Deus não existe, dizem os ateus. Mas o que
é um ateu? Em outros tempos alguém era fatalmente acusado de ser ateu bastando
não compartilhar das opiniões dominantes, das crenças oficiais da época ainda
que elas fossem nocivas, pecaminosas, grosseiras e ímpias. Mas com a
proliferação da liberdade de pensamento, do ceticismo científico e da acentuada
crítica à religião, o referido termo passou a ter nova conotação. Nos primeiros
séculos do Cristianismo, os romanos consideravam como ateus os seguidores de
Jesus Cristo. Hoje, porém, a conceituação é diferente.
Denomina-se ateu quem nega a existência
de um Criador pessoal, Sustentador e Governador do universo; que propaga os
seguintes postulados: Deus não existe, a criação surgiu do nada, o homem é mero
produto do acaso, tudo é acidental, tudo se acaba com a morte. Para o ateu,
todos os argumentos em favor da existência de Deus, principalmente o
bíblico-teológico, são inadequados.
E o que é o ateísmo? Como conceituá-lo?
O ateísmo é “atitude (filosófoca) ou doutrina que dispensa a idéia ou a
intuição da divindade quer do ângulo teórico (não recorrendo à divindade para
se justificar ou se fundamentar), quer do ângulo prático (negando que a
existência tenha qualquer influência na conduta humana)”.
Mas deixar de crer em Deus não é o
único problema atual.
O conhecimento deformado sobre o “Deus
desconhecido”, que se revelou à criatura humana, não é menos nocivo em nossos
dias.
Deus tem sido visto e definido de
diversas maneiras em diferentes segmentos (pseudo) religiosos. Geralmente cada
grupo tem uma concepção particular de Deus:
- Panteísmo – Teoria filosófica, segundo a qual Deus é tudo e tudo é Deus. Não reconhece Deus como um Ser pessoal, dotado de inteligência e vontade. Funde o natural e o sobrenatural, o finito é a Fonte primitiva das forças existentes: bem e mal, masculino e feminino, etc.
- Politeísmo – Baseia-se na idéia de que o universo é governado por muitas forças; assim sendo, há um “deus” para cada coisa. Os politeístas, em suma, adotaram vários deuses.
- Materialismo – Afirma que todas as manifestações da vida e da mente são simplesmente propriedades da matéria. Diz que o homem é apenas mais um animal, uma máquina, sem responsabilidade pelos seus atos, e que não existe o bem nem o mal. A matéria é um fim em si mesma, causa e efeito de tudo.
- Agnosticismo – Nega a capacidade humana de conhecer a Deus. Alega que a mente finita não pode alcançar o infinito, não pode provar se Deus existe ou não, que a mente humana é incapaz de conhecer o que está em oculto.
Ainda há a idéia de que Deus é mero “capital
simbólico”, “imaginário religioso”, “representação de um processo cósmico”, uma
“vontade”, um “poder universal”, um “ideal” elevado e abrangente, uma “projeção
da mente humana” cujos estágios iniciais inclinam-se a formar imagens de suas
experiências e a revesti-las de uma semi-personalidade abstrata, uma “ilusão”
útil que no processo evolutivo deixará de ser necessário. Outros, como Dawkins,
vão mais além: “Deus é um delinqüente psicótico”, inventado por pessoas loucas,
iludidas, crédulas, delirantes, que perderam o contato com a realidade. Mas o
que a Bíblia diz sobre a pessoa e as obras de Deus? E a Teologia: É possível
conhecê-lo e ter com Ele comunhão? E a iniciativa é de quem – dele ou nossa?
Leia a postagem #-2: Conhecendo DEUS Através da Revelação Geral e Especial (2 de 2)
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