Sempre que terroristas muçulmanos realizam atentados, a grande mídia sai em defesa do islamismo e, ao mesmo tempo, verbera — tácita ou explicitamente — contra o cristianismo. Isso ocorreu logo após o ataque às torres gêmeas, em Nova York (EUA), em setembro de 2001, e tem ocorrido na atualidade. No começo deste ano, depois dos ataques ao jornal Charlie Hebdo e a um mercado judeu, em Paris (França), a grande mídia tratou logo de dizer que o islã é uma religião de paz e amor e que é preciso combater a islamofobia.
Depois das atrocidades perpetradas por terroristas muçulmanos no dia 13 de novembro de 2015, também na capital francesa, não tem sido diferente. E o pior: há muitos formadores de opinião que, além de afirmar que os muçulmanos violentos são uma pequeníssima minoria, têm argumentado que os grupos terroristas — como os monstruosos Estado Islâmico (ISIS) e Boko Haram — seriam para o mundo islâmico o que a Ku Klux Klan é para a sociedade cristã!
Ora, os terroristas muçulmanos citam versículos do Alcorão e as tradições de Mohamed para justificar os seus atos, enquanto a Ku Klux Klan, quando comete um ato de violência racial, está, na verdade, afrontando os ensinamentos de Jesus Cristo! Na Bíblia Sagrada, no Antigo Testamento, há casos episódicos em que Deus ordenou que israelitas destruíssem certas cidades, mas em nenhuma parte das Escrituras vemos ordens gerais para o povo de Deus lutar contra os pagãos e impor a eles a sua fé. No Novo Testamento, aliás, não há nenhum incentivo à violência contra os não-cristãos, pois o Senhor Jesus ordena que os seus servos amem seus inimigos (Mt 5.38-48).
Diferentemente da Bíblia, o Alcorão claramente incentiva os muçulmanos a lutarem e a matarem os que se opõem ao islã: “matai-os onde quer que os encontrardes [...] e lutai contra eles até que não haja mais tumulto e opressão; que prevaleça a justiça e a fé em Allah” (Sura 2.190-3). “E se tu fores assassinado ou morrer, no caminho de Allah, o perdão e a misericórdia de Allah serão muito melhores do que todas as recompensas que poderias ajuntar. E se morreres, ou fores assassinado, ó, é para junto de Allah que serás levado” (Sura 3.157-8).
Veja de onde vem o incentivo para os terroristas islâmicos mutilarem e decapitarem pessoas: “Feri-os do pescoço para cima, e arrancai as pontas dos seus dedos. Isto por terem resistido a Allah e seu Mensageiro. Se houver qualquer relutância contra Allah e seu Mensageiro, Allah será severo em sua punição” (Sura 8.12-3). E ainda: “quando encontrardes os incrédulos, feri os seus pescoços; e então, quando os tiverdes subjugado por completo, amarrai-os com firmeza” (Sura 47.4).
Segundo o Alcorão, livro sagrado do islamismo, os judeus e os cristãos — chamados de os Povos do Livro — devem ser mortos: “Lutai contra aqueles que não acreditam em Allah nem no Último Dia [...] e que não conhecem a Religião da Verdade, dentre os quais os Povos do Livro” (Sura 9.29). E quem deixa o islamismo também é digno de morte: “mas àqueles que se tornarem renegados, persigam-nos e matem-nos onde quer que os encontrardes” (Sura 4.89).
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas que se oponham ao islã, no campo das ideias, e critiquem Mohamed (Maomé) são dignos de morte, de acordo com o Alcorão. Em Sura 4.101 e 5.33 lemos: “Os incrédulos são para vós inimigos declarados”; “A punição para aqueles que lutam contra Allah e seu Mensageiro, e que lutam com poder e força para causar danos à terra é: a execução, ou a crucificação, ou a mutilação das mãos e dos pés de lados opostos, ou o exílio da terra: que a sua desgraça neste mundo e a punição severa se aplique a eles daqui por diante”.
Não é tudo isso que têm feito a Al-Qaeda, o Estado Islâmico, o Boko Haram e outros grupos islâmicos? Muitas outras passagens incentivam a violência e o terrorismo em nome de Allah: “lutai e matai os pagãos onde quer que os encontrardes, apanhai-os, cercai-os, e esperai por eles fazendo uso de todos os estratagemas” (Sura 9.5); “Não penseis naqueles que são mortos no caminho de Allah como se estivessem de fato mortos. Não, eles vivem, encontrando seu amparo na presença de seu Senhor” (Sura 3.169); “Aqueles que [...] lutaram ou foram mortos — verdadeiramente, Eu eliminarei deles as suas iniquidades e os admitirei em Jardins dotados de rios que jorram — terão a presença de Allah como recompensa” (Sura 3.195).
Como se vê, o Alcorão está recheado de ordens gerais contra os que rejeitam as imposições do islamismo, as quais incentivam e abonam a violência. Seria honesto, nesse caso, afirmar que o islamismo é uma religião de paz e amor? Seria coerente dizer que o islã é vítima de preconceito em um mundo em que a religião mais perseguida e massacrada é o cristianismo, cujos principais algozes são os muçulmanos? Afinal, por que se fala tanto de islamofobia, se o que mais existe, na atualidade, é a cristofobia?
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Pastor na IEAD da Ilha da Conceição, em Niterói-RJ. Pregador do Evangelho e palestrante. Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e da Casa de Letras Emílio Conde. Colunista do CPAD News. Articulista do Mensageiro da Paz (CPAD). Autor das séries Pregadores da Bíblia (7 livros) e Erros que os Pregadores Devem Evitar (3 livros), bem como das obras: Procuram-se Pregadores como Paulo; Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria; Erros que os Adoradores Devem Evitar etc. (todos best-sellers da CPAD). Coautor de Teologia Sistemática Pentecostal (também pela CPAD). Formação: Teologia (Faculdade Evangélica de São Paulo-SP); Português-Francês (Universidade Federal Fluminense-RJ); Relações Internacionais (Universidade La Salle-RJ).
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