Tem sido extremamente intrigante
a forma como se tem atacado os chamados “críticos”. Toda vez que encontramos
algo em desacordo com a bíblia e protestamos, somos criticados por julgar ou
somos julgados por criticar. É uma questão de lógica: Quem julga quem critica,
logo, é um juiz. E quem critica o que julga, logo, é um crítico.
Somos sempre barrados com as
mesmas respostas:
“ – Cuidado! Não fale do ungido
de Deus!” (Como se nós não fôssemos ungidos, ou seja, eles julgam que não somos
ungidos).
“ – Não fale dessa forma, pois
isso é falar contra o Espírito Santo, o que é blasfêmia, e este pecado não tem
perdão.” (Esta bate o record! Eles creem que todo mover “retetense” é do
Espírito, e julgam que blasfemamos).
“ – Você não tem mais o que
fazer? Vai cuidar da sua vida e pare de falar dos outros!” (Dá vontade de rir!
Ora, quem tem muito o que fazer, não tem tempo pra ler o texto do blog, nem
para falar da vida “desocupada” do autor).
“ – Eu creio que Deus age como
quer e quando quer. Por isso não julgo!” ( Uai! Subentende-se que somos uns
néscios sem discernimento, porque “julgamos” não ser de Deus algo que procede
dele. Além disso, eles julgam que Deus age como quer, mesmo que para isso ele
tenha que conflitar com a sua própria Palavra).
Estas são algumas de várias
respostas que recebemos, e todas com o mesmo denominador comum: Somos aqueles
que temos o tal “ministério da crítica” e deveríamos cuidar de nossas vidas,
deixar de julgar os “movimentos espirituais” e os “ungidos” de Deus. Mas será
que a coisa é mesmo assim?
Em 1 Coríntos 6.2-3, Paulo nos
respalda afirmando que se iremos julgar os anjos, quanto mais as coisas deste
mundo!
“Não sabeis vós que os santos hão
de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura,
indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os
anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?”
Ele também nos ensina que quando
somos julgados é porque somos repreendidos pelo Senhor para não sermos
condenados com mundo:
“Mas, quando somos julgados,
somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co
12:33)
Mas creio que tais versículos não
foram lidos ainda por muitos. Aliás, a Primeira Epístola aos Coríntios, aquela
que fala da ordem nos cultos, do ensinamento sobre os dons e sobre a permissão
de julgar, está desaparecendo das bíblias modernas.
A bíblia também ensina que além
do dom de discernir os Espíritos (1Co 12:10), temos um discernimento próprio
vindo da Palavra Viva e Eficaz de Deus, que nos faz saber tanto as intenções do
coração, como o bem e o mal. (Hb 4:12; 5:14)
Com base em tudo o que é bíblico,
e já com meu “ministério de crítica” a flor da pele, deixo aqui minhas críticas
aos que me julgam e meus julgamentos aos que me criticam: Eles que se dizem tão
santos, mas que nem ao menos são capazes de discernir os espíritos, a lógica dos
dons e heresias pregadas, estão cegados pelo ilusionismo, ensurdecidos pelos
gritos, mantras e euforias de um culto irracional. E assim, cegos, surdos e
iludidos, sequer podem compreender o absurdo das suas premissas, caindo em
óbvia contradição, julgando os críticos e criticando os juízes.
Por: Jonara Gonçalves
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