Sl 66:1,2: Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras. Cantai a glória do seu nome; dai glória ao seu louvor.

A palavra música origina-se de musas, que na mitologia grega, eram nove irmãs deusas da música. Tradicionalmente, a música é definida como uma trilogia: música é ciência, arte e cultura. É ciência, porque obedece a leis, princípios e técnicas experimentais e variáveis. É arte, porque suas regras são práticas e exequíveis ao manifestar os diversos afetos da alma mediante o arranjo de sons. É cultura, porque expressa padrões de comportamento de um povo quanto às suas crenças, histórias, afetos e tradições. A música é universal. Todas as raças, culturas e religiões, desde suas origens, executam a música de uma forma ou de outra. Ela está presente nas atividades políticas, cívicas, governamentais, em inaugurações, formaturas e aniversários. Está presente nos eventos militares, estudantis, trabalhistas e desportivos, bem como nos funerais, despedidas, regressos, diversões, exposições, enfim, festas e comemorações de qualquer natureza.

ORIGEM E INSPIRAÇÃO

A verdadeira música é de inspiração divina, e sua principal finalidade é o louvor a Deus. Na coordenação do Universo se constata a presença e origem divina da música (Sl 148; 150:6). A Bíblia Sagrada cita o louvor dos anjos em diversas ocasiões.

Os anjos louvam ao Senhor antes da criação (Jó 38:7). Buzinas eram tocadas na manifestação de Deus no Monte Sinai (Êx 19:19). Os anjos louvam a Deus na revelação dada a Isaías (Is 6:3). Um coral de anjos louvam a Deus no nascimento de Jesus (Lc 2:13). Louvavam a Deus no céu, cantando e tocando (Ap 5:8, 9; 14:2, 3).

Homens como Davi, Hemã e Asafe e Jedutum receberam inspiração de Deus para escreverem lindas poesias e músicas, bem como para criarem instrumentos musicais (1 Cr 23:5). O primeiro louvor a Deus mencionado na Bíblia é o de Moisés (Êx 15:1-19). Seu louvor foi de uma profundidade ímpar que está registrado no céu para ser cantado oportunamente, como nos diz o livro de Apocalipse.
No primeiro livro das Sagradas Escrituras já encontramos uma referência a música na Terra. Ela fala de Jubal, o sétimo depois de Adão, e que aparece como sendo o inventor da música (Gn 4:21). Jubal era da linhagem de Caim, geração que não temia ao Senhor. Segundo alguns comentaristas bíblicos, a música relacionada a Jubal parece querer indicar que, desde o princípio, a verdadeira finalidade da música, que consiste em louvar a Deus, é desvirtuada.

Por outro lado, o ser humano, no ardor de seu sentimento ao contemplar a natureza, pode compor poemas, melodias e cânticos puros e lindos ao mesmo tempo. Algumas dessas músicas entraram na hinologia evangélica, tais como: um hino cuja música é a do Hino Nacional da Inglaterra e outro que é pertencente ao Hino Nacional da Escócia. Há hinos que estão consagrados como sacros no hinário e que são originários de melodias patrióticas e românticas. Portanto, são de procedência humana e foram adaptados à liturgia do culto.

INSPIRAÇÃO SATÂNICA

A Palavra de Deus nos relata que Lúcifer, o príncipe das trevas, estava muito familiarizado com a música: “Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo,  a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados” (Ez 28:13). Na versão revista e atualizada da SBB – Sociedade Bíblica do Brasil, a última parte desse versículo varia um pouco. Entretanto, há versos de outros idiomas que traduzem o final de forma semelhante, por exemplo: “… teus tambores e flautas estiveram preparados para ti no dia de tua criação” (Versión de Casiodoro de Reina, 1969, Espanha).

Satanás pode atrair muitos adeptos, utilizando-se de algo que ele conhece bastante. Ele pode, também, se constituir fonte de inspiração de grande parte das músicas que estão sendo tocadas no mundo atualmente. Lúcifer sabe como conquistar gerações inteiras por meio da música.



Bíblia Obreiro Aprovado
© 2010 por Casa Publicadora das Assembleias de Deus, pág. 689.
Por: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
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