Lição 1 - Batalha Espiritual - A Realidade não Pode Ser Subestimada ( 1 Tri. 2019)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


Lições Bíblicas do 1° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 6 de Janeiro de 2019 


Texto Áureo
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26.41)
Verdade Prática
Batalha Espiritual é uma realidade bíblica que consiste na luta contínua da Igreja contra o reino das trevas.

LEITURA DIÁRIA
Seg. Lc 10.17-19: Jesus deu poder à sua Igreja para subjugar os demônios
Ter. At 13.9-11: A pregação do Evangelho é a declaração de guerra contra o reino das trevas
Qua. At 16.16-18: Devemos nos precaver contra as manifestações malignas
Qui. 2 Co 10.4: As armas da nossa milícia são espirituais e poderosas em Deus
Sex. Ef 6.13: Podemos, com ajuda do Senhor, resistir ao mal e continuar firme
Sáb. Tg 4.7: Duas coisas importantes: submissão a Deus e resistência ao Diabo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Pedro 5.5-9
5- Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
6- Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,
7- lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
8- Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
9- ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.

HINOS SUGERIDOS: 28, 270, 305 da Harpa Cristã


OBJETIVO GERAL
Expor a realidade bíblica da Batalha Espiritual, identificando as crenças errôneas de uma pseudobatalha espiritual.




OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  1. Apresentar o conceito de Batalha Espiritual, ressaltando sua realidade bíblica e distorções;
  2. Pontuar as principais "crenças" da pseudobatalha espiritual;
  3. Desconstruir por meio da análise bíblica as "crenças" da pseudobatalha espiritual.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vamos iniciar mais um trimestre. Estudaremos a respeito da "Batalha Espiritual". Por meio das Escrituras, veremos que o assunto não pode ser ignorado, pois há uma Batalha Espiritual real, mas também devemos ser cuidadosos quanto à superstição religiosa muito viva em nosso país. Precisamos de uma visão bíblica e equilibrada!

Ao introduzir a lição, apresente o comentarista deste trimestre. Trata-se do pastor Esequias Soares, líder da igreja evangélica Assembleia de Deus em Jundiaí. Presidente da Comissão de Apologética da CGADB. É graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo. Mestre em Ciências da Religião. É também autor de diversos livros, dentre eles: Manual de Apologética Cristã, Heresias e Modismos e A Razão da Nossa Fé, todos publicados pela CPAD.

INTRODUÇÃO

A Batalha Espiritual é o tema do trimestre que estamos iniciando. Basta uma olhada na leitura diária para confirmar a menção do assunto nas Escrituras. Mas existe uma onda extravagante que surgiu na década de 1960 e que tenta se passar por batalha espiritual.

A presente lição apresenta o equilíbrio doutrinário que servirá como ajuda para ninguém subestimar o assunto.

PONTO CENTRAL
A Batalha Espiritual consiste na luta contínua da Igreja contra o reino das trevas.

RESUMO DA LIÇÃO

I - A BATALHA ESPIRITUAL

A autêntica batalha espiritual tem fundamentos bíblicos, mas nem tudo o que se diz ser batalha espiritual tem sustentação nas Escrituras.

  • 1. Conceito de Batalha Espiritual.
  • 2. Uma realidade bíblica.
  • 3. O que não é Batalha Espiritual.


SÍNTESE DO TÓPICO I
Há fundamento bíblico para a verdadeira Batalha Espiritual, mas é preciso ter cautela com as superstições religiosas.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Após introduzir a lição e "apresentar" o pastor Esequias Soares, mostre aos alunos os objetivos da presente lição. Diga a eles que, como introdução ao estudo deste trimestre, o objetivo da presente aula é conceituar a expressão "Batalha Espiritual", pontuar as falsas crenças da "pseudobatalha espiritual'' e desconstruí-las por meio das Escrituras Sagradas. A lição desta semana está estruturada nesse tripé.

II - PRINCIPAIS CRENÇAS DA PSEUDOBATALHA ESPIRITUAL

As inovações mais chocantes que se pregam por aí são o mapeamento espiritual, a maldição hereditária e a ideia de que um salvo pode ser possuído pelos demônios.

  • 1. Mapeamento espiritual.
  • 2. A maldição hereditária.
  • 3. "Crentes endemoninhados".


SÍNTESE DO TÓPICO II
As principais “crenças" da pseudo-batalha espiritual são o Mapeamento Espiritual, a Maldição Hereditária e Possessão Demoníaca de Cristãos.

SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
"[Sobre o Mapeamento Espiritual]"É verdade, 'o príncipe do reino da Pérsia' impediu, por três semanas, que o anjo (presumivelmente, Gabriel) viesse até Daniel (Dn 10.12,13). No entanto, Daniel estava aspirando à visão profética, e jamais pensou em 'amarrar' o 'espírito territorial' da Pérsia. Nem o anjo o instruiu para empreender tal 'batalha'. Na verdade, em lugar algum da Bíblia sugere-se a ideia de que certos demônios tenham autoridade específica sobre certas cidades ou territórios e que devam ser 'amarrados'. [...] Paulo nunca tentou 'amarrar espíritos territoriais' para ensinar o evangelho ao mundo de sua época, portanto, por que deveríamos fazê-lo?” (HUNT, Dave. Em Defesa da Fé Cristã: Respostas a perguntas difíceis. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.223-24)

III - VAMOS À BÍBLIA
Ninguém tem o direito de fazer o que quiser com a Bíblia. Vejamos, portanto, o que Bíblia ensina nas passagens reivindicadas pelos líderes defensores dessa inovação:

  • 1. Sobre o mapeamento espiritual.

CONHEÇA MAIS
Sobre o Ocultismo
“Ocultismo é a crença nas forças ocultas e práticas adivinhatórias da magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, reencarnação, ufologia, ioga, meditação transcendental, hipnose e outras ciências ocultas. Todas essas coisas são a marca registrada da Nova Era. A palavra vem do latim occultus, que significa ‘secreto, misterioso’. Foi Eliphas Lévi, na França, em 1856, que usou pela primeira vez a palavra ‘ocultismo’ e seus derivados com o sentido de esoterismo.” Leia mais em Manual de Apolo-gética Cristã, CPAD, pp.364-65.

  • 2. Sobre a maldição hereditária.
  • 3.Sobre a possibilidade de o cristão ser possesso.
  • 4. O homem segundo a Bíblia.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Não há base bíblica para sustentar o Mapeamento Espiritual, a Maldição Hereditária e a Possessão Demoníaca do Cristão.

SUBSÍDIO BÍBLICO
"Entre estes dois momentos na narrativa está a estranha conversa entre Jesus e o endemoninhado, nos versículos 6 a 12. [...] No versículo 10 ('E rogava-lha muito que os não enviasse para fora daquela província'), então, de novo no versículo 12 (' E todos aqueles demônios lhe rogaram dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles'). A imagem está densamente acondicionada, com referências repetidas à submissão e humilhação.

Entrosado com a imagem de mesura está o fato de quem o demônio tenta ameaçar e dominar Jesus, deixando escapar o nome e o título do Senhor (v.7) e afirmando ser chamado por 'Legião', [...] porque somos muitos' (v.9). Talvez mais distintivo seja o uso que o demônio faz da linguagem de libertação ao se dirigir a Jesus: 'Conjuro-te por Deus que não me atormente' (v.7). Esta expressão é frase técnica usada por exorcistas no desempenho do exorcismo (e.g., At 19.13). Que estranho que tal linguagem fosse usada por um demônio'. E que esquisito que Jesus concedesse o pedido do demônio, no versículo 13. Estas imagens são fundidas num tipo de quebra-cabeça narrativo: Há algo mais do que os olhos percebem, mas o quê?

Esse 'algo mais' é a batalha pela alma humana. Na luta entre o povo da cidade, o homem e o demônio, está claro quem até agora tem vencido. O poder selvagem do endemoninhado é compendiado nas correntes quebradas e neste animal humano que se esquiva da sociedade, dilacera a própria carne e à noite uiva de agonia num cemitério.

O ponto é que Jesus não vê um animal humano, mas um ser humano, que foi saqueado por este espírito maligno e violento" (STRONSTAD, Roger; ARRTNGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.214-15).

CONCLUSÃO
Há necessidade de equilíbrio para que os exageros dessas aberrações doutrinárias não levem o crente ao ceticismo, porque a batalha espiritual existe e ninguém deve subestimá-la. Os fatos estão registrados na Bíblia, e nenhum cristão ousa negar essa realidade. Por outro lado, os crentes devem ter maturidade suficiente para não entrar no fanatismo, mas discernir entre o que é verdadeiramente espiritual e o que é manipulação esotérica.

PARA REFLETIR
A respeito de "Batalha Espiritual-A Realidade não Pode Ser Subestimada", responda:
Os cristãos se opõem às forças malignas; como denominamos essa oposição dos crentes?
A essa oposição dos crentes denominamos "Batalha Espiritual".
Em que se baseia a doutrina do mapeamento espiritual?
A doutrina consiste na crença de que Satanás designou seus correligionários para cada país, região ou cidade.
Por que as palavras do segundo mandamento do Decálogo não se aplicam à doutrina da maldição hereditária?
Essas palavras não podem se aplicar à doutrina da maldição hereditária porque, quando alguém se converte a Cristo, deixa de aborrecera Deus.
Qual a promessa do crente em Jesus que ele tem em Deus?
O crente em Jesus tem a promessa de Deus de que "o maligno não lhe toca" (1 Jo 5.18).
O que se conclui do fato de o espírito não ter carne nem ossos?
Se o espírito não tem carne nem ossos, logo se conclui que não é verdade que o homem seja um espírito.




Por: Esequias Soares
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Esequias Soares

Esequias Soares

Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).