Lição 13 - Quando Deus Restaura o Justo (4 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


TEXTO ÁUREO 
“E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.”(Jó 42.10) 

VERDADE PRÁTICA 
A restauração do ser humano acontece em razão do amor e da misericórdia de Deus, e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou atos de bondade. 
  
LEITURA DIÁRIA 

Segunda - Jó 42.2 
Deus tudo pode e seus planos serão plenamente executados 
Terça - Jó 42.5 
A beleza de uma experiência pessoal com Deus 
Quarta - Jó 42.7,8 
A repreensão de Deus aos amigos de Jó 
Quinta - Jó 42.9 
Os amigos de Jó obedecem a ordenança de Deus 
Sexta - Jó 42.10 
Deus restaura a sorte de Jó e lhe devolve tudo em dobro 
Sábado - Jó 42.12 
O último estado de Jó foi melhor que o primeiro 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

Jó 42.1-17 
1 - Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: 
2 - Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido. 
3 - Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia. 
4 - Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me. 
5 - Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. 
6 - Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza. 
7 - Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. 
8 - Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó. 
9 - Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes dissera; e o SENHOR aceitou a face de Jó. 
10 - E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. 
11 - Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um pendente de ouro 
12 - E, assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. 
13 - Também teve sete filhos e três filhas. 
14 - E chamou o nome da primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira, Quéren-Hapuque. 
15 - E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. 
16 - E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. 
17- Então, morreu Jó, velho e farto de dias. 
  
HINOS SUGERIDOS: 46, 108, 186 da Harpa Cristã 
  
OBJETIVO GERAL 
Mostrar o grande amor de Deus evidenciado na prosperidade de seus filhos. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

SUBLINHAR a atitude humilde de Jó em receber a repreensão divina pelos equívocos cometidos; 
DESTACAR a espiritualidade de Jó demonstrada na intercessão pelos seus amigos; 
COMENTAR sobre o último estado de Jó e suas implicações positivas para o entendimento do livro. 
  
INTERAGINDO COM O PROFESSOR 
Chegamos ao encerramento de mais um de trimestre. Essa é uma excelente oportunidade para fazer um diagnóstico de como foi a sua performance de educador ou educadora cristã. Procure avaliar como a sua turma se comportou ao longo do trimestre. Como foi o método usado, a interação e a percepção dos alunos. Isso pode ser feito por meio de perguntas individuais aos alunos. Você pode pesquisar na internet uma série de modelos de avaliação e adaptá-los a fim de que tenha uma amostra em sua classe. O importante é que você não deixe escapar a oportunidade de fazer uma autoavaliação, bem como avaliar toda a classe. 
  
INTRODUÇÃO 
Nesta última lição trataremos sobre a restauração de Jó. Veremos que ela se dá quando ele se humilha diante de Deus e intercede por seus amigos. 
  
PONTO CENTRAL 
Deus restaura o ser humano por causa de seu amor e misericórdia. 
  
I – A HUMILHAÇÃO DE JÓ 
  
1. O Jó humilhado.   
2. Reverência e submissão.  
3. Uma experiência viva com Deus. 
  
SÍNTESE DO TÓPICO I 
A humilhação de Jó resultou em humildade, reverência, submissão e experiência com Deus. 
  
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 
Esta lição fala a respeito da restauração do justo. À medida que você desenvolver o assunto, deixe claro a importância de o crente experimentar pessoalmente a Deus. Além de conhecermos a Palavra, precisamos também conhecer o Deus da Palavra. É muito importante que os nossos alunos sejam estimulados a irem além da teoria: experimentar pessoalmente a Deus. Estimule-os para tal realidade. Se puder, busque biografias do meio pentecostal que destacam lindas experiências que homens e mulheres tiveram com o Senhor. Apresente-as à classe. Nesse sentido, a nossa história é muito rica. Aqui, sugerimos a Coleção Clássicos do Movimento Pentecostal, editada pela CPAD, para lhe auxiliar. 
  
II – A INTERCESSÃO DE JÓ 
  
1. A ira de Deus. 
2. O pecado dos amigos de Jó.   
3. A oração de Jó. 
  
SÍNTESE DO TÓPICO II 
Deus fez com que Jó intercedesse pelos seus amigos. 
  
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Mesmo em frangalhos, e mesmo não passando de ruínas, deveria Jó, naquele momento, atuar como sacerdote daqueles que muito o feriram com suas palavras. Que incrível semelhança com o Senhor Jesus Cristo! Nosso Salvador, embora tenha sido retratado pelo profeta como alguém desprovido de parecer e formosura, intercedeu por nós pecadores (Is 53.2,3,12). Se este retrato que o profeta revela do Senhor parece forte, o que diremos da pintura que do mesmo Salvador faz Davi: ‘Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo’ (Sl 22.6)? No auge da angústia, Jó era mui semelhante ao Senhor Jesus. Mas quão distante achava-se ele da glória exterior do sacerdócio araônico! No entanto, caber-lhe-ia orar por seus amigos, e por seus amigos oferecer os sacrifícios prescritos pelo Senhor” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.191). 
  
III – A RESTAURAÇÃO DE JÓ 
  
1. Restauração moral e espiritual.   
2. Restauração social e material. 
  
SÍNTESE DO TÓPICO III 
A restauração de Jó se deu nas esferas moral, espiritual, social e material. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 
“Afirmou um crítico literário, certa vez, que dois são os defeitos do Livro de Jó. O primeiro é que o antagonista da história – Satanás – sai de cena ainda no prólogo. E o segundo é que, diferentemente dos dramas gregos, romanos e ingleses, a história de Jó tem um final feliz. Não obstante, acrescenta o crítico literário, o Livro de Jó é o mais belo poema de todos os tempos. 
  
O que os críticos literários seculares classificam como defeito, nós chamamos de perfeição. Pois, de uma forma magistral, o autor sagrado pôde conduzir o drama de Jó sem a presença do adversário. E se o Livro de Jó é concluído com final feliz, é porque se manteve com absoluta fidelidade aos fatos. Se os gregos, romanos e ingleses não se afeitam aos finais felizes, os que servimos a Deus sabemos que, apesar das intempéries, sempre haverá um final surpreendente venturoso àqueles que confiam nas promessas de Deus. Conforte-se na história de Jó! Se as suas angústias são grandes, maiores ser-lhe-ão as consolações. De toda essa provação, sairá alguém bem melhor. Em sua história, também haverá um final feliz” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.196-97). 

CONCLUSÃO 
Chegamos ao final de mais um trimestre. Aprendemos que nem sempre os ímpios são punidos e nem sempre os justos são recompensados. Mas Deus julga os perversos e abençoa os justos, pois todos fazem parte de um universo governado por leis e princípios morais. Todavia, isso não é tudo. Deus é soberano e pode atuar fora das linhas que habitualmente acreditamos que Ele opere. Assim, podemos aprender que Deus não nos prova porque deseja nos punir, mas porque nos ama. Ele deseja demonstrar ao seu adversário, o Diabo, que os homens podem servi-lo sinceramente, sem uma relação de troca. Jó provou que o Diabo estava errado e que Deus esteve sempre certo. 
  
PARA REFLETIR 
A respeito de “Quando Deus Restaura o Justo”, responda: 

• O que os capítulos 38, 39 e 40, do Livro de Jó, demonstram? 
Os capítulos 38, 39 e 40 demonstram como Deus expôs a Jó sua onipotência na Criação e sua sapiência em preservá-la. 
  
• Qual era o conhecimento de Jó acerca de Deus? 
Segundo o teólogo Roy Zuck, Jó possuía um conhecimento de Deus apenas por tradição, de segunda ou terceira mão; mas agora ele o conhecia por meio de uma experiência pessoal. 

• De quê Jó arrependeu-se? 
Jó humilhou-se pelas suas falas precipitadas que revelaram orgulho e falta de bom senso. 
  
• O que o episódio dos amigos de Jó pedindo-lhe intercessão a Deus mostra? 
Esse episódio mostra que uma teologia errada, evidentemente, conduz para uma crença igualmente errada. 

• O que Jó suportou sozinho?
Ele suportou sozinho o que pensavam ser um julgamento de Deus. 

Por: José Gonçalves
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José Gonçalves

José Gonçalves

José Gonçalves. É pastor em Água Branca, Piauí, graduado em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina e em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. Ensinou grego, hebraico e teologia sistemática na Faculdade Evangélica do Piauí. É comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical da CPAD e autor de diversos livros.