João 4.1 e, com clareza,
ensinar com autoridade: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os
espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo”. Ora, se o Espírito Santo ensina e ajuda o crente, Deus espera que seus
filhos tenham discernimento espiritual em tudo.
Além de o Espírito Santo ser uma promessa cumprida, um
ensinador e ajudador, que nos faz discernir todas as coisas, Ele também
glorifica a Cristo em nossas vidas. Só é possível glorificar a Jesus se
estivermos no Espírito: “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém fala
pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o
Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1Co 12.3). Portanto, que fique claro nesta
aula que não há vida cristã possível fora do Espírito Santo. O lugar do Espírito
Santo em nossas vidas não é secundário, mas primário, principal.
Orientações Ao reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).
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