Madrugada de domingo. O primeiro dia da semana da paixão de Cristo não era igual aos demais dias. Algumas mulheres levantaram cedo, não para prepararem o café, mas para irem até o sepulcro, onde o Salvador tinha sido sepultado. A finalidade dessa ida ao túmulo era embalsamar o corpo do Senhor Jesus Cristo. No caminho, elas diziam umas às outras: “Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?” (Mc 16. 3). A pedra era muito grande diz as Escrituras. Entretanto, para o espanto delas a pedra já havia sido removida.
Notem que a princípio a preocupação era: “Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?” Agora, no entanto é sobre o sumiço do corpo, pois ele não estava mais lá. Ao perceber que a pedra estava removida, imediatamente Maria Madalena “correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhe: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20. 2). Mas, a pergunta de agora em diante não é feita pelas mulheres, porém pelos anjos. “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” (Lc 24. 5). E em seguida, eles responderam: “Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia. Então, se embraram das suas palavras” (Lc 24. 6-8).
Esse dia não era igual aos outros, ele tinha um quê de diferente, pois, o acontecimento ocorrido nesse dia mudou todo o sentido da existência da vida humana. Cristo Ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia como vaticinou a Escritura. Ele venceu a morte e aniquilou a morte com a sua morte. De fato era uma manhã diferente. A manhã de domingo de Páscoa foi agitada. Coisas estranhas aconteceram. Mulheres madrugaram-se e apressadamente se dirigiram ao sepulcro. Houve um grande terremoto. Um anjo do Senhor desceu do céu. As sentinelas que foram incumbidas de guardarem o túmulo estavam estiradas ao chão como se estivessem mortas (Mt 28. 4).
A grande pedra foi removida e o anjo assentou-se sobre ela (Mt 28. 2). Ao verem o anjo, as mulheres ficaram surpreendidas e atemorizadas (Mc 16. 5). O anjo em seguida, lhes disse: “Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto” (Mc 16. 6). A seguir, elas “[...] fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo [...]” (Mc 16. 8). Elas estavam perplexas (Lc 24. 4). Havia mulher a beira do túmulo vazio chorando sem parar. Também havia mulheres que, abraçaram e adoraram o Cristo vivo. Mulheres correndo, tomadas de medo e grande alegria. Elas correm para contar aos discípulos. Ele ressuscitou! Está vivo! O túmulo está vazio! “Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas cousas aos apóstolos”. No entanto, “Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas. Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido” (Lc 24. 10, 11, 12).
Muitas pessoas estavam boquiabertas com o acontecimento da ressurreição. Mas, ainda havia pessoas decepcionadas. Havia gente caminhando com Jesus estrada fora, mas com os olhos impedidos de reconhecê-lo (Lc 24. 15, 16). Gente com a visão ofuscada. Gente dominada pela tristeza gerada pela frustração (Lc 24. 17). Gente com a esperança sufocada (Lc 24. 21). Gente que dizia: “só acredito se eu vir o sinal dos cravos em suas mãos, colocar o meu dedo e minha mão no seu lado onde foi perfurado pela lança; caso contrário, não acreditarei de modo algum” (Jo 20. 25). Ah! Amados, Cristo ressuscitou! Sua ressurreição é o fundamento da nossa esperança. À mulher chorosa, Ele disse: “não chores!” Aos discípulos que estavam trancados com medo dos judeus, Ele os saúda dizendo: “Paz seja convosco!” (Jo 20. 19) Aos que estavam com medo, ele os consola dizendo: “Não temais!” Ele ressuscitou dentre os mortos. Aleluia!
A igreja confia no Cristo Vivo. Os cristãos não crêem num Cristo preso na cruz. Nós não cremos num Cristo trancado no túmulo. Não cremos no Cristo da procissão, que precisa ser carregado pelos homens. Cremos sim, no Cristo que foi crucificado, que morreu e foi sepultado. Cremos no Cristo que ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia. Cremos, sobretudo, no Cristo vivo, o qual foi assunto aos céus. Cremos no Cristo exaltado a destra de Deus Pai, o todo poderoso. Cremos no Cristo que vai voltar para levar a igreja. Cremos no Cristo que apareceu ao apóstolo João na ilha chamada Patmos dizendo: “Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho a chave da morte do inferno” (Ap 1. 9, 17, 18). Leia a Bíblia e conheça o Cristo que morreu e ressuscitou dentre os mortos. Deus o abençoe! Amém!
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente a opinião deste site.
Confira nossa Política de Comentários para se adequar aos padrões de ética e compliance da nossa comunidade.