Lição 12 - Vivendo em Constante Vigilância (1 Tri. 2019)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


TEXTO ÁUREO
Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. (1 Co 16.13)

VERDADE PRÁTICA
A vigilância na fé cristã significa permanecer acordado quanto à vinda de Cristo, atento no zelo de não se afastar de Jesus e perseverar na cautela contra os falsos profetas.

LEITURA DIÁRIA
SEG. Lc 12.37: Bem-aventurados os crentes vigilantes na vinda do Jesus
TER.  At 20.31: A vigilância diz respeito também contra os falsos profetas
QUA. Cl 4.2: A vigilância deve estar acompanhada de oração
QUI. 1 Ts 5.6,10: A vigilância escatológica é ensinada pelo apóstolo Paulo
SEX. 1 Pe 5.8: A vigilância contra a sedição de Satanás deve ser constante
SÁB. Ap 3.2,3: A exortação à vigilância aparece no último livro da Bíblia
  
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 26.36-41
36- Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37- E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38- Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39- E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40- E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?
41- Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
HINOS SUGERIDOS: 98, 129, 312 da Harpa Cristã




OBJETIVO GERAL
Ressaltar a importância da vigilância para a vida cristã, pois a Segunda Vinda do Senhor está próxima.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  1. I- Explicar o conceito de vigilância no contexto bíblico;
  2. II- Apresentar detalhes da oração de Jesus no Getsêmani;
  3. III- Destacar a vigilância como um aspecto fundamental no exercício da fé cristã.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A lição desta semana destaca a importância da vigilância no que diz respeito ao exercido da fé cristã. Estamos vivendo os dias que antecedem o retorno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e, por esse motivo, os crentes devem estar em constante vigilância para que não sejam persuadidos a viverem o evangelho deforma negligente. Poucos dias antes da sua crucificação, durante a preleção do sermão profético, Jesus alertou seus discípulos acerca do avanço da imoralidade e que a corrupção seriam alguns dos sinais que precederiam a sua Vinda. Essa palavra está se cumprindo em nossos dias e a igreja deve estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus. O Mestre advertiu também a respeito da vigilância seguida da oração para que seus discípulos não entrassem em tentação. O crente enfrenta cotidianamente uma batalha entre o espírito e a carne. É imprescindível atentar para o fortalecimento da vida espiritual e comunhão com o Senhor para que as fraquezas da natureza humana não sobreponham a vontade de servir ao Senhor com alegria e santidade.

PONTO CENTRAL
A exortação à vigilância é a ideia central do sermão profético, pois não sabemos o dia nem a hora da Vinda de nosso Senhor.

INTRODUÇÃO
A exortação à vigilância na presente lição abrange dois aspectos da vida cristã. 

I - O SIGNIFICADO DE VIGILÂNCIA
A vigilância é o ato ou efeito de vigiar, o estado de quem permanece alerta, de quem procede com precaução para não correr risco. 
  1.  Vigiar, estar alerta. 
  2. Vigiar, guardar, cuidar. 
  3. Vigiar, ser sóbrio. 


SÍNTESE DO TÓPICO I
A vigilância é o ato de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.
  
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Prezado (a) professor (a), a aula desta semana trata a respeito da importância da vigilância no viver diário do cristão. É relevante explicar aos seus alunos que devemos estar alerta quanto à Segunda Vinda do Senhor Jesus, pois não sabemos o dia e nem a hora que Ele há de retornar para buscar a Sua igreja. Para auxiliá-lo (a) na compreensão deste aspecto, leia para a classe o significado do conceito abaixo:

"Escatologia - O termo escatotogia (gr. eschatos, 'últimos'; logos, 'raciocínio'), significando 'a teologia das últimas coisas', tem sido usado desde o século XIX para designar a divisão da teologia sistemática que lida com tudo o que era profeticamente futuro na época em que foi escrito, isto é, profecias que já se cumpriram, como também profecias que ainda não se cumpriram, importantes assuntos de profecia incluem predições com relação a Jesus Cristo, tanto em sua primeira vinda como na segunda, Israel, os gentios, Satanás, cristianismo, os santos de todas as eras, a futura Grande Tribulação, o estado intermediário, a ressurreição dos mortos, o reino milenial, o juízo final e o estado eterno. Estes temas podem ser classificados como a revelação divina do programa quádruplo de Deus para:
(1) Israel,
(2) os gentios,
(3) a igreja e
(4) Satanás e seus anjos caídos
(Dicionário Bíblico Wyeliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 662).

II - JESUS NO GETSÊMANI
Depois que Jesus instituiu a Ceia do Senhor, Ele seguiu com os seus discípulos para o jardim de Getsêmani. 
  1. Getsêmani. 
  2. A angústia de Jesus. 
  3. O cálice. 


SÍNTESE DO TÓPICO II
A angústia de Jesus no Getsêmani expressava que a aproximação de sua hora de ser submerso na maldição, tornando-se pecado por nós, pecadores.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"[...] é importante observar o uso de uma condicional de primeiro tipo na expressão 'se é possível' (Mt 26.39). Isto normalmente sugere que se supõe que a condição é cumprida — isto é, que era possível evitar o 'cálice' que Jesus tinha em mente. Esta interpretação recebe o apoio de Hebreus 5.7, que observa que quando Jesus 'oferecendo com grandes lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia', A morte biológica não causava terror a Jesus. Ela não causa terror em nós. Como Jesus carregou nossos pecados e sentiu a ira de Deus em nosso lugar, nós também fomos libertados. Nem a morte biológica nem a espiritual têm qualquer influência sobre aqueles que, por meio de Cristo, receberam a vida eterna" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 83,84).

III - EXORTAÇÃO À VIGILÂNCIA
Depois de uma breve explicação sobre Jesus no Getsêmani, retornamos ao tema da lição. 

  1. No contexto escatológico. 
  2. Na vida cristã. 
  3. "Vigiai e orai" (v.41a). 
  4. O espírito e a carne (v.41b). 

SÍNTESE DO TÓPICO III
Os acontecimentos dos últimos dias nos mostram o cumprimento das profecias bíblicas, razão pela qual, devemos estar vigilantes, pois a Vinda do Senhor está próxima.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Iniquidade e esfriamento do amor.
Em Mateus 24.12, Jesus mencionou mais dois alarmantes sinais, um decorrente do outro: 'E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará'. E o que assusta, neste duplo sinal, é mais uma vez a palavra 'muitos', cujo significado é 'quase todos'. Não foi por acaso que Jesus ensinou: 'Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela' (Mt 7.13). A cada dia, a aceitação da verdade da Palavra de Deus torna-se mais difícil. Doutrinas que outrora, ao serem ensinadas, geravam temor, têm levado muitos crentes a fazerem questionamentos. Vemos que os mensageiros mais conservadores — mas conservadores do ponto de vista bíblico (2 Tm 1.13,14) — são vistos por muitos como extremistas, descontextualizados ou politicamente incorretos. Isso, com certeza, é reflexo do dúplice sinal em questão. 0 amor ao mundo faz-nos perder o amor a Deus (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). E muitos líderes, à semelhança de Demas (2 Tm 4.10), perderão a visão espiritual, nesses últimos dias.

Os cultos, que deveriam ter como objetivos o louvor a Deus e a exposição da Palavra (1 Co 14.27), se transforma-no — como já vem ocorrendo — em programas de auditório, shows, com muito entretenimento e pouco ou nenhum quebrantamento de espirito nu presença do Senhor. Esse sinal indica que, nos últimos dias, o mundo se o tornará tão religioso, e a igreja — quer dizer, uma boa parte dela — tão mundana, que não saberá onde começa um e termina o outro. Sabendo que tudo isso aconteceria, Jesus alertou: 'Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar... (Lc 21.36, ARA). E, como escapar? O caminho é dar ouvidos à Palavra de Deus e se arrepender, a fim de que o nosso amor não se esfrie (Ap 2.4,5) (ZIBORDI, Ciro 5, Etal. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2008, pp. 493-94).

CONCLUSÃO
O enfoque no relato do Cetsêmani é a vigilância e por essa razão não entramos em outros pontos do texto. Finalizamos dizendo que, na tentação do deserto, o Senhor Jesus recusou o domínio do mundo sem o Pai, mas aqui Ele aceita sofrer e morrer por nós com Deus. A experiência de Jesus e dos seus discípulos no jardim nos ensina que cada cristão tem o seu Getsêmani e cada um de nós deve-se submeter à vontade do Pai.

PARA REFLETIR
A respeito de "Vivendo em Constante Vigilância" responda:

 Qual o sentido do verbo "vigiar"?
Significa estar alerta, ser vigilante. No contexto bíblico tem o sentido de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.

 O que Jesus estava dizendo com as palavras: "ficai aqui e vigiai comigo"?
Significa que Jesus queria que seus discípulos ficassem acordados e continuas­sem a orar ou, talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto orava.

Por que a vigilância é um dos pontos centrais do sermão profético?
Porque não se sabe o dia nem a hora da vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32).

 Qual o significado da vigilância em "vigiai e orai, para que não entreis em tentação"?
Significa estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus e nunca se apartar dEle.

 O que nos ensina a experiência de Jesus e seus discípulos no jar­dim de Getsêmani?
Ensina que cada cristão tem o seu Getsêmani e cada um de nós deve se submeter à vontade do Pai.

Lições do 1º trimestre de 2019 – Esequias Soares


Por: Esequias Soares
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Esequias Soares

Esequias Soares

Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).