(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho |
3º Trimestre de 1993
Título: Avivamento —
Uma necessidade nos dias atuais
Comentarista: Eurico
Bergstén
Lição 1: Daniel ora
por um despertamento
Data: 4 de Julho de
1993
TEXTO ÁUREO
“Confessai as vossas culpas uns
aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita por um
Justo pode multo em seus efeitos” (Tg 5:16).
VERDADE PRÁTICA
O crente dedicado à oração pode
exercer influência no Céu, na Terra e até sobre os poderes malignos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 11:5-13 - A certeza
do atendimento à oração
Terça — Dt 9:8-21 - A oração de
Moisés pelo povo
Quarta — 2Sm 7:18-29 - Davi ora
para edificar o templo
Quinta — 1Rs 8:22-61 - A
comovente oração de Salomão
Sexta — Ef 3:14-21 - A oração de
Paulo pelos Efésios
Sábado — Hc 3:1-19 - Habacuque
ora pelo livramento
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 9:1-3; 6:10; 2:17-19;
Esdras 1:1-5.
Daniel 9
1 — No ano primeiro de
Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o
reino dos caldeus,
2 — No ano primeiro do seu
reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o
Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém,
era de setenta anos.
3 — E eu dirigi o meu rosto
ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, e saco e cinza.
Daniel 6
10 — Daniel, pois, quando
soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu
quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de
joelhos e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava
fazer.
Daniel 2
17 — Então Daniel foi para a
sua casa, e fez saber o caso a Ananias, Misael e Azarias, seus companheiros.
18 — Para que pedissem
misericórdia ao Deus do céu, sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus
companheiros não perecessem, com o resto dos sábios de Babilônia.
19 — Então foi revelado o
segredo a Daniel numa visão de noite. Então Daniel louvou o Deus do céu.
Esdras 1
1 — No primeiro ano de Ciro,
rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias)
despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão
por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
2 — Assim diz Ciro, rei da
Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra; e ele me
encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.
3 — Quem há entre vós, de
todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e
edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em
Jerusalém.
4 — E todo aquele que ficar
em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão
com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias
para a casa do Senhor, que habita em Jerusalém.
5 — Então se levantaram os
chefes dos pais de Judá e Benjamim e os sacerdotes e os levitas, com todos
aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do Senhor,
que está em Jerusalém.
OBJETIVOS
I. Mostrar que a oração é
indispensável à vida do povo de Deus.
II. Levar os alunos a terem
uma comunhão mais íntima com o Senhor Jesus através da oração.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LIÇÃO
A vida de Daniel é pontilhada de
orações. Do ingresso na corte babilônica à mais avançada idade, procurava
sempre manter uma estreita comunhão com o Todo-poderoso. E foi por intermédio
de suas orações, que os judeus tomaram alento para apossar-se das promessas de
um rápido retorno à terra de Israel.
Se tivermos uma vida de oração,
poderemos, de igual modo, mover o coração de Deus. E em breve, desfrutaremos de
um grande reavivamento. Que o Senhor nos ajude.
MOTIVAÇÃO
Como introdução à aula de hoje,
mostre aos alunos que a oração jamais esteve ausente da vida do povo de Deus.
Dos tempos do Velho Testamento aos dias de hoje, os santos estiveram sempre
conscientes desta grande verdade: sem oração não pode haver comunhão com o
Senhor. Fale à classe acerca das orações registradas nas páginas da Bíblia.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Os crentes fiéis brilham como a
luz (Mt 5:15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp
2:15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. fora levado cativo para a Babilônia
(Dn 1:1-4,6) era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois,
Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia.
I. DANIEL FOI DESPERTADO PARA
ORAR
Ao ler o profeta Jeremias (Jr
29:10) ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para
findar. Todavia ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma coisa
estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9:2).
Assim, Daniel começou a orar com
jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza (Dn 9:1-3) e
orou com perseverança.
1. Daniel vivia uma vida
consagrada a Deus. Isto dava-lhe condições de orar. A Bíblia diz: “A
oração do reto é o seu contentamento” (Pv 15:8) e “Ele escuta a oração do
justo” (Pv 15:29). Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme a
sua consciência, no temor do Senhor. Daniel é considerado como um exemplo e um
modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1:8).
2. A estatura espiritual de
Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração. Muitos
crentes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque
nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que
significa perseverar firmemente em oração (Rm 12:12; Fp 1:30; Cl 2:1). Somente
“visitam” de vez em quando um culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar
três vezes ao dia (Dn 6:10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigos
e a de todos os sábios da Babilônia, estava em perigo, Daniel alcançou
livramento e vitória através da oração (Dn 2:18-20). Daniel era, portanto,
experiente na vida de oração.
3. Coincidindo com o período de
oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O
reino da Babilônia estava em guerra com os medos e persas. O rei da Babilônia
era na época Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da
Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou
uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos
sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do templo de Deus em Jerusalém,
e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados
beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5:2-4).
Houve então uma intervenção
divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do
castiçal (Dn 5:5). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam.
Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita na parede.
Finalmente Daniel foi introduzido na festa (Dn 5:13) e interpretou o texto
escrito na parede. Entre outras coisas estava escrito: “Dividido foi o teu
reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5:28).
“Naquela mesma noite foi morto
Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5:30).
II. A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE
DANIEL
Daniel havia orado, lembrando a
promessa de Deus registrada pelo profeta Jeremias: “Vos visitarei e cumprirei
sobre vós a minha boa palavra, tomando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29:10).
Com a queda do reino babilônico,
e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez,
deixando todos surpreendidos e admirados.
1. A Bíblia relata o que
realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se
cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o
espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino,
como também por escrito: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor dos céus me
deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus
com ele, e suba a Jerusalém que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de
Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1:1-3).
2. Conforme esta declaração de
Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias. Mas
tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além do que pedimos
ou pensamos” (Ef 3:20). Vejamos, pois, o que estava para acontecer:
a. Todos os judeus seriam
liberados para voltarem a Judá, caso quisessem (Ed 1:3).
b. Receberam permissão para
reedificar o templo.
c. Todas as despesas da
construção do templo poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio.
d. Os vasos sagrados
deveriam ser entregues aos cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus
pelo rei Ciro, para serem transportados de volta para Jerusalém (Ed 1:7).
III. O RESULTADO DE UM
DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
1. O rei Ciro foi despertado em
seu espírito. “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1:1). Talvez
por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez
até mesmo O adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu
coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.
a. Ciro passou a ver a Deus
como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1:2). O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender
esta lição (Dn 4:30-37). Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja
a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua
baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou
com Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar: “Quem
és Senhor?” (At 9:5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor
se não for pelo Espírito Santo (1Co 12:3).
b. Ciro teve uma experiência
com Deus que é Santo. Os vasos sagrados haviam sido roubados do templo de
Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2Cr
36:18). Ciro era agora o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito
valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1:7-11).
Assim acontece sempre em cada
despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis
devolver o que havia ganho com usura (Lc 19:8).
2. O rei Ciro recebeu bênçãos
espirituais. O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro
chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45:1). Isto nos permite entender que o
Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. Cada
despertamento traz bênçãos para o coração do crente.
QUESTIONÁRIO
1. Com quantos anos
aproximadamente foi Daniel levado a Babilônia?
Com aproximadamente 15 anos de idade.
2. Que escritura
profética levou Daniel a orar e a jejuar?
Jeremias 29:10.
3. O que esta escritura
dizia?
A escritura profética dizia estar chegando ao fim o cativeiro dos judeus.
4. O que aconteceu no
primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia?
O Senhor despertou o coração deste rei em favor do povo de Judá, favorecendo o retorno deste à Terra Prometida.
5. Quantos judeus
apresentaram-se como voluntários para o retomo à terra de Israel?
Aproximadamente cinquenta mil
judeus.
SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR
SUBSÍDIO CRONOLÓGICO
Daniel foi levado a Babilônia por
volta do ano 596 a.C. Segundo a cronologia bíblica, no ano de 538 a.C., o
profeta ainda se encontrava na corte da Mesopotâmia. Foi entre ambas as datas
que ele exerceu o ministério profético.
SUBSÍDIO HISTÓRICO
Depois da cisão do Reino de
Israel, ocorrida em 931 a.C., os israelitas foram perdendo a visão de sua
missão sacerdotal. Adotaram deuses e costumes cananeus, quebrantaram a Lei de
Moisés, e levaram os gentios a blasfemarem do nome de Jeová. Não obstante a repreensão
dos profetas, os filhos de Jacó porfiaram em trilhar aquele caminho maligno.
Por isto, o Senhor resolveu entregá-los nas mãos dos gentios.
Em 722 a.C., vieram os assírios e
acabaram com o Reino do Norte. Dispersaram as dez tribos e, estas, até o dia de
hoje, ainda se encontram nos mais distantes rincões do planeta. Em 586 a.C.,
foi a vez do Reino de Judá. Os babilônios, comandados por Nabucodonosor,
subjugaram Judá, destruíram Jerusalém e arrasaram o Santo Templo. Foi a
primeira grande tragédia sofrida pelos judeus. Até o dia de hoje, eles se
lembram da desdita do santuário construído por Salomão. De acordo com os
teólogos, foi exatamente neste ano que teve início o tempo dos gentios.
Quando da destruição de
Jerusalém, o profeta Daniel já se encontrava em Babilônia: para lá fora levado
há aproximadamente dez anos.
DIFICULDADE BÍBLICA
Em Jeremias 25.11, lemos: “Toda
esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei de
Babilônia setenta anos”. Como entender esta profecia? Se levarmos em conta a
primeira investida dos babilônios contra Jerusalém, no ano 606 a.C., este
período de setenta anos de que fala Jeremias terminou em 536 a.C. Esta, aliás,
é a interpretação mais aceita pelos teólogos judeus e cristãos. Neste último
ano, os judeus receberam permissão de Ciro para voltar à terra de Israel e
reconstruir sua nacionalidade. Durante este período, a terra de Israel ficou
descansando para compensar todos os anos sabáticos, que os israelitas deixaram
de guardar, desde a entrada em Canaã até o exílio.
E foi observando a profecia de
Jeremias que Daniel, por volta do ano 538 a.C., concluiu que o tempo do retorno
estava próximo.
Como se vê, a disciplina imposta
por Jeová sobre os filhos de Israel tinha duplo objetivo: levá-los a deixar a
idolatria e permitir a recuperação da terra. Quando o grupo comandado por
Esdras voltou a Jerusalém, os israelitas não mais voltaram à prática da
idolatria. Cometeram outros erros; inúmeras vezes se desviaram por caminhos
nada recomendáveis, mas jamais voltaram à prática da idolatria. É por isto que
a Bíblia afirma que Deus castiga a quem ama.
SUBSÍDIO BIOGRÁFICO
Daniel, cujo nome significa Deus
é o meu Juiz, foi um dos maiores personagens do Velho Testamento. Ezequiel
apontou-o como um dos três mais destacados justos de todos os tempos (Ez
14:14). Colocando-se ao lado de Noé e Jó, constituiu-se num raríssimo exemplo
de fé e altruísmo.
Sua história começa em 596 a.C.,
ocasião em que é levado cativo a Babilônia, juntamente com outros dez mil
judeus. Nessa época, tinha cerca de 16 anos, apenas. Em virtude de sua
ascendência nobre, é destacado pelo governo babilônico para aprender a língua e
a ciência da Caldeia. Demonstrando já uma fidelidade absoluta aos preceitos de
Jeová, resolve firmemente em seu coração não se contaminar com as iguarias
reais. Solicita, pois, ao chefe dos eunucos que lhe permita optar por uma dieta
de legumes e água. Os resultados desse regime alimentar são surpreendentes.
No final dos três anos de
treinamento, Nabucodonosor achou Daniel, juntamente com seus três companheiros,
dez vezes mais sábios do que os mais ilustradíssimos homens de Babilônia. Por
causa disso, foram designados para exercer elevados cargos na administração
pública. Além da sabedoria natural e enciclopédica, possuía Daniel o dom
profético. Interpretou sonhos e decifrou enigmas. Sob a inspiração do Espírito
Santo, avançou no futuro e descortinou a eternidade. Seu livro é um inestimável
tesouro de conhecimentos proféticos.
Sob a proteção de Deus,
atravessou os reinados de Nabucodonosor, Nabonido e Belsazar. Viu o Império
Babilônico desfazer-se ante a formidável máquina de guerra medo-persa. Sob o
cetro de Dario, atingiu proeminentes posições.
No outono de seu ministério,
aplicou-se a estudar os vaticínios de Jeremias. Desse judicioso
esquadrinhamento, chegou à esta conclusão: “Entendi pelos livros que o número
de anos, de que falou o profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações
de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn 9:2). Inteirou-se, pois, de que não
estava distante o retorno a Sião. Dar-se-ia em poucos anos. Ele, porém, jamais
voltaria a contemplar a formosa terra.
Para consolá-lo, diz-lhe o anjo
do Senhor: “Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao
tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os
ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios
entenderão. Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás, e estarás na tua
sorte, no fim dos dias” (Dn 12:9-11).
Em Babilônia, permaneceu Daniel
mais de setenta anos. Morreu aos oitenta e oito anos, aproximadamente, e foi
sepultado na Caldeia. Alguns afirmam que a sua sepultura encontra-se em Susã;
outros, indicam a própria Babilônia. Daniel deixou-nos uma obra de
suma-importância. Introdutor do estilo apocalíptico nas Escrituras Sagradas,
legou-nos vaticínios de alcance imensurável, cujo significado vem sendo
estudado por sucessivas gerações. No seu livro, fala acerca da soberania de
Deus na história.
(Para maiores informações acerca
do profeta Daniel, leia o livro Merecem Confiança as Profecias?, de autoria do
pastor Claudionor de Andrade, e editado pela CPAD).
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Acerca da oração, escreve Samuel
Young: “Oração é o retorno consciente do homem que procura se comunicar com
Deus e buscar o seu socorro em tempos de necessidade. O homem pode ser impelido
a contatar Deus por um anelo íntimo, pelas emergências da vida, pelas
necessidades cotidianas ou por sua incapacidade para enfrentar situações
difíceis. A fome e o perigo também podem levá-lo a procurar o Todo-poderoso.
Orar pode ser um suspiro, um lamento, ou um choro desarticulado.
A visão que temos da oração é
influenciada pela nossa concepção de Deus. De acordo com a maneira
hebraico-cristã de orar, Deus é mais do que uma tradição ou uma mera
descoberta: Ele é o Pai Celestial, cuja imagem está refletida em Cristo, que
presta atenção ao clamor de seus filhos. Ele está sempre pronto a atender-nos
desde que os seus reclamos morais sejam atendidos. Dedicar-se a Deus em oração
é um dos aspectos da junção daqueles termos morais. A oração, portanto, deve
ser confessional. Mas o anseio por Deus pode ser sufocado pelos próprios
pecados do homem que o levam a esquivar-se do real objetivo em seu diálogo com
Deus. Isto o leva a fazer uma oração superficial.
Jesus é o nosso mais autorizado
Mestre no que tange a oração. Seus discípulos pediram-lhe uma orientação nesta
importante área da vida. Ele deu-lhes uma oração-modelo que nós chamamos de
‘Oração Dominical’ (Mt 6:9-13). Suas maiores orações incluem João 17:1-26 e a
agonia no Getsêmani (Lucas 22:39-46). Nestas orações Ele se coloca como o nosso
maior exemplo. Vejamos o que disse Fénelon acerca da oração: ‘Orar é… desejar;
mas desejar o que Deus teria desejado para nós. Aquele que não deseja do fundo
do coração, oferece uma oração enganosa’.
Jesus sondou os seus seguidores
quando os instruiu acerca da oração. Ele insistiu sobre a sinceridade e
transparência diante de Deus, mesmo em nossos momentos de isolamento. A oração
deve ser feita diretamente a Deus sem qualquer intermediário.
Orar, portanto, é a maneira
elementar de se ter acesso tanto a Deus quanto ao seu poder. A teologia da
oração resulta em algumas dificuldades e desafios. Não obstante, podemos dizer
que a oração leva-nos à esfera da atividade divina, para que nos tornemos
participantes reais no grande drama da redenção”.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir, distribuir ou divulgar este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério, e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
O comentarista do trimestre é o Pastor Missionário Finlandês (In memoriam - 1913 a 1999). Bergstén nasceu em Helsinky, Finlândia, a 13 de agosto de 1913, casando-se com Esther Margareta Bergstén. No dia 2 de setembro de 1948, em obediência à vontade do Senhor, veio ao Brasil. Comentarista de 35 revistas da Escola Dominical. - Escritor. - Livros: 5 "Introdução à Teologia Sistemática" - CPAD. "Teologia Sistemática" - CPAD. Em 1987, a CGADB deu-lhe o título de Conselheiro Vitalício da CPAD, juntamente com o missionário Bernhard Johnson Jr.
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