por
John Knox e outros
John Knox e outros
E será pregado este evangelho do reino por todo o
mundo,
para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mateus 24.14)
para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mateus 24.14)
Prefácio
Os Estados da Escócia, com seus habitantes, professando o evangelho santo de
Jesus Cristo: para os seus compatriotas, e para todos os outros reinos e
nações, professando o mesmo Senhor Jesus com eles, deseja graça, misericórdia,
e paz de Deus o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, com um espírito de justo
julgamento, para saudação, etc.
Durante muito tempo, queridos irmãos, nós tivemos o
desejo de notificar ao mundo, a soma daquela doutrina a qual nós professamos, e
pela o qual nós temos recebido infâmia e perigo. Mas tal foi a fúria de Satanás
contra nós, e contra a verdade eterna de Jesus Cristo, recentemente nascida
entre nós, que até este dia nenhum tempo foi concedido a nós para clarear
nossas consciências, como alegremente nós teríamos feito. Como nós temos sido
lançados a um ano inteiro de passado, a maior parte de Europa (como nós
supomos) entende. Mas vendo que a infinita bondade de nosso Deus (que nunca faz
sofrer o aflito completamente para não ser confundido), acima de qualquer
expectativa, nós obtivemos algum descanso e liberdade, nós não pudemos, mas
passo adiante esta breve e simples confissão de tal doutrina como é proposta à
nós, e como nós acreditamos e professamos; em parte para satisfação de nossos
irmãos cujos corações, não temos dúvida, temos sido ainda feridos apesar da ira
que ainda temos de não aprender a falar bem; e em parte pelo parar as bocas de
insolentes blasfemadores que corajosamente amaldiçoam aquilo que eles nem mesmo
ouviram, e o que nem ainda entendem.
Não que julguemos que tal cancerosa malícia pode
ser curada por esta nossa simples confissão. Não, nós sabemos que o doce sabor
do evangelho é, e deve ser, morte para os filhos de perdição. Mas nós temos
respeito principalmente para com nossos irmãos fracos e enfermos, para quem nós
comunicaríamos o fundo de nossos corações, para que eles não sejam aborrecidos
ou levados por diversos rumores que Satanás espalha [contra] nós, para derrotar
este nosso empreendimento religioso; protestando que, se qualquer homem notar
nesta nossa confissão, que qualquer artigo ou sentença seja repugnante para com
a Palavra santa de Deus, isto nos agradará, por sua gentileza, e pela causa da
caridade cristã, nos prevenir destes mesmos escritos; e nós, por nossa honra e
fidelidade, prometemos a ele satisfação da boca de Deus (quer dizer, de suas
Escrituras Santas), ou qualquer reforma que ele prove em que temos nos
extraviado. Para Deus nós levamos as historias de nossas consciências, que de
nossos corações nós detestamos todas as seitas heréticas, e todos os
professores de doutrina errônea; e que, com toda humildade, nós abraçamos a
pureza do evangelho de Cristo que é o único alimento de nossas almas; e isto é
tão precioso para nós, que nós estamos determinados a sofrer a extremidade do
perigo mundano, ao invés de que nós sofreremos ao ser defraudados pelo mesmo.
Pela espera nós somos certamente persuadidos, que aquele que de alguma forma
negar a Cristo Jesus, ou ter vergonha dele, na presença dos homens, será negado
diante do Pai, e diante de seus santos anjos. E então, pela ajuda do poderoso
Espírito do nosso mesmo Senhor Jesus, nós firmemente propomos ficar juntos até
o fim, na confissão desta nossa fé, como se seguem nestes artigos.
1º CAPÍTULO
De Deus
Confessamos e reconhecemos um só Deus, a quem, só,
devemos apegar-nos, a quem, só, devemos servir, a quem, só, devemos adorar e em
quem, só, devemos depositar nossa confiança.1 Ele é eterno, infinito,
imensurável, incompreensível, onipotente, invisível;2 um em substância e,
contudo, distinto em três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.3 Cremos e
confessamos que por ele todas as coisas que há no céu e na terra, visíveis e
invisíveis, foram criadas, são mantidas em seu ser, e são governadas e guiadas
pela sua inescrutável providência para o fim que determinaram sua eterna
sabedoria, bondade e justiça, e para a manifestação de sua própria glória.4
1. Dt 6:4; 1Co 8:6; Dt
4:35; Is 44:5-6.
2. 1Tm 1:17; 1Rs 8:27; 2Cr
6:18; Sl 139:7-8; Gn 17:1; 1Tm 6:15-16; Êx 3:14-15.
3. Mt 28:19; 1Jo 5:7.
4. Gn 1:1; Hb 11:3; At
17:28; Pv 16:4.
2º CAPÍTULO
Da Criação do Homem
Confessamos e reconhecemos que nosso Deus criou o
homem, isto é, nosso primeiro pai, Adão, segundo sua própria imagem e
semelhança, e lhe deu sabedoria, domínio, justiça, livre arbítrio e consciência
de si mesmo, de modo que em toda a natureza do homem não se podia encontrar
nenhuma imperfeição.1 Dessa perfeição e dignidade caíram o homem e a mulher; a
mulher, enganada pela serpente e o homem dando ouvido à voz da mulher, ambos
conspirando contra a soberana majestade de Deus, que, com palavras claras, os
havia previamente ameaçado de morte, se ousassem comer da árvore proibida.2
1. Gn 1:26-28; Cl 3:10; Ef 4:24.
2. Gn 3:6; 2:17.
3º CAPÍTULO
Do Pecado Original
Por essa transgressão, geralmente conhecida como
pecado original, a imagem de Deus foi totalmente deformada no homem, e ele e
seus filhos se tornaram, por natureza, inimigos de Deus, escravos de Satanás e
servos do pecado,1 de modo que a morte eterna tem tido e terá poder e domínio
sobre todos os que não foram, não são e não forem regenerados do alto. Essa
regeneração se realiza pelo poder do Espírito Santo, que cria nos corações dos
escolhidos de Deus uma fé firme na promessa de Deus a nós revelada pela sua
Palavra; por essa fé aprendemos Jesus Cristo com os seus dons gratuitos e com
as bênçãos nele prometidas.2
1. Sl 51:5; Rm 5:10; 7:5; 2Tm 2:26; Ef 2:1-3.
2. Rm 5:14,21 6:23; Jo 3:5; Rm 5:1; Fp 1:29.
4º CAPÍTULO
Da Revelação da Promessa
Cremos firmemente que Deus, depois da tremenda e
horrenda defecção de sua obediência feita pelo homem, procurou Adão, chamou-o a
si,1 foi ter com ele, repreeendeu-o e convenceu-o do seu pecado e fez-lhe
afinal a promessa gratuita e a mais grata de que a semente da mulher esmagaria
a cabeça da serpente,2 isto é, destruiria as obras do Diabo. Essa promessa foi
repetida e tornada cada vez mais clara com o correr do tempo; foi abraçada com
firmeza e alegria por todos os fiéis, de Adão a Noé. Semelhantemente, de Noé a
Abraão, de Abraão a Davi e assim por diante até a encarnação de Jesus Cristo;
todos - isto é, os patriarcas crentes sob a lei - viram os dias
agradabilíssimos de Cristo e se regozijaram.3
1. Gn 3:9.
2. Gn 3:15.
3. Gn 12:3; 15:5-6; 2Sm
7:14; Is 7:14; 9:6; Os 2:6; Jo 8:56.
5º CAPÍTULO
Contituidade, Aumento e Preservação da Igrejas
Cremos, com a maior segurança, que Deus preservou,
instruiu, multiplicou, honrou, adornou e vocacionou, da morte para a vida, a
sua Igreja em todas as épocas, desde Adão até a vinda de Cristo Jesus em
carne.1 Ele chamou Abraão da terra de seu pai, instruiu-o e multiplicou a sua
semente;2 ele o preservou maravilhosamente e mais admiravelmente livrou sua
semente da servidão e da tirania de Faraó;3 deu-lhe as suas leis, constituições
e cerimônias,4 deu-lhes a terra de Canaã.5 Depois de lhes haver dado juizes, e
posteriormente Saul, deu-lhes Davi para ser rei, a quem prometeu que do fruto
dos seus lombos um devia assentar-se para sempre no seu trono real.6 A esse
mesmo povo ele enviou profetas, em contínua sucessão de tempo, a fim de, da
idolatria pela qual eles freqüentes vezes se desviaram, reconduzi-los ao
caminho reto do seu Deus.7 E, embora, por seu obstinado desprezo da justiça,
tenha sido ele, compelido a entregá-los nas mãos dos seus inimigos,8 como fora
previamente ameaçado pelos lábios de Moisés,9 de modo que a cidade santa foi
completamente destruída, o templo devorado pelo fogo,10 e toda a terra desolada
durante setenta anos,11 contudo, por sua graça e misericórdia ele os reconduziu
a Jerusalém, onde a cidade e o templo foram restaurados e onde eles resistiram
contra todas as tentações e assaltos de Satanás, até a vinda do Messias,
segundo a promessa.12
1. Ez 6:6-14.
2. Gn 12:1; 13:1.
3. Êx. 1, etc.
4. Jo 1:3; 23:4.
5. 1Sm 10:1; 16:13.
6. 2Sm 7:12.
7. 2Rs 17:13-19.
8. 2Rs 24:3-4.
9. Dt 28:36, 48.
10. 2Rs 25.
11. Dn 9:2.
12. Jr 30; Ed 1, etc.; Os 1:14; 2:7-9; Zc 3:8.
6º CAPÍTULO
Da Encarnação de Cristo
Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou ao
mundo o seu Filho1 - sua eterna sabedoria, a substância da sua própria glória -
o qual assumiu a natureza humana da substância de uma mulher, uma virgem, e
isso por obra do Espírito Santo.2 E assim nasceu a “semente justa de Davi”, o
“Anjo do grande conselho de Deus”, o próprio Messias prometido, a quem
reconhecemos e confessamos como o Emanuel, verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
por duas naturezas unidas e ligadas em uma só pessoa.3 Assim, por esta nossa Confissão
condenamos as condenáveis e pestilentas heresias de Ário, Márcion, Eutiques,
Nestório e outros, que, ou negaram a sua divindade eterna ou a verdade da sua
natureza humana, ou as confundiram ou dividiram.
1. Gl 4:4.
2. Lc 1:31; Mt 1:18; 2:1; Rm 1:3; Jo 1:45; Mt 1:23.
3. 1Tm 2:5.
7º CAPÍTULO
Por que Devia o Mediador ser Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem
Reconhecemos e confessamos que esta admirável união
entre a divindade e a humanidade, em Jesus Cristo, procedeu do decreto eterno e
imutável de Deus, do qual decorre e depende toda a nossa salvação.1
1. Ef 1:3-6.
8º CAPÍTULO
A Eleição
O mesmo eterno Deus e Pai, que somente pela graça
nos escolheu em seu Filho, Jesus Cristo, antes que fossem lançados os
fundamentos do mundo,1 designou-o para ser nosso chefe,2 nosso irmão,3 nosso
pastor e o grande bispo de nossas almas.4 Mas, visto que a inimizade entre a
justiça de Deus e os nossos pecados era tal que nenhuma carne por si mesma
poderia ter chegado a Deus,5 foi preciso que o Filho de Deus descesse até nós e
assumisse o corpo de nosso corpo, a carne de nossa carne e o osso de nossos
ossos, para que se tornasse o perfeito Mediador entre Deus e o homem,6 dando a
todos os que crêem em Deus o poder de se tornarem filhos de Deus,7 como ele
mesmo diz: “Subo para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus”.8
Por meio desta santíssima fraternidade, tudo o que perdemos em Adão nos é de
novo restituído,9 e por isso não tememos chamar a Deus nosso Pai,10 não tanto
por nos ter ele criado - o que temos em comum com os próprios réprobos – 11
como por nos ter dado o seu Filho unigênito para ser nosso irmão,12 e por nos
ter concedido graça para reconhecê-lo e abraçá-lo como nosso único Mediador,
como ficou dito acima.
Além disso, era preciso que o Messias e Redentor
fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem, porque ele seria capaz de suportar o
castigo devido a nossas transgressões e apresentar-se ante o juízo de seu Pai,
como em nosso lugar, para sofrer por nossa transgressão e desobediência,13 e, pela
morte, vencer o autor da morte. Mas, porque a Divindade, só, não podia sofrer a
morte,14 nem a humanidade podia vencê-la, ele uniu as duas numa só pessoa, a
fim de que a fraqueza de uma pudesse sofrer e sujeitar-se à morte que nós
merecíamos - e o poder infinito e invencível da outra, isto é, da Divindade,
pudesse triunfar e preparar-nos a vida, a liberdade e a vitória perpétua.15
Assim confessamos e cremos sem nenhuma dúvida.
1. Ef 1:11; Mt 25:34.
2. Ef 1:22-23.
3. Hb 2:7-8, 11-12; Sl
22:22.
4. Hb 13:20; 1Pd 2:24; 5:4.
5. Sl 130:3; 143:2.
6. 1Tm 2:5.
7. Jo 1:12.
8. Jo 20:17.
9. Rm 5:17-19.
10. Rm 8:15; Gl 4:5-6.
11. At 17:26.
12. Hb 2:11-12.
13. 1Pd 3:18; Is 53:8.
14. At 2:24.
15. Jo 1:2; At 20:20; 1Tm
3:16; Jo 3:16
9º CAPÍTULO
A Morte, a Paixão e o Sepultamento de Cristo
[Confessamos] que nosso Senhor Jesus Cristo se
ofereceu ao Pai em sacrifício voluntário por nós,1 que sofreu a contradição dos
pecadores, que foi ferido e açoitado pelas nossas transgressões,2 que, sendo o
Cordeiro de Deus puro e inocente3 foi condenado na presença de um juiz
terreno,4 a fim de que fôssemos absolvidos perante o tribunal de nosso Deus;5
que sofreu não só a cruel morte de cruz - que foi maldita pela sentença de
Deus6 - mas também sofreu por um pouco a ira de seu Pai,7 que os pecadores
mereciam. Mas declaramos que ele permanece como o Filho unicamente amado e
bendito do Pai, mesmo em meio à angústia e ao tormento que ele sofreu na alma e
no corpo, para dar plena satisfação pelos pecados do povo,8 e agora confessamos
e declaramos que não resta nenhum outro sacrifício pelo pecado.9 Se há alguns
que assim afirmam, não necessitamos em declarar que são blasfemos contra a
morte de Cristo e contra a satisfação eterna que por ela nos foi preparada.
1. Hb 10:1-12.
2. Is 53:5; Hb 12:3.
3. Jo 1:29.
4. Mt 27:11,26; Mc 15; Lc
23.
5. Gl 3:13.
6. Dt 21:23.
7. Mt 26:38-39.
8. 2Co 5:21.
9. Hb 9:12; 10:14.
10º CAPÍTULO
A Ressurreição
Visto que era impossível que as dores da morte
pudessem reter cativo o Autor da vida,1 cremos sem nenhuma dúvida que nosso
Senhor Jesus Cristo foi crucificado morto e sepultado, o qual desceu ao
inferno, ressuscitou para nossa justificação2 e para a destruição daquele que
era o autor do pecado, e nos trouxe de novo a vida, a nós que estávamos
sujeitos à morte e ao seu cativeiro.3 Sabemos que sua ressurreição foi
confirmada pelos testemunhos de seus inimigos4 e pela ressurreição dos mortos,
cujos sepulcros se abriram e eles ressuscitaram e apareceram a muitos dentro da
cidade de Jerusalém,5 e que foi também confirmada pelos testemunhos dos anjos,6
pelos sentidos e pelo julgamento dos apóstolos e de outros que privaram com ele
e com ele comeram e beberam depois da sua ressurreição.7
1. At 2:24.
2. At 3:26; Rm 6:5, 9;
4:25.
3. Hb 2:14-15.
4. Mt 28:4.
5. Mt 27:52-53.
6. Mt 28:5-6.
7. Jo 20:27; 21:7,12-13; Lc 24:41-43.
11º CAPÍTULO
A Ascensão
Não duvidamos, de modo nenhum, que exatamente o
mesmo corpo que nasceu da Virgem, foi crucificado, morto e sepultado, e que ele
ressurgiu e subiu aos céus, para cumprimento de todas as coisas,1 onde em nosso
nome e para a nossa consolação recebeu todo o poder no céu e na terra,2 onde
ele está sentado, à destra do Pai, tendo sido coroado no seu reino, como o
único advogado e mediador por nós;3 essa glória, honra e prerrogativa possuirá
ele, só, entre os irmãos, até que todos os seus inimigos sejam feitos escabelo
dos seus pés.4 Assim também cremos, sem dúvida alguma, que haverá um juízo
final, para cuja execução o mesmo Senhor Jesus há de vir visivelmente, como foi
visto subir.5 E cremos firmemente que virá então o tempo da recriação e
restauração de todas as coisas,6 de modo que aqueles que desde o principio
sofreram violência e afronta por causa da justiça, entrarão na posse da bendita
imortalidade a eles prometida desde o princípio.7
Mas, por outro lado, os obstinados, os
desobedientes, os cruéis, os perseguidores, os impuros, os idólatras e
incrédulos de toda sorte serão lançados no cárcere das trevas exteriores, onde
o seu verme não morrerá, nem seu fogo se apagará.8 A lembrança daquele dia e do
juízo que nele será executado não é apenas freio para coibir nossos apetites
carnais, mas também uma consolação tão grande e tão incomparável que nem a
ameaça dos príncipes deste mundo, nem o medo da morte temporal e do perigo
presente podem levar-nos a renunciar e abandonar aquela bendita sociedade que
nós, os membros, temos com o Cabeça e nosso único Mediador, Jesus Cristo:9 a
quem nós confessamos e reconhecemos ser o Messias prometido, o único Cabeça da
Igreja, nosso justo Legislador, nosso único Sumo-Sacerdote, Advogado e
Mediador,10 em cujas honras e funções, se homem ou anjo ousa intrometer-se, nós
os detestamos e repudiamos completamente como blasfemos de nosso soberano e
supremo Governador, Jesus Cristo.
1. Mc 16:9; Mt 28:6; Lc
24:51; At 1:9.
2. Mt 28:18.
3. 1Jo 2:1; 1Tm 2:5.
4. Sl 110:1; Mt 22:44; Mc
12:36; Lc 20:42-43.
5. At 1:8.
6. At 3:19.
7. Mt25:34. 2Tss 1:4-8.
8. Ap 21:27; Is 66:24; Mt
25:41; Mc 9:44, 46,48; Mt 22:13.
9. 2Pd 3:11; 2Co 5:9-11; Lc 21:27-28; Jo 14:1, etc.
10. Is 7:14; Ef 1:22; Cl
1:18; Hb 9:11,15; 10:21; 1Jo 2:1; 1Tm 2:5.
12º CAPÍTULO
A Fé no Espírito Santo
Esta fé e a sua certeza não procedem da carne e do
sangue, isto é, de uma faculdade natural que há em nós, mas são a inspiração do
Espírito Santo,1 que nós confessamos ser Deus, igual com o Pai e com seu
Filho,2 que nos santifica e nos conduz em toda verdade pela sua operação, sem o
qual permaneceríamos para sempre inimigos de Deus e ignorantes de seu Filho,
Jesus Cristo. Porque por natureza somos mortos, cegos e perversos, de maneira
que nem sequer sentimos quando somos aguilhoados, nem vemos a luz quando
brilha, nem podemos assentir à vontade de Deus quando ela se revela, se o
Espírito de nosso Senhor não vivificar o que está morto, não remover as trevas
de nossas mentes e não dobrar a rebelião dos nossos corações à obediência da
sua bendita vontade.3 Dessa forma, assim como confessamos que Deus o Pai nos
criou quando ainda não existíamos,4 assim como o seu Filho, nosso Senhor Jesus
Cristo, nos redimiu quando éramos seus inimigos,5 assim também confessamos que
o Espírito Santo nos santificou e regenerou, sem qualquer respeito a qualquer
mérito nosso - seja anterior seja posterior à nossa regeneração.6 Para deixar
isto ainda mais claro: como de boa vontade renunciamos a qualquer honra e
glória pela nossa própria criação e redenção,7 assim também o fazemos pela
nossa regeneração e santificação, pois por nós mesmos nada de bom somos capazes
de pensar, mas só aquele que em nós começou a obra nos faz continuar nela,8
para o louvor e glória de sua graça imerecida.9
1. Mt 16:17; Jo 14:26;
15:26; 16:13.
2. At 5:3-4.
3. Cl 2:13; Ef 2:1; Jo
9:39; Ap 3:17; Mt 17:17; Mc 9:19; Lc 9:41; Jo 6:63; Mq 7:8; 1Rs 8:57-58.
4. Sl 100:3.
5. Rm 5:10.
6. Jo 3:5; Tt 3:5; Rm 5:8.
7. Fp 3:7.
8. Fp 1:6; 2 Co 3:5.
9. Ef 1:6.
13º CAPÍTULO
A Causa das Boas Obras
Assim, confessamos que a causa das boas obras não é
nosso livre arbítrio, mas o Espírito de Jesus, nosso Senhor, que habita em
nossos corações pela verdadeira fé, produz as obras, quais Deus as preparou para
que andássemos nelas. Por isso, com toda a ousadia afirmamos que é blasfêmia
dizer que Cristo habita nos corações daqueles em quem não há nenhum espírito de
santificação.1 Portanto, não hesitamos em afirmar que os assassinos, os
opressores, os cruéis, os perseguidores, os adúlteros, os fornicários, os
idólatras, os alcoólatras, os ladrões e outros que praticam a iniqüidade, não
têm nem verdadeira fé, nem qualquer porção do Espírito do Senhor Jesus,
enquanto obstinadamente continuarem na impiedade.
Pois, logo que o Espírito do Senhor Jesus, a quem
os escolhidos de Deus recebem pela verdadeira fé, toma posse do coração de
alguém, imediatamente ele regenera e renova esse homem, que assim começa a
odiar aquilo que antes amava e a amar o que antes odiava. Daí resulta a
contínua batalha entre a carne e o espírito: a carne e o homem natural, segundo
a sua corrupção, cobiçam coisas que lhes são agradáveis e deleitáveis, murmuram
na adversidade e enchem-se de orgulho na prosperidade e estão em todos os
momentos propensos e prontos a ofender a majestade de Deus.2 Mas o Espírito de
Deus, que dá testemunho junto ao nosso espírito de que somos filhos de Deus,3
leva-nos a resistir aos prazeres imundos e a suspirar na presença de Deus pelo
livramento desse cativeiro da corrupção,4 e finalmente a triunfar sobre o
pecado, para que ele não reine em nossos corpos mortais.5
Os homens carnais não têm esse conflito, pois são
destituídos do Espírito de Deus, mas seguem e obedecem com avidez ao pecado,
sem nenhum pesar, estimulados pelo Diabo e por sua cupidez depravada. Os filhos
de Deus, porém, como antes foi dito, lutam contra o pecado, suspiram e gemem
quando se sentem tentados à prática do mal; e, se caem, levantam-se outra vez
com arrependimento não fingido.6 Eles fazem estas coisas não pelo seu próprio
poder, mas pelo poder do Senhor Jesus, sem quem nada podem fazer.7
1. Ef 2:10; Fp 2:13; Jo
15:5; Rm 8:9.
2. Rm 7:15-25; Gl 5:17.
3. Rm 8:16.
4. Rm 7:24; 8:22.
5. Rm 6:12.
6. 2Tm 2:26.
7. Jo 15:5.
14º CAPÍTULO
As Obras que são Consideradas Boas diante de Deus
Confessamos e reconhecemos que Deus deu ao homem
sua santa Lei, na qual se proíbem não só as obras que desagradam e ofendem sua
divina majestade, mas também se ordenam todas aquelas que lhe agradam e que ele
prometeu recompensar.1 Essas obras são de duas espécies. Umas são praticadas
para a honra de Deus e as outras para benefício de nosso próximo, e ambas têm a
vontade revelada de Deus como sua garantia.
Ter um só Deus, adorá-lo e honrá-lo, invocá-lo em
todas as nossas dificuldades, reverenciar o seu santo nome, ouvir a sua Palavra
e crer nela, participar dos seus santos sacramentos, são obras da primeira
espécie.2 Honrar pai, mãe, príncipes, governantes e poderes superiores,
amá-los, sustentá-los, obedecer às suas ordens - se estas não são contrárias
aos mandamentos divinos - salvar as vidas dos inocentes, reprimir a tirania,
defender os oprimidos, conservar nossos corpos limpos e santos, viver em
sobriedade e temperança, tratar de modo justo todos os homens tanto por
palavras como por obras e, finalmente, reprimir quaisquer desejos pelos quais
nosso próximo recebe ou pode receber dano,3 são as boas obras da segunda
espécie, as quais são mui gratas e aceitáveis a Deus, visto que ele mesmo as
ordenou.
Os atos contrários são pecados dignos da maior
indignação, que sempre lhe desagradam e o provocam à ira. São eles: não invocar
só a ele quando temos necessidade, não ouvir com reverência a sua Palavra, mas
desprezá-la e rejeitá-la, ter ou adorar ídolos, alimentar e defender a
idolatria, fazer pouco do venerável nome de Deus, profanar, abusar ou desprezar
os sacramentos de Jesus Cristo, não obedecer ou resistir aos que Deus colocou
em autoridade, enquanto se mantenham dentro dos limites da sua vocação,4 cometer
homicídio ou ser conivente com homicídio, odiar o próximo, permitir que seja
derramado o sangue inocente, se podemos impedi-lo.5 Em conclusão, confessamos e
afirmamos que a quebra de qualquer mandamento da primeira ou da segunda espécie
é pecado,6 pelo qual se acende a ira de Deus contra o mundo soberbo e ingrato.
Assim, afirmamos serem boas obras somente as que são praticadas com fé,7
segundo o mandamento de Deus,8 que, em sua lei, expôs o que lhe agrada.
Afirmamos que as obras más não são apenas as que se praticam expressamente
contra o mandamento de Deus,9 mas também as que em assuntos religiosos e de
culto a Deus, não têm outro fundamento senão a invenção e a opinião do homem.
Desde o princípio Deus as vem rejeitando, como aprendemos das palavras do profeta
lsaías10 e de nosso Senhor Jesus Cristo: “Em vão me adoram, ensinando doutrinas
e mandamentos de homens”.11
1. Êx 20:3, etc.; Dt 5:6, etc.; 4:8.
2. Lc 10:27-28; Mq 6:8.
3. Ef 6:1,7; Ez 22:1,etc.; 1Co 6:19-20; 1Tss 4:3-7;
Jr 22:3, etc.; Is 50:1, etc.; 1Tss. 4:6.
4. Rm 13:2.
5. Ez 22:13, etc.
6. 1Jo 3:4.
7. Rm 14:23; Hb 11:6.
8. 1Sm 15:22; 1Co 10:31.
9. 1Jo 3:4.
10. Is 29:13.
11. Mt 15:9; Mc 7:7.
15º CAPÍTULO
A Perfeição da Lei e a Imperfeição do Homem
Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a
mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se
perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade
eterna;1 mas a nossa natureza é tão corrupta, fraca e imperfeita que jamais
seríamos capazes de cumprir perfeitamente as obras da Lei.2 Mesmo depois de
sermos regenerados, se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós
mesmos e a verdade de Deus não está em nós.3 Por isso, importa que nos
apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação, pois ele é o fim e o
complemento da Lei e é por ele que somos libertados, de modo que, embora não
cumpramos a Lei em todos os pontos, contudo, estamos imunes da execração de
Deus.4 Deus o Pai contempla-nos no corpo de seu Filho Jesus Cristo, aceita como
perfeita a nossa obediência imperfeita5 e cobre todas as nossas obras, que
estão poluídas por muitas manchas,6 com a perfeita justiça do seu Filho.
Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a
não devermos mais obediência alguma à Lei - pois já reconhecemos o lugar dela -
mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta - com exceção apenas de
Cristo Jesus - deu, dá e dará à Lei a obediência que ela requer. Quando
tivermos feito tudo, devemos prostrar-nos e confessar sinceramente que somos
servos inúteis.7 Portanto, todos os que se vangloriam dos méritos de suas obras
põem sua confiança em obras de supererrogação, ou se vangloriam da vaidade, ou
põem sua confiança em idolatria condenável.
1. Lv 18:5; Gl 3:12; 1Tm
1:8; Rm 7:12; Sl 19:7-9; 19:11.
2. Dt 5:29; Rm 10:3.
3. 1Rs 8:46; 2Cr 6:36; Pv
20:9; Ec 7:22; 1Jo 1:8.
4. Rm 10:4; Gl 3:13; Dt
27:26.
5. Fp 2:15.
6. Is 64:6.
7. Lc 17:10.
16º CAPÍTULO
Da Igreja
Assim como cremos em um só Deus, Pai, Filho e
Espírito Santo, assim também firmemente cremos que houve desde o princípio, há
agora e haverá até o fim do mundo uma só Igreja, isto é, uma sociedade e
multidão de homens escolhidos por Deus, que corretamente o adoram e aceitam,
pela verdadeira fé em Jesus Cristo,1 o qual, só, é a Cabeça da Igreja, assim
como é ela o corpo e a esposa de Jesus Cristo. Essa Igreja é católica, isto é,
universal, porque compreende os escolhidos de todos os tempos, de todos os reinos,
nações e línguas, ou dos judeus ou dos gentios, que tenham comunhão e
associação com Deus o Pai, e com seu Filho, Jesus Cristo, pela santificação do
Espírito Santo.2 Por isso ela é chamada comunhão, não dos profanos, mas dos
santos, que, como cidadãos da Jerusalém celestial,3 gozam de benefícios
inestimáveis: um só Deus, um só Senhor Jesus Cristo, uma só fé e um só
batismo.4 Fora dessa Igreja não há nem vida nem felicidade eterna. Portanto,
detestamos completamente a blasfêmia dos que sustentam que os homens que vivem
segundo à equidade e a justiça serão salvos, não importando que religião
professem. Pois, visto que sem Cristo não há vida nem salvação,5 ninguém terá
parte nesta senão aquele que o Pai deu ao seu Filho, Jesus Cristo, e aqueles
que no tempo oportuno a ele vierem,6 confessarem a sua doutrina e nele crerem
(incluímos as crianças de pais crentes).7 Essa Igreja é invisível, conhecida só
de Deus - que é o único a conhecer os que ele escolheu8 - e compreende, como já
ficou dito, tanto os escolhidos que já partiram, e é chamada geralmente a
“Igreja Triunfante”, como os que ainda vivem e lutam contra o pecado e Satanás,
e os que viverem daqui por diante.9
1. Mt 28:20; Ef 1:4.
2. Cl 1:18; Ef 5:23-24,
etc.; Ap 7:9.
3. Ef 2:19.
4. Ef 4:5.
5. Jo 3:36.
6. Jo 5:24; 6:37; 6:39;
6:65; 17:6.
7. At 2:39.
8. 2Tm 2:19; Jo 13:18.
9. Ef 1:10; Cl 1:20; Hb 12:4.
17º CAPÍTULO
Da Imortalidade das Almas
Os escolhidos, que partiram, estão em paz e
descansam de seus trabalhos;1 não que durmam e estejam perdidos no
esquecimento, como sustentam alguns fantasistas, mas porque foram libertados de
todo medo, de tormentos, e de toda tentação, coisas a que nós e todos os
escolhidos de Deus nesta vida estamos sujeitos.2 Por isso a Igreja é chamada
Militante. Por outro lado, os réprobos e infiéis falecidos padecem angústia,
tormentos e penas inenarráveis.3 Nem estes nem aqueles se encontram em tal sono
que os impeça de sentir em que situação estejam, como claramente atestam a
parábola de Jesus Cristo em São Lucas 16,4 as suas próprias palavras na cruz ao
ladrão5 e o clamor das almas, sob o altar:6 “Senhor, que és justo e imparcial,
até quando deixarás sem vingança o nosso sangue entre os habitantes da terra?”
1. Ap 14:13.
2. Is 25:8; Ap 7:14-17;
21:4.
3. Ap 16:10-11; Is 66:24;
Mc 9:44, 46, 48.
4. Lc 16:23-26.
5. Lc 23:43.
6. Ap 6:9-10.
18º CAPÍTULO
Os Sinais pelos quais a Verdadeira Igreja será Distinguida da Falsa
e quem será Juiz da Doutrina
Satanás vem trabalhando desde o princípio para
adornar sua pestilenta sinagoga com o título de Igreja de Deus, e inflamando
corações de crudelíssimos assassinos, para perseguirem, perturbarem e
molestarem a verdadeira Igreja e seus membros, como Caim com Abel,1 Ismael com
Isaque,2 Esaú com Jacó3 e todos os sacerdotes dos judeus com Jesus Cristo e
seus apóstolos que vieram depois dele.4 Por isso, é necessário que a verdadeira
Igreja, por sinais claros e perfeitos, se distinga de tais sinagogas corruptas,
a fim de que não sejamos enganados e, para nossa própria condenação, recebamos
e abracemos a falsa pela verdadeira. As marcas, os sinais e as características
pelos quais a noiva imaculada de Cristo se distingue da impura e horrível
meretriz - a Igreja dos maldosos - nós afirmamos que não são nem a antiguidade,
nem o título usurpado, nem a sucessão linear, nem a multidão de homens que
aprovam o erro. Caim existiu primeiro do que Abel e Sete5 quanto à idade e ao
título; Jerusalém tinha precedência sobre todos os outros lugares da terra,6
pois nela os sacerdotes descendiam linearmente de Aarão, e maior era o número
que seguia os escribas, fariseus e sacerdotes do que aqueles que
verdadeiramente criam em Jesus Cristo e aprovavam a sua doutrina.7 No entanto
ninguém de são juízo, supomos, sustentará que qualquer dos acima nomeados era a
Igreja de Deus.
Portanto, nós cremos, confessamos e declaramos que
as marcas da verdadeira Igreja são, primeiro e antes de tudo, a verdadeira
pregação da Palavra de Deus, na qual Deus mesmo se revelou a nós, como nos
declaram os escritos dos profetas e apóstolos; segundo, a correta administração
dos sacramentos de Jesus Cristo, os quais devem ser associados à Palavra e à
promessa de Deus para selá-las e confirmá-las em nossos corações;8 e,
finalmente, a disciplina eclesiástica corretamente administrada, como prescreve
a Palavra de Deus, para reprimir o vício e estimular a virtude.9 Onde quer que
essas marcas se encontrem e continuem por algum tempo - ainda que o número de
pessoas não exceda de duas ou três - ali, sem dúvida alguma, está a verdadeira
Igreja de Cristo, o qual, segundo a sua promessa, está no meio dela.10 Isto não
se refere à Igreja universal de que falamos antes, mas às igrejas particulares,
tais como as que havia em Corinto,11 na Galácia,12 em Éfeso13 e noutros lugares
onde o ministério foi implantado por Paulo e às quais ele mesmo chamou igrejas
de Deus.
Tais igrejas nós, habitantes do reino da Escócia,
confessando a Jesus Cristo, afirmamos ter em nossas cidades, vilas e distritos
reformados, porque a doutrina ensinada em nossas igrejas está contida na Palavra
de Deus escrita, isto é, no Velho e no Novo Testamentos, nos livros
originalmente reconhecidos como canônicos. Afirmamos que neles todas as coisas
que devem ser cridas para a salvação dos homens estão suficientemente
expressas.14 Confessamos que a interpretação da Escritura não é atribuição de
nenhuma pessoa particular ou pública, nem mesmo de qualquer igreja em virtude
de qualquer preeminência ou prerrogativa, pessoal ou local, que uma tenha sobre
a outra, mas esse direito e autoridade só pertencem ao Espírito de Deus por
quem as Escrituras foram escritas.15
Quando surge, pois, controvérsia acerca do exato
sentido de qualquer passagem ou sentença da Escritura, ou para a reforma de
algum abuso na Igreja de Deus, devemos perguntar não tanto o que os homens
disseram ou fizeram antes de nós, como o que o Espírito Santo, uniformemente,
fala no corpo das Escrituras Sagradas e o que Jesus Cristo mesmo fez e
mandou.16 Pois todos reconhecem sem discussão que o Espírito de Deus, que é o
Espírito de unidade, não pode contradizer-se a si mesmo.17 Assim, se a
interpretação ou decisão ou opinião de qualquer doutor da Igreja ou concílio é
contrária à expressa Palavra de Deus em qualquer outra passagem da Escritura, é
certo que essa interpretação não representa a mente e sentido do Espírito
Santo, ainda que concílios, reinos e nações a tenham admitido e aprovado. Não
ousamos admitir nenhuma interpretação contrária a qualquer artigo principal de
fé, ou a qualquer texto claro da Escritura, ou à regra do amor.
1. Gn 4:8.
2. Gn 21:9.
3. Gn 27:41.
4. Mt 23:34; Jo
15:18-20,24; 11:47,53; At 4:1-3; 5:17, etc.
5. Gn 4:1.
6. Sl 48:2-3; Mt 5:35.
7. Jo 12:42.
8. Ef 2:20; At 2:42; Jo
10:27; 18:37; 1Co 1:13; Mt 18:19-20; Mc 16:15-16; 1C. 11:24-26; Rm 4:11.
9. Mt 18:15-18; 1Co 5:4-5.
10. Mt 18:19-20.
11. 1Co 1:2; 2Co 1:2.
12. Gl 1:2.
13. Ef 1:1; At 16:9-10;
18:1, etc.; 20:17, etc.
14. Jo 20:31; 2Tm 3:16-17.
15. 2Pd 1:20-21.
16. Jo 5:39.
17. Ef 4:3-4.
19º CAPÍTULO
A Autoridade das Escrituras
Cremos e confessamos que as Escrituras de Deus são
suficientes para instruir e aperfeiçoar o homem de Deus, e assim afirmamos e
declaramos que a sua autoridade vem de Deus e não depende de homem ou de anjo.1
Afirmamos, portanto, que os que dizem não terem as Escrituras outra autoridade
a não ser a que elas receberam da Igreja são blasfemos contra Deus e fazem
injustiça à verdadeira Igreja, que sempre ouve e obedece à voz de seu próprio
Esposo e Pastor, mas nunca se arroga o direito de senhora.2
1. 1Tm 3:16-17.
2. Jo 10:27.
20º CAPÍTULO
Dos Concílios Gerais, seu Poder, sua Autoridade
e Causas de sua Convocação
Assim como não condenamos irrefletidamente o que
homens bons, reunidos em concílio geral legalmente convocado, estabeleceram
antes de nós, assim não admitimos sem justo exame tudo o que tenha sido
declarado aos homens em nome de concílio geral, pois é manifesto que, sendo
humanos, alguns deles manifestamente erraram, e isso em questões de máximo peso
e importância.1 Então, na medida em que um concílio confirma sua decisão e seus
decretos pela clara Palavra de Deus, nós os respeitamos e acatamos. Mas, se homens,
em nome de um concílio, pretendem forjar-nos novos artigos de fé, ou tomar
decisões contrárias à Palavra de Deus, então devemos definitivamente negar como
doutrinas de demônios tudo aquilo que afasta nossas almas da voz do único Deus
para levar-nos a seguir doutrinas e decisões de homens.2
A razão por que os concílios gerais se reuniram não
foi para elaborar qualquer lei permanente que Deus não tivesse feito antes, nem
para formular novos artigos para a nossa fé, nem para conferir autoridade à
Palavra de Deus; muito menos para afirmá-la como Palavra de Deus, ou para dela
dar a verdadeira interpretação que não fora previamente expressa pela sua santa
vontade em sua Palavra.3 Mas a razão dos concílios - pelo menos daqueles que
merecem tal nome - foi em parte refutar heresias e fazer confissão pública de
sua fé a ser seguida pela posteridade, e eles fizeram uma e outra coisa pela
autoridade da Palavra de Deus escrita, sem apelar a qualquer prerrogativa de
que, pelo fato de serem concílios gerais, não poderiam errar. Foi essa a razão
primeira e principal dos concílios gerais, em nossa opinião. Uma segunda foi
constituir e observar boa administração na Igreja, em que - como casa de Deus
que é4 – convém que tudo seja feito com decência e ordem.5 Não que pensemos que
a mesma administração ou ordem de cerimônias possa ser estabelecido para todas
as épocas, tempos e lugares; pois, como cerimônias que os homens inventaram,
são apenas temporais, e, assim, podem e devem ser mudadas quando se percebe que
o seu uso fomenta antes a superstição que a edificação da Igreja.
1. Gl 2:11-14.
2. 1Tm 4:1-3; Cl 2:18-23.
3. At 15:1, etc.
4. 1Tm 3:15; Hb 3:2.
5. 1Co 14:40.
21º CAPÍTULO
Dos Sacramentos
Assim como os patriarcas sob a Lei, além da
realidade dos sacrifícios, tinham dois sacramentos principais, isto é, a
circuncisão e a páscoa, e aqueles que os desprezavam e negligenciavam não eram
contados entre o povo de Deus,1 assim nós também reconhecemos e confessamos que
agora, na era do Evangelho, só temos dois sacramentos principais, instituídos
por Cristo e ordenados para uso de todos os que desejam ser considerados
membros de seu corpo, isto é, o Batismo e a Ceia ou Mesa do Senhor, também
chamada popularmente Comunhão do seu Corpo e do seu Sangue.2 Esses sacramentos,
tanto do Velho Testamento como do Novo, foram instituídos por Deus, não só para
estabelecer distinção visível entre o seu povo e os que estavam fora da
Aliança, mas também para exercitar a fé dos seus filhos e, pela participação de
tais sacramentos, selar em seus corações a certeza da sua promessa e daquela
associação, união e sociedade mui felizes que os escolhidos têm com seu Cabeça,
Jesus Cristo.
E, assim, condenamos inteiramente a vaidade dos que
afirmam que os sacramentos não são outra coisa que meros sinais desnudos. Muito
ao contrário, cremos seguramente que pelo Batismo somos enxertados em Jesus
Cristo, para nos tornarmos participantes de sua justiça, pela qual todos os
nossos pecados são cobertos e perdoados; cremos também que na Ceia corretamente
usada, Cristo se une de tal modo a nós, que se torna o próprio alimento e
sustento de nossas almas.3 Não que imaginemos qualquer transubstanciação do pão
no corpo natural de Cristo e do vinho em seu sangue natural, como têm ensinado
perniciosamente os pontifícios e como crêem para sua condenação; mas essa união
e associação que temos com o corpo e o sangue de Jesus Cristo no uso reto dos
sacramentos se realiza por meio do Espírito Santo, que pela verdadeira fé nos
transporta acima de todas as coisas visíveis - que são carnais e terrenas - e
nos habilita a alimentar-nos do corpo e do sangue de Jesus Cristo, uma vez
partido e derramado por nós, e que agora está no céu e se apresenta por nós na
presença do Pai.4 Não obstante a distância entre o seu corpo agora glorificado
no céu e nós mortos aqui na terra, contudo cremos firmemente que o pão que
partimos é a comunhão do corpo de Cristo e o cálice que abençoamos é a comunhão
do seu sangue.5 Assim, confessamos, e cremos, sem nenhuma dúvida, que os fiéis,
mediante o uso reto da Ceia do Senhor, comem o corpo e bebem o sangue de Jesus
Cristo, porque ele permanece neles e eles nele; eles, até, se tornam carne da
sua carne e osso dos seus ossos6 de maneira tal que, como a Divindade eterna
conferiu à carne de Jesus Cristo vida e imortalidade,7 assim também o comer e o
beber da carne e do sangue de Jesus Cristo nos confere essas prerrogativas.
Declaramos, contudo, que isto não nos é dado só na ocasião do sacramento, nem
pela sua ação ou virtude; mas afirmamos que os fiéis, mediante o uso certo da
Ceia do Senhor, têm com Jesus Cristo,8 uma união que o homem natural não pode
compreender.
Além disso afirmamos que, embora os fiéis,
impedidos pela negligência e pela fraqueza humana, não aproveitem tanto quanto
desejariam, na própria ocasião em que se celebra a Ceia, no entanto
subseqüentemente ela produzirá frutos, sendo semente viva semeada em boa terra,
pois o Espírito Santo, que nunca pode estar separado do uso reto da Instituição
de Cristo, não privará os fiéis do fruto dessa ação mística. Mas tudo isto,
dizemos, vem da verdadeira fé que apreende Jesus Cristo, o único que faz o
sacramento eficaz em nós. Portanto, todos os que nos difamam dizendo que afirmamos
ou cremos que os sacramentos não são outra coisa que sinais desnudos e vazios,
fazem-nos injustiça e falam contra a verdade manifesta.
Isto, no entanto, admitimos livre e
espontaneamente, que fazemos distinção entre Cristo em sua substância eterna e
os elementos dos sinais sacramentais. Assim, nem adoramos os elementos em lugar
do que eles significam, nem os julgamos dignos de adoração, nem os desprezamos,
ou interpretamos como inúteis e vãos, mas deles participamos com grande
reverência, examinando-nos a nós mesmos o mais diligentemente antes de
participarmos deles, pois somos persuadidos pelos lábios do apóstolo, de que
“aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do
corpo e do sangue de Jesus Cristo”.9
1. Gn 17:10-11; Êx 23:3,etc.; Gn 17:14; Nm 9:13.
2. Mt 28:19; Mc 16:15-16;
Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22:19-20; 1Co 11:23-26.
3. 1Co 10:16; Rm 6:3-5; Gl
3:27.
4. Mc 16:19; Lc 24:51; At
1:11; 3:21.
5. 1Co 10:16.
6. Ef 5:30.
7. Mt 27:50; Mc 15:37; Lc
23:46; Jo 19:30.
8. Jo 6:51; 6:53-58.
9. 1Co 11:27-29.
22º CAPÍTULO
Da Reta Administração dos Sacramentos
Duas coisas são necessárias para a reta
administração dos sacramentos. A primeira é que eles devem ser ministrados por
ministros legítimos; e declaramos que tais são apenas os que são designados
para a pregação da Palavra, em cujos lábios pôs Deus a Palavra de exortação e
que estes são os que são para isso legitimamente escolhidos por alguma Igreja.
A segunda é que devem ser ministrados com os elementos e da maneira que Deus
estabeleceu; de outra forma, afirmamos que deixam de ser os sacramentos
corretos de Jesus Cristo.
Esse o motivo por que abandonamos a sociedade da
Igreja pontifícia e fugimos à participação dos seus sacramentos. Primeiramente,
porque seus ministros não são ministros de Jesus Cristo (o que é mais horrendo
é que eles permitem que mulheres batizem, quando a estas o Espírito Santo não
permite ensinar na congregação). Em segundo lugar, porque adulteraram de tal
modo um e outro sacramentos com as suas próprias invenções que nenhuma parte do
ato original de Cristo permanece em sua simplicidade original. O óleo, o sal, o
cuspo e outras coisas, no batismo, são simples invenções humanas; a adoração ou
veneração do sacramento, o transportá-lo pelas ruas e praças das cidades, a
conservação do pão num escrínio ou cápsula, não é o uso legítimo do sacramento
do corpo de Cristo, mas simples profanação dele. Cristo disse. “Tomai e comei”,
e “Fazei isto em memória de mim.”1 Por estas palavras e por esta ordem ele
santificou o pão e o vinho para sacramento do seu corpo e do seu sangue, de
modo que um seria comido e todos bebessem do outro, e não que se conservem, e
se adorem e honrem como Deus, como até agora fizeram os pontifícios, que,
subtraindo ao povo o cálice da bênção, praticaram um horrendo sacrilégio.
Além disso, para uso correto dos sacramentos, requer-se
que o fim e a causa da sua instituição sejam entendidos e observados não menos
pelos comungantes do que pelos ministros. Se a intenção no participante se
mudar, cessa o uso correto, o que é muito evidente na rejeição dos sacrifícios
(assim como também se o ministro ensinar doutrina claramente falsa, o que seria
odioso e detestável diante de Deus), ainda que os sacramentos sejam
instituições dele próprio, porque homens ímpios deles usam para fim diverso
daquele para que foram ordenados por Deus. Afirmamos que isto foi feito aos
sacramentos na Igreja Pontifícia, na qual toda a ação de Jesus Cristo é
adulterada, tanto na forma exterior, como no fim e na concepção. O que Cristo
fez e ordenou que se fizesse é evidente dos Evangelistas e de São Paulo; o que
o sacerdote pontifício faz junto do altar não é necessário repetir. O fim e a
causa da instituição de Cristo, e por que o que ele instituiu deve ser feito
por nós, exprime-se nestas palavras: “Fazei isto em memória de mim”; “Todas as
vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais” isto é,
enalteceis, pregais, engrandeceis e louvais – “a morte do Senhor, até que ele
venha”.2 Mas qual é o fim, qual a concepção com que os sacerdotes dizem a sua
missa; revelem-no as suas próprias palavras na missa: e é que, como mediadores
entre Cristo e sua Igreja, eles oferecem a Deus o Pai um sacrifício
propiciatório pelos pecados dos vivos e dos mortos, doutrina blasfema porque
anula a suficiência do sacrifício único de Cristo, uma vez oferecido para a purificação
de todos os que são santificados. Nós aborrecemos, detestamos e repudiamos
profundamente essa blasfêmia contra o próprio Jesus Cristo.3
1. Mt 26:26; Mc 14:22; Lc
22:19; 1Co 11:24.
2. 1Co 11:24-26.
3. Hb 9:27-28; 10:14.
23º CAPÍTULO
A quem Interessam os Sacramentos
Reconhecemos e sustentamos que o batismo se aplica
tanto aos filhos dos fiéis como aos fiéis adultos, dotados de discernimento, e
assim condenamos o erro dos Anabatistas, que negam o batismo às crianças até
que elas tenham compreensão e fé.1 Mas sustentamos que a Ceia do Senhor é
somente para aqueles que pertencem à família da fé e podem examinar-se e
provar-se a si mesmos, tanto em sua fé como no dever da fé para com o próximo.
Os que sem fé ou permanecendo em dissensão com os seus irmãos comem e bebem
naquela santa mesa comem indignamente.2 Esta a razão por que os pastores da
nossa Igreja fazem exame público e particular, tanto no conhecimento como na
conduta e na vida, daqueles que devem ser admitidos à Ceia do Senhor Jesus.
1. Cl 2:11-12; Rm 4:11; Gn 17:10; Mt 28:19.
2. 1Co 11:28-29.
24º CAPÍTULO
Do Magistrado Civil
Confessamos e reconhecemos que impérios, reinos,
domínios e cidades foram diferenciados e ordenados por Deus; o poder e a
autoridade neles - dos imperadores nos impérios, dos reis nos reinos, dos
duques e príncipes em seus domínios, e dos outros magistrados nas cidades – são
uma santa ordenança de Deus destinada à manifestação de sua própria glória e à
singular utilidade do gênero humano.1 Por isso afirmamos que todos os que
procuram levantar ou confundir todo o estado do poder civil, já há muito
estabelecido, não são apenas inimigos da humanidade, mas lutam impiamente
contra a vontade manifesta de Deus.2
Além disso, confessamos e reconhecemos que todos os
que foram colocados em autoridade devem ser amados,3 honrados, temidos e tidos
na mais respeitosa estima, pois fazem as vezes de Deus, e em seus concílios o
próprio Deus se assenta e julga.4 São eles os juizes e príncipes a quem Deus
entregou a espada para o louvor e defesa dos bons e para justo castigo e
vingança de todos os malfeitores.5 Além disso, afirmamos que a purificação e
preservação da religião é, sobretudo e particularmente, dever de reis,
príncipes, governantes e magistrados. Não foram eles ordenados por Deus apenas
para o governo civil, mas também para manter a verdadeira religião e para
suprimir toda idolatria e superstição. Pode-se ver isso em Davi,6 Josafá,7
Josias,8 Ezequias9 e outros altamente recomendados pelo seu singular zelo.
Por isso, confessamos e declaramos que todos
quantos resistem à suprema autoridade, usurpando o que pertence ao ofício
desta, resistem a essa ordenação de Deus e, portanto, não podem ser
considerados inculpáveis diante dele. Afirmamos mais que, enquanto príncipes e governantes
vigilantemente cumprirem sua função, quem quer que lhes recusar auxílio,
conselho e assistência nega-o a Deus, que pela presença do seu lugar-tenente
lhes solicita isso.
1. Rm 13:1; Tt 3:1; 1Pd 2:13-14.
2. Rm 13:2.
3. Rm 13:7; 1Pd 2:17.
4. Sl 82:1.
5. 1Pd 2:14.
6. 1Cr 22-26.
7. 2Cr 17:6, etc.; 19:8, etc.;
8. 2Cr 29-31.
9. 2Cr 34-35.
25º CAPÍTULO
Os Dons Livremente Concedidos à Igreja
Embora a Palavra de Deus verdadeiramente pregada,
os sacramentos corretamente ministrados e a disciplina executada segundo a
Palavra de Deus sejam sinais certos e incontestáveis da verdadeira Igreja,
contudo nem por isso julgamos nós que toda pessoa, individualmente, nessa
comunidade seja um membro escolhido de Jesus Cristo.1 Reconhecemos e confessamos
que o joio pode ser semeado com o bom trigo, e joio e palha crescem em grande
abundância no trigal, isto é, que réprobos podem unir-se às congregações dos
escolhidos e comungar com eles nos benefícios externos da Palavra e dos
sacramentos. Mas, como eles só confessam a Deus por um pouco com seus lábios e
não com seus corações, desviam-se e não continuam até o fim.2 Portanto, não
participam dos frutos da morte, ressurreição e ascensão de Cristo.
Mas os que de coração crêem, sem nenhuma simulação,
e corajosamente confessam com seus lábios o Senhor Jesus, receberão esses dons
com a mais absoluta certeza, como dissemos acima.3 Primeiramente, nesta vida
terão a remissão dos pecados, e isso unicamente pela fé no sangue de Cristo;
Pois, apesar de o pecado permanecer e continuamente habitar nestes nossos
corpos mortais, contudo ele não nos será imputado, mas será perdoado e coberto
pela justiça de Cristo.4 Em segundo lugar, no juízo geral conceder-se-á a cada
homem e mulher a ressurreição da carne.5 O mar devolverá os seus mortos e a
terra aqueles que nela estão sepultados. Sim, o eterno Deus estenderá a sua mão
sobre o pó da terra e os mortos ressurgirão incorruptíveis,6 e na substância da
mesma carne que cada um agora tem,7 para receber, segundo as suas obras, ou a
glória ou o castigo.8 Os que agora se deleitam na vaidade, na crueldade, na
impureza, na superstição ou idolatria serão condenados ao fogo inextinguível,
no qual em seus corpos e espíritos - os quais agora servem o Diabo cometendo
toda abominação - eles serão atormentados para sempre. Mas os que continuam a
fazer o bem até o fim confessando corajosamente o Senhor Jesus cremos
firmemente que eles possuirão a glória, a honra e a imortalidade, para reinarem
para sempre na vida eterna com Jesus Cristo,9 a cujo corpo glorificado todos os
escolhidos se tornarão semelhantes,10 quando ele aparecer de novo no juízo e
entregar o Reino a Deus, seu Pai, o qual será então e para sempre permanecerá
tudo em todas as coisas, Deus bendito para todo o sempre,11 a quem, com o Filho
e o Espírito Santo seja toda honra e glória, agora e para sempre. Amém.
Levanta-te, ó Senhor, e sejam confundidos todos os
teus inimigos; fujam da tua presença os que odeiam o teu divino Nome. Dá aos
teus servos forças para proclamarem a tua Palavra com ousadia, e que todas as
nações se apeguem ao verdadeiro conhecimento de ti. Amém.12
1. Mt 13:24, etc.
2. Mt 13:20-21.
3. Rm 10:9,13.
4. Rm 7.
2Co 5:21.
5. Jo 5:28-29.
6. Ap 20:13.
7. Jó 19:25-27.
8. Mt 25:31-46.
9. Ap 14:10; Rm 2:6-10.
10. Fp 3:21.
11.1Co 15:24,28.
12. Nm 10:35; Sl 68:1; At 4:29.
___________________
* Revisão: Pr. Franklin Ferreira.
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente a opinião deste site.
Confira nossa Política de Comentários para se adequar aos padrões de ética e compliance da nossa comunidade.