Começando pela Holanda no ano de
1610. James Arminius, um professor holandês, acabara de morrer, e seus
ensinamentos haviam sido formulados em cinco pontos principais de doutrina por
seus seguidores – conhecidos como arminianos.
Até esse momento as igrejas da
Holanda, assim como as outras igrejas protestantes mais importantes da Europa,
subscreviam a confissão de fé belga e de Heidelberg, ambas firmemente baseadas
nos ensinamentos da Reforma. Mas os arminianos queriam mudar essa posição, e
por isso apresentaram seus cinco pontos em forma de objeção – ou protesto – ao
parlamento holandês. Os cinco pontos do arminianismo criam, de modo geral, os
seguintes:
1. Livre arbítrio, ou capacidade
humana.
Ensinavam aqui que o homem,
embora debilitado pela queda, não era totalmente incapaz de escolher o bem
espiritual e podia exercer fé em Deus de forma a receber o evangelho e assim
tomar posse da salvação para si mesmo.
2. Eleição condicional.
Ensinavam que Deus impunha suas
mãos sobre aqueles indivíduos que Ele sabia – ou antevia – que responderiam ao
evangelho. Deus elegeu aqueles que previa quererem ser salvos por seu próprio
arbítrio e em seu estado natural caído – que, de acordo com o primeiro ponto do
arminianismo, já não era completamente caído.
3. Redenção universal, ou
expiação geral.
Ensinavam aqui que Cristo morreu
para salvar a todos os homens; mas só potencialmente. A morte de Cristo
permitiu a Deus perdoar os pecadores, porém sob a condição de que cressem.
4. A obra do Espírito Santo na
regeneração limitada pela vontade humana.
Ensinavam que quando o Espírito
Santo iniciava a obra de trazer uma pessoa a Cristo, ela podia resisti-lO
eficazmente e frustrá-lO em Seus propósitos. Não poderia dar vida se o pecador
não estivesse disposto a receber essa vida.
5. Cair da graça.
Ensinavam que o homem salvo poderia
finalmente perder a salvação. Este é sem dúvida, o resultado lógico e natural
do sistema. Se o homem tem que tomar a iniciativa em sua salvação, então tem
que assumir a responsabilidade pelo resultado final.
Os cinco pontos do arminianismo
foram apresentados ao Estado, e um Sínodo Nacional da igreja foi convocado para
se reunir em Dort em 1618, a fim de examinar o ensinamento de Arminius à luz
das Escrituras. O Sínodo de Dort reuniu-se durante 154 sessões em um período de
sete meses, mas ao seu termino não encontrou campo para reconciliar o ponto de
vista arminiano com aquele exposto na Palavra de Deus. Reafirmando a posição
tão inequivacamente sustentada pela Reforma, e formulada pelo teólogo francês
João Calvino, o Sínodo de Dort formulou seus “Cinco Pontos do Calvinismo” para
fazer frente ao sistema arminianos. Às vezes esses pontos são colocados em
forma de um acróstico baseado na palavra TULIP como segue:
T Total depravação (isto é,
incapacidade total);
U Eleição incondicional
(Unconditional election);
L Limitada Expiação (isto é,
redenção particular);
I Irresistível graça;
P Perseverança dos santos.
Como pode ser percebido de
imediato, estes são completamente opostos aos cinco pontos do arminianismo. O
homem é totalmente incapaz de salvar a si mesmo devido a queda no jardim ter
sido total. Se não pode salvar-se, então Deus tem que salvá-lo. Se Deus tem que
salvar, então tem que ser livre para salvar a quem Ele quer. Se Deus determinou
salvar a quem Ele quer, então foi para estes que Cristo fez a Expiação na cruz.
Se Cristo morreu por eles, então o Espírito Santo efetivamente chama-los-á para
aquela salvação. Se a salvação é de Deus desde o início, então o fim também será
de Deus, e os santos perseverarão em júbilo eterno.
W. J. Seaton - Os Cinco Pontos do Calvinismo
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1 Comentários
muito bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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