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No dia 06/08 a pastora Lusmarina Campos, representando o Instituto de Estudos da Religião (ISER) do Rio de Janeiro, defendeu a descriminalização do aborto no Brasil na Audiência pública do STF. Impregnada de teologia liberal, ela distorceu totalmente o ensino bíblico a fim de validar sua posição favorável ao aborto. Alisto abaixo 11 argumentos em refutação ao seu discurso.
1. Ela disse que “os principais argumentos levantados contra a descriminalização do aborto são religiosos”. De fato, para um cristão verdadeiro, o principal argumento contrário ao aborto é que a vida é sagrada, porque não pertence a nós, mas a Deus. Porém, é falacioso dizer que os melhores argumentos são religiosos, como se fosse uma discussão restrita a este campo. É conhecido e divulgado que juristas, biólogos, médicos e cientistas em geral se opõem ao aborto por questões humanitárias, de defesa da vida e dos direitos do nascituro.
2. Ela defendeu que a ideologia de gênero é sua chave de leitura com a qual ela interpreta a Bíblia. Eu diria que isso explica todo o seu discurso. Quando alguém usa óculos com lentes sujas, tudo o que se vê fica imundo. Quando se assume uma chave hermenêutica social para interpretar a Bíblia, constrói-se uma leitura enviesada da Palavra de Deus, uma caricatura monstruosa. A Igreja Reformada sempre teve a própria Bíblia como chave hermenêutica. É o princípio da “analogia da fé. Quem nos ensina este princípio é o próprio Senhor Jesus. Quando tentado por Satanás com textos bíblicos, sua arma de interpretação correta foi a própria Palavra de Deus.
3. A abortista defendeu que em Êxodo 21.22 o feto não é considerado um ser vivo, pois, na morte acidental descrita no versículo é requerida apenas uma indenização e não a vida do assassino. Este texto é bastante utilizado por abortistas e o argumento é facilmente refutado quando se vai ao texto hebraico. Ali, a melhor tradução para o hebraico yatsa não é aborto, mas saída. É o mesmo verbo utilizado em Gênesis 25 para descrever o nascimento de Esaú e Jacó: “Saiu o primeiro, ruivo, todo revestido de pêlo; por isso, lhe chamaram Esaú. Depois, nasceu [saiu] o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó.” (Gn 25.25,26). É por isso que as versões NKJV e a NIV traduzem o texto não como “aborte” mas “der à luz prematuramente”, ficando assim: “Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes.” (NIV)
4. Ela defendeu que, em Números 5, há o relato de prática autorizada de aborto, por parte de um sacerdote israelita. Eu te convido a ir até Números 5.11 a 31 e ler com seus próprios olhos. Não há nada relacionado com aborto. O texto mostra o ritual que deveria ser feito para o caso de mulheres adúlteras contra as quais não se tivesse recolhido provas (v. 13). O rito consistia em se misturar o pó do tabernáculo em água santificada (v. 17) e, mediante as palavras de julgamento do sacerdote, fazer a mulher beber a água. Se a mulher bebesse a água amarga e fosse adúltera seu ventre se incharia e sua coxa descairia (v. 27). Tudo indica que ficaria estéril também porque, no versículo 28 é registrado “Se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então, será livre e conceberá.” Note, todavia, que em nenhuma parte do castigo é dito que haveria um aborto.
5. Disse a abortista: “O aborto não é considerado crime ou pecado na Bíblia.” Ora, aborto é o ato de cessar uma vida, logo, é assassinato. Isso é claríssimo no ensino bíblico. A defesa da abortista caminhou no rumo de fazer do aborto um ato sem importância para Deus. Isso contradiz, por exemplo, Oséias 9.14, quando a maldição de Deus sobre Efraim incluía o aborto dos filhos: “Ó Senhor, que darás a eles? Dá-lhes ventres que abortem e seios ressecados.” (NVI). Em contraposição, a bênção de Deus para o povo que adentrava Canaã previa ausência de abortos: “Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.” (Êx 23.26)
6. Disse a abortista: “Não há determinação bíblica acerca de quando a vida começa. O único texto que faz referência a um embrião é o Salmo 139.16.” De propósito, ela desconsiderou vários textos que apontam para vida intra uterina. Veja alguns:
7. A defensora do aborto disse que “o não matarás não tinha caráter nem aplicação universal. Podia se matar estrangeiros, mulheres adúlteras e inimigos de Israel.” Logo, a conclusão inevitável é que matar não é pecado. Desconsiderou a teóloga que Deus é o dono da vida. “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir.” (1Sm 2.6). Ele tem todo o direito de dizer quem vai viver e quem vai morrer. Quando ele dava ordens para que o exército de Israel acabasse com uma cidade, era a sua ira santa que estava em ação. Não morriam inocentes. Geralmente, Deus exterminava povos iníquos por esse expediente. Porém, isso de forma alguma invalidava o “não matarás”. Aliás, muito antes da promulgação do mandamento, registrado em Êxodo 20, Deus já havia estabelecido que “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” (Gn 9.6). Muito tempo depois, Jesus mostrou que o “não matarás” não apenas estava em pleno vigor como resgatou o espírito da lei tornando o mandamento ainda mais amplo: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” (Mt 5.21,22).
8. Lusmarina Campos disse que as mulheres “tinham sido parte integral do movimento de Jesus e de sua liderança, no entanto, ao se tornar religião do império romano, o Cristianismo fechou-se para as mulheres.” Mais uma afirmação desprovida de base bíblica e histórica. O Novo Testamento relata que muitas mulheres seguiam Jesus para o servirem (Mt 27.55), porém, não mostra estas mulheres participando da liderança da igreja, como afirma Lusmarina. Basta recordar que, mesmo com mulheres o acompanhando, Jesus escolheu 12 homens para serem apóstolos, colunas de sua igreja. Teria sido Jesus um machista ou ele estava apenas seguindo uma norma criacional (1Co 11.8,9) de o homem ser o cabeça?
9. Disse a abortista: “O único com poder de julgar é Deus e Deus é graça e amor incondicional. A ordenação sacerdotal não nos dá o poder de julgar.” Se os discípulos de Cristo não podem julgar, por que o apóstolo Paulo escreveu o que segue? “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (1Co 6.2,3) O próprio Senhor Jesus nos orientou a julgar e, na falta de arrependimento, excluir membros da igreja em Mateus 18.17: “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” Aliás, na sequência do texto, quando Jesus fala que “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” é uma referência aos julgamentos vétero-testamentários, onde era necessária a presença de duas ou três testemunhas para a condenação de alguém (Dt 17.6, 19.15).
10. Para tranquilizar a consciência das mulheres que já praticaram um aborto, a teóloga afirmou que Jesus defendeu a mulher adúltera e não a condenou. Ignorou, porém, a teóloga, a continuação do versículo “vai e não peques mais” (Jo 8.11). Jesus não aprovou o pecado da mulher adúltera. Tanto não aprovou que a exortou. O que Jesus não fez foi permitir o seu apedrejamento, visto que o processo não estava sendo justo. Onde estava o homem que havia sido pego com ela? Por que não foi trazido? A intenção dos escribas e fariseus não era a de fazer justiça, mas a de provocar Jesus a um erro de julgamento “para terem de que o acusar” (Jo 8.6). Percebendo a armadilha, Jesus os desmascarou. A defensora do aborto, ao usar este texto, ignora totalmente o contexto e tenta fazer de Jesus um homem injusto, que tolera pecados.
11. Lusmarina Campos terminou seu discurso afirmando que “é o patriarcado eclesiástico que quer fazer as mulheres acreditarem que elas se tornam assassinas quando decidem abortar.” Não é a Bíblia e nem Deus. Deveria a teóloga retornar aos princípios básicos da teologia para aprender que a vida humana é sagrada. Não pertence a nós, pertence ao Criador. Deus fez homem e mulher de modo singular, diferente do restante da criação. Primeiro, soprando em suas narinas o fôlego da vida (Gn 2.7). Nenhum animal teve este privilégio. Segundo, colocando toda a criação debaixo do domínio do homem (Gn 2.26). Terceiro, criando homem e mulher à sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26,27). Os animais foram criados “segundo a sua espécie”, todos de uma só vez. Já o ser humano foi uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da criação do homem a Trindade se reuniu e deliberou: “Façamos o homem à nossa imagem.” Atentar contra a vida do meu semelhante é, em primeira instância, atentar contra Deus, pois o meu próximo carrega consigo a imagem e a semelhança do Criador. Por consequência, no aborto a vítima é uma criança portadora da imagem e semelhança de Deus. É um crime contra Deus.
Concluo lamentando que a Palavra de Deus tenha sido distorcida para defender um grave pecado perante o Senhor. Assim:
AFIRMAMOS que aborto é assassinato aos olhos de Deus. A vida é sagrada e começa na concepção.
REJEITAMOS o discurso falacioso e enganador de Lusmarina Campos. A ela cabe a repreensão de nosso Senhor Jesus: “Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.” (Mt 15.14)
EXORTAMOS as mulheres que já provocaram aborto ao arrependimento. Deus não rejeita quem vai a ele com coração quebrantado e arrependido (Sl 51.17).
1. Ela disse que “os principais argumentos levantados contra a descriminalização do aborto são religiosos”. De fato, para um cristão verdadeiro, o principal argumento contrário ao aborto é que a vida é sagrada, porque não pertence a nós, mas a Deus. Porém, é falacioso dizer que os melhores argumentos são religiosos, como se fosse uma discussão restrita a este campo. É conhecido e divulgado que juristas, biólogos, médicos e cientistas em geral se opõem ao aborto por questões humanitárias, de defesa da vida e dos direitos do nascituro.
2. Ela defendeu que a ideologia de gênero é sua chave de leitura com a qual ela interpreta a Bíblia. Eu diria que isso explica todo o seu discurso. Quando alguém usa óculos com lentes sujas, tudo o que se vê fica imundo. Quando se assume uma chave hermenêutica social para interpretar a Bíblia, constrói-se uma leitura enviesada da Palavra de Deus, uma caricatura monstruosa. A Igreja Reformada sempre teve a própria Bíblia como chave hermenêutica. É o princípio da “analogia da fé. Quem nos ensina este princípio é o próprio Senhor Jesus. Quando tentado por Satanás com textos bíblicos, sua arma de interpretação correta foi a própria Palavra de Deus.
3. A abortista defendeu que em Êxodo 21.22 o feto não é considerado um ser vivo, pois, na morte acidental descrita no versículo é requerida apenas uma indenização e não a vida do assassino. Este texto é bastante utilizado por abortistas e o argumento é facilmente refutado quando se vai ao texto hebraico. Ali, a melhor tradução para o hebraico yatsa não é aborto, mas saída. É o mesmo verbo utilizado em Gênesis 25 para descrever o nascimento de Esaú e Jacó: “Saiu o primeiro, ruivo, todo revestido de pêlo; por isso, lhe chamaram Esaú. Depois, nasceu [saiu] o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó.” (Gn 25.25,26). É por isso que as versões NKJV e a NIV traduzem o texto não como “aborte” mas “der à luz prematuramente”, ficando assim: “Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes.” (NIV)
4. Ela defendeu que, em Números 5, há o relato de prática autorizada de aborto, por parte de um sacerdote israelita. Eu te convido a ir até Números 5.11 a 31 e ler com seus próprios olhos. Não há nada relacionado com aborto. O texto mostra o ritual que deveria ser feito para o caso de mulheres adúlteras contra as quais não se tivesse recolhido provas (v. 13). O rito consistia em se misturar o pó do tabernáculo em água santificada (v. 17) e, mediante as palavras de julgamento do sacerdote, fazer a mulher beber a água. Se a mulher bebesse a água amarga e fosse adúltera seu ventre se incharia e sua coxa descairia (v. 27). Tudo indica que ficaria estéril também porque, no versículo 28 é registrado “Se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então, será livre e conceberá.” Note, todavia, que em nenhuma parte do castigo é dito que haveria um aborto.
5. Disse a abortista: “O aborto não é considerado crime ou pecado na Bíblia.” Ora, aborto é o ato de cessar uma vida, logo, é assassinato. Isso é claríssimo no ensino bíblico. A defesa da abortista caminhou no rumo de fazer do aborto um ato sem importância para Deus. Isso contradiz, por exemplo, Oséias 9.14, quando a maldição de Deus sobre Efraim incluía o aborto dos filhos: “Ó Senhor, que darás a eles? Dá-lhes ventres que abortem e seios ressecados.” (NVI). Em contraposição, a bênção de Deus para o povo que adentrava Canaã previa ausência de abortos: “Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.” (Êx 23.26)
6. Disse a abortista: “Não há determinação bíblica acerca de quando a vida começa. O único texto que faz referência a um embrião é o Salmo 139.16.” De propósito, ela desconsiderou vários textos que apontam para vida intra uterina. Veja alguns:
“Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao Senhor.” Gênesis 25.22
“Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão...” Gênesis 25.23
“... porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus” Juízes 13.5
“... porque o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte” Juízes 13.7
“Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe...” Juízes 16.17
“As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres, agora, reduzir-me a pó? Porventura, não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.” Jó 10.8-12
“Aquele que me formou no ventre materno não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?” Jó 31.15
“A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus” Salmo 22.10
“Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe” Salmo 139.13-16.
“... porque eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno.” Isaías 48.8
“Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome.” Isaías 49.1
“Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo...” Isaías 49.5
“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.” Jeremias 1.5
“Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.” Lucas 1.15
“Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.” Lucas 1.41-44
7. A defensora do aborto disse que “o não matarás não tinha caráter nem aplicação universal. Podia se matar estrangeiros, mulheres adúlteras e inimigos de Israel.” Logo, a conclusão inevitável é que matar não é pecado. Desconsiderou a teóloga que Deus é o dono da vida. “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir.” (1Sm 2.6). Ele tem todo o direito de dizer quem vai viver e quem vai morrer. Quando ele dava ordens para que o exército de Israel acabasse com uma cidade, era a sua ira santa que estava em ação. Não morriam inocentes. Geralmente, Deus exterminava povos iníquos por esse expediente. Porém, isso de forma alguma invalidava o “não matarás”. Aliás, muito antes da promulgação do mandamento, registrado em Êxodo 20, Deus já havia estabelecido que “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” (Gn 9.6). Muito tempo depois, Jesus mostrou que o “não matarás” não apenas estava em pleno vigor como resgatou o espírito da lei tornando o mandamento ainda mais amplo: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” (Mt 5.21,22).
8. Lusmarina Campos disse que as mulheres “tinham sido parte integral do movimento de Jesus e de sua liderança, no entanto, ao se tornar religião do império romano, o Cristianismo fechou-se para as mulheres.” Mais uma afirmação desprovida de base bíblica e histórica. O Novo Testamento relata que muitas mulheres seguiam Jesus para o servirem (Mt 27.55), porém, não mostra estas mulheres participando da liderança da igreja, como afirma Lusmarina. Basta recordar que, mesmo com mulheres o acompanhando, Jesus escolheu 12 homens para serem apóstolos, colunas de sua igreja. Teria sido Jesus um machista ou ele estava apenas seguindo uma norma criacional (1Co 11.8,9) de o homem ser o cabeça?
9. Disse a abortista: “O único com poder de julgar é Deus e Deus é graça e amor incondicional. A ordenação sacerdotal não nos dá o poder de julgar.” Se os discípulos de Cristo não podem julgar, por que o apóstolo Paulo escreveu o que segue? “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (1Co 6.2,3) O próprio Senhor Jesus nos orientou a julgar e, na falta de arrependimento, excluir membros da igreja em Mateus 18.17: “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” Aliás, na sequência do texto, quando Jesus fala que “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” é uma referência aos julgamentos vétero-testamentários, onde era necessária a presença de duas ou três testemunhas para a condenação de alguém (Dt 17.6, 19.15).
10. Para tranquilizar a consciência das mulheres que já praticaram um aborto, a teóloga afirmou que Jesus defendeu a mulher adúltera e não a condenou. Ignorou, porém, a teóloga, a continuação do versículo “vai e não peques mais” (Jo 8.11). Jesus não aprovou o pecado da mulher adúltera. Tanto não aprovou que a exortou. O que Jesus não fez foi permitir o seu apedrejamento, visto que o processo não estava sendo justo. Onde estava o homem que havia sido pego com ela? Por que não foi trazido? A intenção dos escribas e fariseus não era a de fazer justiça, mas a de provocar Jesus a um erro de julgamento “para terem de que o acusar” (Jo 8.6). Percebendo a armadilha, Jesus os desmascarou. A defensora do aborto, ao usar este texto, ignora totalmente o contexto e tenta fazer de Jesus um homem injusto, que tolera pecados.
11. Lusmarina Campos terminou seu discurso afirmando que “é o patriarcado eclesiástico que quer fazer as mulheres acreditarem que elas se tornam assassinas quando decidem abortar.” Não é a Bíblia e nem Deus. Deveria a teóloga retornar aos princípios básicos da teologia para aprender que a vida humana é sagrada. Não pertence a nós, pertence ao Criador. Deus fez homem e mulher de modo singular, diferente do restante da criação. Primeiro, soprando em suas narinas o fôlego da vida (Gn 2.7). Nenhum animal teve este privilégio. Segundo, colocando toda a criação debaixo do domínio do homem (Gn 2.26). Terceiro, criando homem e mulher à sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26,27). Os animais foram criados “segundo a sua espécie”, todos de uma só vez. Já o ser humano foi uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da criação do homem a Trindade se reuniu e deliberou: “Façamos o homem à nossa imagem.” Atentar contra a vida do meu semelhante é, em primeira instância, atentar contra Deus, pois o meu próximo carrega consigo a imagem e a semelhança do Criador. Por consequência, no aborto a vítima é uma criança portadora da imagem e semelhança de Deus. É um crime contra Deus.
Concluo lamentando que a Palavra de Deus tenha sido distorcida para defender um grave pecado perante o Senhor. Assim:
AFIRMAMOS que aborto é assassinato aos olhos de Deus. A vida é sagrada e começa na concepção.
REJEITAMOS o discurso falacioso e enganador de Lusmarina Campos. A ela cabe a repreensão de nosso Senhor Jesus: “Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.” (Mt 15.14)
EXORTAMOS as mulheres que já provocaram aborto ao arrependimento. Deus não rejeita quem vai a ele com coração quebrantado e arrependido (Sl 51.17).
Divulgação: Página no Facebook
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