Os imponentes monólitos do
Stonehenge, que suportaram a ação do tempo e a depredação promovida por
visitantes, resistem também às discussões arqueológicas e até místicas sobre
sua origem. Os especialistas nunca chegaram a um consenso sobre a finalidade do
enigmático monumento.
Stonehenge é um monumental
assentamento circular pré-histórico que consiste de enormes blocos de pedra
dispostos em circulo no centro de uma área também circular e terraplanada por
um fosso. Situa-se a 13km de Salisbury, no condado de Wiltshire, Inglaterra. O
início de sua construção se deu por volta do ano 3100 a. C.Alguns planos nunca
chegaram a ser completados por seus construtores originais; outros foram
remodelados em épocas subsequentes. A concepção geral, entretanto, permanece:
no interior de uma espécie de paliçada de pedra, levantaram-se cinco “mesas” ou
dolmens de arenito, bem no centro do espaço cercado pelo fosso. Essas
estruturas são únicas em toda Europa. Os blocos de pedra polida têm nove metros
de altura, com peso médio de cinquenta toneladas. A descoberta dos três
períodos de construção (Stonehenge I, II, III) foi resultado de escavações
realizadas a partir de 1919 e principalmente depois de 1950. No Stonehenge I,
os construtores neolíticos se serviram de chifres de alces para abrir um fosso
circular a 2m de profundidade, Ergueram duas pedras e de 1,4 a 2m de
profundidade. Ergueram duas pedras na direção nordeste do círculo (uma das
quais permanece de pé) e cavaram 56 buracos rasos também em disposição
circular.
O Stonehenge II data de 2100 a. C. Nessa fase,
o complexo foi inteiramente remodelado. Cerca de oitenta pilares de pedras-lipes,
com quatro toneladas cada um, foram erguidos em dois círculos concêntricos
nunca concluídos. As pedras são originárias das montanhas de Preseli, no País
de Gales, situadas a 385km do sítio arqueológico, e foram transportadas por via
marítima, fluvial e terrestre. Também é desse período a “avenida” que conduz ao
fosso circular. O duplo arco de pedras-lipes foi demolido no período seguinte.
A fase denominada Stonehenge III
transcorreu entre 2000 a. C., quando se ergueram os maiores monólitos do
conjunto, que ainda podem ser vistos. Procedem da localidade de Marlborough
Downs, trinta quilômetros ao norte do local. O transporte e a disposição dos
monólitos foram proezas bastante consideráveis para a época. Trinta blocos de
arenito de cinquenta toneladas foram dispostos em forma de circulo rematado por
pedras menores. Dentro desse circulo ergueu-se uma construção em forma de
ferradura com cinco trílitos, cada um dos quais consistia de um par de grandes
pedras verticalmente colocadas, encimadas por um dintel de pedra.
A hipótese de que o complexo
tenha sido erguido como templo druida ou romano está descartada, já que esses
povos só muito depois da construção chegaram àquela área. No início da século
XX, o astônomo britânico Norman Lockyer demonstrou que o eixo do grande circulo
se alinhava com o nascer do sol solstício de verão. Isso levou os estudiosos a
acreditar que o Stonehenge teria servido ao culto ao Sol. Em 1963, o astrônomo
americano Gerald Hawkins sugeriu que os monólitos formariam um complicado
computador para prever eclipses lunares e solares.
Entretanto, astrônomos,
arqueólogos e outros especialistas nunca chegaram a um consenso. A maioria
concorda em que Stonehenge servia a algum tipo de culto religioso. Muitos,
contudo, acreditam que ele pode ter sido apenas um sofisticada observatório
astronômico.
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Maique de Souza Borges, é teólogo, estudante e amante da música sacra. Membro da Igreja Assembleia de Deus em Brasília, casado e pai de um filho. Tem interesse especial pela História da Igreja. É o criador do site Cooperadores do Evangelho. Profissionalmente atua no ramo farmacêutico e brinca de músico e programador nas horas vagas.
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